O jornalista e escritor, que entre ficção e ensaios já vendeu mais de um milhão de livros, têm um novo romance, intitulado O Anjo Branco, uma história inspirada na vida do seu pai.
O Anjo Branco conta a história de um médico que cria um Serviço Médico Aéreo no distrito de Tete, em Moçambique. Um dia, no decurso do seu trabalho, o médico entra numa aldeia e vê o que não deveria ter visto. Este é o ponto de partida do romance, que é de facto inspirado na vida do seu pai. Mas O Anjo Branco conta sobretudo a história dos portugueses em África e da vida durante a guerra colonial.
Depois do oitavo romance é que lança este ultimo, apesar de o iniciar em 2004, só agora é que o conseguiu concluir, sobretudo porque só o ano passado é que conheceu uma testemunha que entrou com seu pai naquela aldeia. Sem ele não poderia ter reconstituído os acontecimentos.
O processo de investigação foi feito sobretudo através de conversas com pessoas que viveram naquele tempo. A sua ideia era recuperar a memória viva da presença portuguesa em África, com todas as suas grandezas e misérias. Sempre lhe pareceu que faltava um grande romance sobre os portugueses em África. Os livros existentes eram ideologicamente dirigidos ou então bacocamente saudosistas. Procurou, então, escrever um romance descomplexado, que fala sobre o bom e o mau e mostra o que realmente aconteceu no Ultramar e a vida que lá existia, com todas as suas contradições.
Teve de regressar a Moçambique (Maputo), á 35 ano que de lá saíra. Foi uma espécie de viagem no tempo. Visitou os lugares onde viveu na sua infância, um lugar repleto de fantasmas aprisionados no tempo. Foi, segundo ele, muito interessante, porque cada canto ocultava uma história de sua infância.
A memória que tem sobre o seu pai enquanto “Anjo Branco” foi por ter voado com ele no seu avião do Serviço Médico Aéreo, mas na altura era muito novo, saiu de Tete com oito anos de idade e nunca teve a noção do que via e vivia. Para ele tudo aquilo era natural.
Este jornalista e escritor acorda cedo e começa logo a escrever, mas escreve por gosto, não por obrigação. Acredita que só pode transmitir prazer aos leitores o escritor que escreve com prazer. Se para o escritor a escrita for um suplício, a leitura também o será.
O seu primeiro livro foi o romance “A Ilha das Trevas”. Quando o acabou sentiu vontade de voltar a escrever ficção, o que o surpreendeu. Nunca se imaginaria como um romancista.
Quando lhe perguntão qual é a sua profissão nunca responde que é romancista, responde que é Jornalista. Acha presunção responder “escritor”. Ambas as actividades o realizam de maneiras complementares. E para alem de Jornalista e escritor, é também professor universitário. A ideia de escrever um romance pode surgir no meio de uma conversa, enquanto se lê um jornal ou no decurso de um passeio. Não há uma regra. As ideias surgem quando decidem, não quando quer. Tem-se apenas de reconhecê-las, agarrá-las e desenvolvê-las.
Quando lhe perguntam o que significa para ele ser o escritor português com mais livros vendidos, diz que não escreve para si, escreve para as pessoas. Procura fazer romances interessantes, que agarrem os leitores através de uma história atraente e de uma escrita límpida, daquelas em que a certa altura nem vemos as palavras, mas as situações recriadas nos romances.
O Anjo Branco conta a história de um médico que cria um Serviço Médico Aéreo no distrito de Tete, em Moçambique. Um dia, no decurso do seu trabalho, o médico entra numa aldeia e vê o que não deveria ter visto. Este é o ponto de partida do romance, que é de facto inspirado na vida do seu pai. Mas O Anjo Branco conta sobretudo a história dos portugueses em África e da vida durante a guerra colonial.
Depois do oitavo romance é que lança este ultimo, apesar de o iniciar em 2004, só agora é que o conseguiu concluir, sobretudo porque só o ano passado é que conheceu uma testemunha que entrou com seu pai naquela aldeia. Sem ele não poderia ter reconstituído os acontecimentos.
O processo de investigação foi feito sobretudo através de conversas com pessoas que viveram naquele tempo. A sua ideia era recuperar a memória viva da presença portuguesa em África, com todas as suas grandezas e misérias. Sempre lhe pareceu que faltava um grande romance sobre os portugueses em África. Os livros existentes eram ideologicamente dirigidos ou então bacocamente saudosistas. Procurou, então, escrever um romance descomplexado, que fala sobre o bom e o mau e mostra o que realmente aconteceu no Ultramar e a vida que lá existia, com todas as suas contradições.
Teve de regressar a Moçambique (Maputo), á 35 ano que de lá saíra. Foi uma espécie de viagem no tempo. Visitou os lugares onde viveu na sua infância, um lugar repleto de fantasmas aprisionados no tempo. Foi, segundo ele, muito interessante, porque cada canto ocultava uma história de sua infância.
