2010/03/31

Não… por favor mais não!


Fico com medo e triste, muito triste, quando leio coisas como estas! Ricardo Pedrosa Gomes falou ao Diário de Coimbra que “Portugal tem de definir de uma vez por todas o modelo de desenvolvimento que quer adoptar”. E disse: -Uma das medidas preconizadas pela Comissão Europeia para a superação da crise económica que tem vindo a afectar de modo muito significativo as economias ocidentais foi o aumento do investimento público, designadamente em trabalhos de construção. É universalmente reconhecido que a construção tem um efeito multiplicador sobre os de mais sectores de actividade económica, nomeadamente em termos de emprego. Assim, o aumento do investimento em obras públicas faz todo o sentido em momentos de crise, tanto como forma de promover o crescimento da economia, como de combater o desemprego.
Não… por favor mais não! Chega de cimento, de alcatrão, de ferro, de abrir grandes crateras nas montanhas em busca de calcários e outros inertes! Basta, chega, quero voltar para a selva!

2010/03/23

Os aumentos dos impostos deixam os portugueses felizes!!!


O Primeiro-ministro, “José Sócrates”, entrevistado pelos “media”, aparece nos canais televisivos, no dia 26 de Março de 2008, a dizer que, “graças ao aumento dos impostos e dos combustíveis, conseguimos baixar o défice e foi graças aos esforços dos Portugueses, e eles concordaram com estas medidas que tomamos!”. Logo a seguir, e ainda no mesmo noticiário, vem um representante do Banco de Portugal dizer que “os bancos têm atingido lucros como nunca”!
Senhor Primeiro-ministro, deixe-se de demagogias! Nenhum português está satisfeito com as medidas de austeridade que lhes tem sido impostas pelo seu governo! Nenhum português concorda com a subida de Impostos e dos combustíveis! Veja que, até os bancos, estão a enriquecer á custa dos altos juros que o “coitadinho” paga! O senhor está mal informado! Proponho-lhe que acompanhe os repórteres de imprensa e faça um inquérito aos portugueses, mas não aos portugueses que vivem ligados á politica!!!
A sua forma de falar, sempre com um sorriso distorcido na sua boca, para falar de coisas que são muito mas muito mesmo sérias, até me dá a impressão que o senhor gosta de mostrar que “goza” connosco! Senhor Primeiro-ministro, nós já sabemos que o senhor não tem receio nem sentimento em mexer nos bolsos dos mais desfavorecidos! Não se gabe da catástrofe que o seu governo nos tem “imposto”!... e, ainda, tem o descaramento de ter anunciado, na altura, a baixa de 1% no IVA dos 21! Que grande avaria… para quem o tinhas passado dos 19% para os 21%! Até me dá vontade de rir com tamanha demagogia! Esta medida, senhor Primeiro-ministro, só vai favorecer os que já têm melhor nível de vida. Todos sabemos que os bens de primeira necessidade, o pão, leite, carnes, peixe, frutos, têm IVA a 12 e 5% mas todos estes sofreram aumentos exorbitantes!
Uma vez mais, como sempre, veio favorecer os que gozam de burguesia! Só quem anda sempre a mudar de automóvel, a trocar de sapatos, roupa e, ou, férias dentro ou fora do país é que saem beneficiados. Mais uma vez veio facilitar a vida aos que têm um alto nível de vida.
E agora, ainda tem o descaramento de subir, como já tanta vez o fez, os combustíveis! Alegando que no dia antes tinha havido um aumento da rama do petróleo “Grude”! Os combustíveis que irão ser refinados desse “Grude” só chegam as nossas mãos 2 meses depois! Nós não somos ignorantes Senhor Primeiro-ministro! No caso do gasóleo, um aumento de 3 cêntimos, sabe Senhor Primeiro-ministro quanto é que são 3 cêntimos? São 6 escudos na moeda antiga! Para o senhor pode não ser nada mas, para mais de 75% dos portugueses é muito, mas muito mesmo!
Mas, ainda por outro lado, essa descida do IVA na altura, teve como principal factor as eleições que se avizinhavam.
Faça-nos um favor, “para continuar a fazer disparates atrás de disparates, não apareça em televisão, com ar de gozo a denuncia-los, e veja se nos poupa, um pouco, o nosso sistema nervoso”. Basta, basta, e basta! Isto é pior que fascismo.

