
Estamos atravessar momentos de forte instabilidade, na felicidade de mudarmos de opinião, de afectos e de processos, como em muitos outros domínios. Estamos a viver tempos de mudança. Tratam-nos como dados estatísticos, porque o carácter racional do poder estabelece-se entre quem domina e quem é dominado – ou quem não se importa de o ser. Andamos sem saber que direcção seguir. Entretanto o país continua pobre, com uma economia frustre, uma limitada capacidade de criação de riqueza e uma burguesia mais de Estado do que de empresa. O país está inquieto e angustiado, incompreensível e sem soluções, apesar das liberdades conquistadas. Herdamos antigas inércias: irresponsabilidade, medo que sobrevive sob outras formas, falta de motivação para acção, resistência ao cumprimento da lei, etc..
A partir do momento que aderimos à Comunidade Europeia e aceitamos as regras impostas pela chamada globalização, estamos numa competição mundial. Se perdermos um ponto de produtividade, perdemos encomendas. Para parafrasear o teórico político alemão Carl Schmidt: “a Guerra fria era um mundo de Amigos e Inimigos. A globalização, pelo contrário, tende a transformar tanto Amigos como Inimigos em concorrentes”. A angústia definidora da globalização é o medo de uma mudança rápida por parte de um inimigo que não conseguimos ver, tocar ou sentir – a sensação de que o nosso emprego, a nossa comunidade ou o nosso local de trabalho podem ser transformados de um momento para o outro por forças económicas e tecnologias anónimas, catalogados de tempos modernos. Pessimista, melancólico, mas com uma visão certeira do mundo que fizemos e nos espera.
Acabaram-se os dias de segurança que nos ofereciam o terror atómico e a Guerra fria. Espera-nos uma hipótese de caos, prefigurado em dezenas de guerras civis, étnicas, religiosas e outras com que vivemos num arrepiante terror. Anuncia-se uma espécie de desordem mundial que o terrorismo, o mercado de armas atómicas e nucleares, a droga e a errância (ódio, indiferença) de milhões de seres desenraizados povoam. Só uma enorme, agora discutível, reserva de humanidade, nos pode salvar. Do desastre. Ou da indiferença!
A partir do momento que aderimos à Comunidade Europeia e aceitamos as regras impostas pela chamada globalização, estamos numa competição mundial. Se perdermos um ponto de produtividade, perdemos encomendas. Para parafrasear o teórico político alemão Carl Schmidt: “a Guerra fria era um mundo de Amigos e Inimigos. A globalização, pelo contrário, tende a transformar tanto Amigos como Inimigos em concorrentes”. A angústia definidora da globalização é o medo de uma mudança rápida por parte de um inimigo que não conseguimos ver, tocar ou sentir – a sensação de que o nosso emprego, a nossa comunidade ou o nosso local de trabalho podem ser transformados de um momento para o outro por forças económicas e tecnologias anónimas, catalogados de tempos modernos. Pessimista, melancólico, mas com uma visão certeira do mundo que fizemos e nos espera.
Acabaram-se os dias de segurança que nos ofereciam o terror atómico e a Guerra fria. Espera-nos uma hipótese de caos, prefigurado em dezenas de guerras civis, étnicas, religiosas e outras com que vivemos num arrepiante terror. Anuncia-se uma espécie de desordem mundial que o terrorismo, o mercado de armas atómicas e nucleares, a droga e a errância (ódio, indiferença) de milhões de seres desenraizados povoam. Só uma enorme, agora discutível, reserva de humanidade, nos pode salvar. Do desastre. Ou da indiferença!