A memória que tem sobre o seu pai enquanto “Anjo Branco” foi por ter voado com ele no seu avião do Serviço Médico Aéreo, mas na altura era muito novo, saiu de Tete com oito anos de idade e nunca teve a noção do que via e vivia. Para ele tudo aquilo era natural.
Este jornalista e escritor acorda cedo e começa logo a escrever, mas escreve por gosto, não por obrigação. Acredita que só pode transmitir prazer aos leitores o escritor que escreve com prazer. Se para o escritor a escrita for um suplício, a leitura também o será.
O seu primeiro livro foi o romance “A Ilha das Trevas”. Quando o acabou sentiu vontade de voltar a escrever ficção, o que o surpreendeu. Nunca se imaginaria como um romancista.
Quando lhe perguntão qual é a sua profissão nunca responde que é romancista, responde que é Jornalista. Acha presunção responder “escritor”. Ambas as actividades o realizam de maneiras complementares. E para alem de Jornalista e escritor, é também professor universitário. A ideia de escrever um romance pode surgir no meio de uma conversa, enquanto se lê um jornal ou no decurso de um passeio. Não há uma regra. As ideias surgem quando decidem, não quando quer. Tem-se apenas de reconhecê-las, agarrá-las e desenvolvê-las.
Quando lhe perguntam o que significa para ele ser o escritor português com mais livros vendidos, diz que não escreve para si, escreve para as pessoas. Procura fazer romances interessantes, que agarrem os leitores através de uma história atraente e de uma escrita límpida, daquelas em que a certa altura nem vemos as palavras, mas as situações recriadas nos romances.
(Percorra o seu lado esquerdo e encontre a foto deste jornalista... Clique lá)
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Biografia
José Rodrigues dos Santos nasceu em 1964 em Moçambique. Abraçou o jornalismo em 1981, na Rádio Macau, tendo trabalhado posteriormente na BBC e sido colaborador permanente da CNN. Doutorado em Ciências da Comunicação, actualmente é também professor na Universidade Nova de Lisboa e Jornalista na RTP. Como repórter fez a cobertura de várias guerras em todo o mundo, nomeadamente Angola, Timor Leste, África do Sul, Iraque, Bósnia, e Sérvia. Trata-se de um dos mais premiados jornalistas portugueses, galardoado com dois prémios do Clube Português de Imprensa e três da CNN, entre outros. É autor dos romances A Ilha das Trevas, A Filha do Capitão, O Codex 632, A Fórmula de Deus, O Sétimo Selo, A Vida num Sopro, Fúria Divina e O Anjo Branco. Os direitos de tradução das suas obras estão vendidos para Itália, Alemanha, EUA, Estónia, Polónia, Rússia, Hungria, Tailândia, Roménia, Espanha, Bulgária, República-Checa, Grécia, Brasil e Holanda.
Tenho à minha mesa de cabeceira o romance [O Anjo Branco] de José Rodrigues dos Santos.
ResponderEliminarAtravés das imagens a preto e branco pubicadas na TV no seguimento de uma entrevista de JRS, reconheci de imediato a figura de seu pai que conheci como médico em Moçambique, onde estive desde Agosto de 1958 a Novembro de 1974.
Era uma pessoa muito calma, circunspecta e atenta aos "seus" doentes.
Tenho boas recordações de Moçambique, para além de 2 filhos nascidos em 1963 e 1964.
Foi lá que me afirmei como profissional e como pessoa.
Admiro JRS nas suas vertentes multifacetadas: como jornalista, escritor, pessoa simples e humana que é.
Um abraço.
Jorge
José, obrigada por me apresentar seu escritor favorito, não o conhecia.
ResponderEliminarGostei do que você escreveu sobre ele.
Tenha um dia iluminado e feliz!
Beijos em seu ♥
;)
Olá amigo!
ResponderEliminarAcredita que ainda não li nada dele???!!!
Pois é verdade. Não tenho vergonha em admitir.
Já ouvi rasgados elogios sobre a sua obra, nas ainda não deu.
Tenho em casa, pelos menos 3 livros inacabados.
Depois prometo ver o que me aconselha.
Beijos
Ná
A boa leitura é tudo de bom!!!
ResponderEliminarTenha um lindo fim de semana!!!
Beijos de passarinho!!!
Não o conhecia ainda José, mas se você indica deve ser muito bom.
ResponderEliminarExcelente domingo meu amigo.
Bjs no coração!
Nilce
Olá José, obrigada pela dica. Já li dois livros dele.
ResponderEliminarUm abraço e boa semana
Estou a reler O gato que ensinou uma gaivota a voar de Luís Sepúlvedra, e aconselho vivamente. É uma excelente história de amizade.
Amigo Jose: Rodrigues dos Santos além de ser um bom jornalista é um bom escritor serão poucas as homenagens que se lhe possam fazer. já li dois livros dele mas o anjo branco ainda não comprei.
ResponderEliminarUm abraço
Santa Cruz
Oi. Meio sem tempo, mas passando nos amigos pra desejar aquele ótimo fim de semana, cheio de paz, saúde e alegria!!
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