Não são humildes e não sabem perder


ontem (21/03/2010) se assistiu ao pior lado do defesa portista. O Bruno Alves foi o espelho da equipa. a equipa não está bem, está intranquila e não tem tido boas prestações. Ontem, o Bruno Alves teve uma recaída devido a esses factores. Ele tem-se portado mal desde sempre, mas, nesta final da taça entre Benfica/Porto, ultrapassou as medidas, caneladas, encontrões, é muita porco. Merecia um vermelho a triplicar, não vale mesmo nada aquele "Murcão". E a claque! É uma cambada de geração rasca que, o seu intuito é só um: provocar destabilização. Os 1100 policias que estiveram lá e que os escoltaram desde o Porto, foram destacados para este Dérbi, por saberem que vinham aí os parvalhões do Porto.

2010/03/22

Galp e as ajudas á Madeira


Parece mentira mas é verdade


“A Galp Energia vai doar, durante as próximas duas semanas, um cêntimo por cada litro de combustível vendido nos seus postos em todo o território nacional, ao Governo Regional da Madeira para apoiar os esforços de reconstrução no arquipélago.
Um telefonema para apoiar a Madeira
Bancos abrem contas de apoio

A petrolífera vai enviar de imediato 200 mil euros para a Região Autónoma, a título de adiantamento e vai oferecer ainda 20 mil litros de combustível às câmaras municipais das zonas afectadas e à Secretaria Regional do Equipamento Social para apoio directo às viaturas que vão participar nas acções de recuperação em curso.
Galp oferece 20 mil litros de combustível
Governo aprova linha de crédito para ajudar

«Na sequência da tragédia que assolou a Região Autónoma da Madeira, a Galp Energia associa-se ao povo madeirense e lança uma campanha de solidariedade para contribuir para a reconstrução da ilha. A Galp Energia solidariza-se com o povo madeirense, neste momento de forte pesar, e apela a todos os seus clientes e aos cidadãos em geral para que colaborem e contribuam para tentar minorar os efeitos devastadores provocados por esta catástrofe natural», informa ainda a empresa em comunicado”.
Que grande abraço merece quem se lembrou de tal oferenda! Isto é que é de louvar! Sinceramente! Aumentam um cêntimo, ou mais, nos combustíveis e depois vem dizer que a Galp vai doar! Mas, quem vai doar é a Galp ou é o consumidor? Se pegasse em milhares de euros retirado dos milhões dos seu lucros que recebem num mês, isso sim, seria de louvar!

TRABALHO INFANTIL EM PORTUGAL, É CLARO!

De á uns anos a esta parte tenho ouvido, bastante, falar-se na “exploração de mão-de-obra infantil”, em, “trabalho infantil” e em Instituições e Organizações que combatem esta prática. E, ainda, de que “o trabalho infantil é proibido”. Tudo isto não passa de uma grande farsa e, estas Organizações e Instituições, não funcionam, nem querem funcionar, e só servem para terem, em gabinetes, pessoas com grandes ordenados e fazem de conta que não sabem o que se passa em Portugal, isto para não falar no que vai nos outros países. Acham que estou errado? Então eu pergunto: -Quem não se lembra, d’aquela criança que, dos 6 aos 12 anos, e mesmo, até aos 16, pisou em tantos palcos cantando canções brejeiras e imitando o Quim Barreiros, o pequeno Saúl? Era pago, e se era pago é porque trabalhava. Tanto dinheiro essa criança ganhou e hoje, que já é homem, praticamente nada tem! É triste mas isto é ou não é trabalho? Mas há mais! Todos os dias é passado, nas televisões, novelas onde trabalham dezenas de crianças. Quando se pergunta a um adulto, “em quê é que trabalha”, e se esse adulto responder que “é actriz e trabalha na produção de novelas”, será que essas crianças não vão responder a mesma coisa? E será que essas mesmas crianças não são pagas? Só estou a falar n’aqueles que vemos…e os que não vemos? E será que não existem crianças que deixaram de andarem na escola para darem serventia a pedreiros e em outros trabalhos, nos grandes Urbes e até mesmo no interior do país? Este é o tal mundo Irreal de que já falei numa outra crónica minha num outro jornal. Os países e pessoas que vivem nos lugares que chamam de civilização fazem-me pensar: O que é isso de «civilização»? É ser-se irreal? Viver-se de sofismas?

