Manuel de Arriaga
Manuel José de Arriaga Brum da Silveira e Peyrelongue nasceu
na Horta (Açores), no dia 8 de Julho de 1840 e faleceu em Lisboa, a 5 de Março
de 1917. Foi o primeiro presidente da República Portuguesa. Foi também
escritor, poeta e um grande orador.

No dia 17 de Outubro de 1905, foi nomeado reitor da
Universidade de Coimbra. Em 1910 mantém o mesmo cargo conjuntamente com o
vice-reitor, Sidónio Pais.
Foi deputado da 1.ª assembleia constituinte em 1911 e eleito
Presidente da República - o primeiro chefe do Estado do novo regime. Diz-se que
o “cidadão” presidente, quando ia, diariamente, exercer o seu cargo, apanhava o
eléctrico, como outro qualquer cidadão (que diferença, para os tempos de
hoje!?).
Tentou reunificar, em vão, o Partido que, entretanto, se
desmembrou em várias facções. O seu mandato foi atribulado devido a incursões
monárquicas movidas por Paiva Couceiro no Norte do País.
Após o "golpe das espadas", em 1915, Arriaga
convidou o general Pimenta de Castro a formar governo, uma decisão que deu
origem ao descontentamento e a uma revolta com centenas de mortos que consegue
derrubar o general formando uma junta militar que repõe a ordem.
Arriaga pede a demissão e é então substituído pelo professor
Teófilo Braga, personalidade que havia assumido o poder político após a
Revolução Republicana, como Presidente do Governo Provisório.
Manuel de Arriaga morria em Lisboa, dois anos depois.
Foi sepultado em jazigo de família no cemitério dos Prazeres
e transladado para o Panteão Nacional de Santa Engrácia, cumprindo a decisão
votada por unanimidade pela Assembleia da República, em 16 de Setembro de 2004.