AQUI HÁ GATO


Ouve-se tanta vez falar que “firmas mudam de nome quando não cumprem e são confrontadas pelo departamento de Finanças e Impostos”. Esta ideia é de conhecimento geral mas eu chego-a a por em causa, visto que: “a firma pode mudar de nome mas os proprietários jamais o poderão fazer e continuam vivos”. Mas tal como diz o ditado popular, “Há muita maneira de se matar pulgas”, e leva-me a pensar nesse ditado popular no caso da mudança do presidente da RTP (Almerindo Marques) para Director das Estradas de Portugal. Para alguns, dizem que, foi uma questão de ordenado, porque coitadinho ganhava pouco. Para outros, foi uma questão de capacidade porque, infelizmente, é o único capaz de tirar uma empresa do caos económico em que se encontra e como, felizmente, tirou a RTP do caos económico em que se encontrava era altura de ir retirar a EP (Estradas de Portugal) desse precipício económico. Não sei até que ponto estas especulações poderão ser verdade mas no meu entender estão erradas. No meu imaginário leva-me a ponto de pensar na célebre frase “Aqui há Gato”. Será que a sua transferência não tenha haver com o caso de não poder continuar a exercer o cargo que desempenhava na RTP devido a ter passado 3 anos sem apresentar ao Tribunal Constitucional a declaração de rendimentos? Seja como for, casos como estes deixam-me muito confuso e revoltado, porque afinal ele até já tem idade de entrar na reforma e dar o lugar a outro, e de certeza, que o outro, com a mesma capacidade, ou mais, não se importaria de ir ganhar metade do que ele foi ganhar, e de certeza, que também eu não me importaria de receber de reforma metade do que ele receberia se optasse já por ela! Só me resta dizer “Ò Cristo vem cá baixo ver isto!”.

2010/03/19

Isto é um crime


Rui Pedro Soares ganha mais do que 210 trabalhadores do Call Center juntos, com rendimento anual de 1,53 milhões de euros.

Zeinal Bava e Henrique Granadeiro ganharam mais de 4,1 milhões de euros. O presidente da Portugal Telecom (PT), Zeinal Bava, ganhou em 2009 mais de 2,5 milhões de euros, correspondentes ao salário-base e aos prémios plurianuais (2006-2008) que a empresa paga ao fim de cada triénio de mandato. Isto representa um ganho diário de 6905 euros. Henrique Granadeiro recebeu (2006-2008) o equivalente 4575 euros dia. Rui Pedro Soares, do processo “face oculta” e protagonista da tentativa de compra da TVI pela PT, recebeu diário 4200 euros. O ex-administrador recebeu mais, em 2009, do que os 210 empregados que trabalham nos call-centeres da empresa. No total, o Grupo PT gastou em remunerações com os seus gestores de topo mais de 11,3 milhões.
Jorge Coelho, ex-ministro, recebeu na Mota-Engil 1917 euros dia. Ana Maria Fernandes, administradora executiva da EDP Renováveis, recebeu 676 euros dia.
Jorge Coelho ganha dez vezes mais do que o Primeiro-Ministro José Sócrates, enquanto Zeinal Bava ganha 33 vezes mais do que o chefe do Executivo que decide sobre a ‘golden share’ que o Estado tem na empresa. Já em relação a Rui Pedro Soares, o amigo de José Sócrates ganha 20 vezes mais na PT do que o primeiro-ministro.
Nos planos de reformas, para além dos ordenados-base e dos prémios de desempenho, muitas atribuem regalias ao nível de planos de reforma aos seus gestores de topo. É o que acontece, por exemplo, na Mota-Engil, mas apenas para os administradores (sócios-fundadores). Este plano permite que a reforma corresponda a 80% do salário auferido ao tempo da aposentação.
O António Oliveira Salazar… no teu tempo também assim era?

Com a ajuda da matemática ….e dos solidários



IMORALIDADE nas chamadas telefónicas de Solidariedade


É uma vergonha o que se passa com o valor das chamadas telefónicas de ajuda a vítimas de catástrofes.

Vejamos então o que se passa com as ditas chamadas:

Cada chamada custa a quem a faz 72 centimos (60 centimos + IVA).
No entanto para as organizações de ajuda no terreno são canalizados apenas 50 centimos, ou seja mais ou menos 69% do que pagámos.
Os restantes 31% - 22 cêntimos - vão uma parte para o IVA - 20% e restante não sabemos bem para
quem.

Assim dos 72 centimos que oferecemos temos que:
- organizações de Solideriedade recebem 50 centimos

- para os cofres do governo através do IVA 20% 12 cêntimos

- não sabemos exactamente para quem vai 10 centimos


É aqui que acho haver uma grande IMORALIDADE pois estas chamadas têm o mesmo tratamento por parte das autoridades que qualquer outra chamada de valor acrescentado, como se a pesoa que a efectua estivesse num qualquer concurso que agora por aí prolíferam, e não a ajudar quem necessita.

Mais ainda é de estranhar mais uma vez que se fizermos um donativo em dinheiro para qualquer instituição de solideriedade a pessoa ou entidade que o faz vai ter benefícios fiscais em sede de IRS e IRC conforme seja pessoa singular ou colectiva.

É claro que se analizarmos isto apenas por uma chamada, os valores são irrisórios.

No entanto é preciso não esquecer que são muitos milhares de chamadas que estão em questão.

Vejamos um exemplo:

É vulgar ouvirmos, numa qualquer estação de televisão que esteja a patrocinar uma dessas campanhas, que já conseguiram angariar 200.000 euros para uma tal organização. Asim temos que foram feitas 400.000 chamadas que custaram a quem as fez 288.000 eurs ou seja mais 44% do que o valor que a organização recebeu, sendo que 40.000 euros (20%) não sabemos exactamente para onde foram e os outros 48.000 euros (24%) foram para o governo através do IVA.
Ora olhando para os números acima temos que concordar que o negócio é no mínimo apetecível.

Por isso acho vergonhoso e IMORAL e é obrigação de todos alertarmos para esta situação divulgando-a o mais possível com o fim
de que pelo menos o valor do IVA seja retirado ou melhor ainda, seja acrescentado aos tais 50 centimos e entregarem não 50 mas 62 centimos ás organizações de soliriedade que actuam no terreno.

Em relação aos outros 10 centimos é de lamentar como se aproveita o sofrimento de uns e a solideriedade de outros para se fazer negócio.

2010/03/15

AO MEU AMIGO ARMANDO



Armando... é com muito gosto e grande felicidade que depois de tantos anos nos voltamos a encontrar. Graças a estas "modernices". Muito obrigado pelas tuas palavras! É tudo real o que dizes e congratulo-me por saber que te recordas de tanta coisa boa que junto passamos. Eu aprendi muito contigo... e que tinhas muito jeito “p’raquilo” (de loccutor), que não haja dúvida!
Conheço bem a tua luta e é de louvar. Um miúdo, que ainda muito novo já fala como gente grande e com gente grande.
Um miúdo, que ainda muito novo vai para a frente do microfone, da "Dancing Days", e faz ver, a todos os que o escutam, que ele é tão bom como um locutor que trabalha numa rádio famosa.
Grande Armando, mais conhecido para os bons amigos de "Pataco".
Um Grande Abraço. Teu sempre amigo Zé.

Bomba Atómica


64 anos depois, Hiroxima recordou o primeiro ataque nuclear da história. Dezenas de milhares de pessoas, entre as quais sobreviventes, homenagearam as vítimas, numa cerimónia, em que o primeiro-ministro japonês defendeu o fim do armamento nuclear.
“O Japão foi o único país do mundo vítima da bomba atómica. Os sofrimentos de Hiroxima e Nagasáqui não podem voltar a acontecer. Temos de trabalhar para abolir as armas nucleares e criar a paz mundial”, disse Taro Aso. Há 64 anos, um avião norte-americano lançou uma bomba atómica sobre a cidade japonesa de Hiroshima. Um ataque que se repetiu sobre Nagasáqui. Em 6 de Agosto de 1945. O impacto das duas bombas e os efeitos das radiações terão matado 220 mil pessoas. “Temos de convencer os líderes, de uma vez por todas, do desperdício, da futilidade e dos perigos colocados pelas armas de destruição maciça. Perante esta ameaça catastrófica, a nossa mensagem é clara: ‘Juntos, temos de desarmar!’”, disse o secretário-geral da ONU Ban Ki-moon. As armas nucleares começaram a ser desenvolvidas nos Estados Unidos durante a II Guerra Mundial. Algumas semanas após o primeiro teste, os norte-americanos lançaram bombas atómicas sobre o Japão, o único período da história em que foram usadas armas nucleares. Estes é que são os exemplos para poderem intervirem noutros países, como tem feito, alegando que é em busca de páz e de direito á vida! Quando mataram, e matam, tantos inocentes.

Obama pressiona Pequim sobre questão comercial


Presidente norte-americano exige da China reciprocidade na abertura de mercados

É cada vez mais tensa a relação entre Washington e Pequim: agora foi Barack Obama a garantir que os EUA vão ser «bem mais firmes» com a China, no que respeita ao cumprimento das regras comerciais entre os dois países.
Num discurso em Washington, perante os senadores democratas, Barack Obama anunciou uma nova «abordagem» face à China: «Seremos bem mais firmes sobre a aplicação das regras existentes», mantendo a pressão sobre a China e sobre outros países para que abram seus mercados de maneira recíproca».
As palavras de Barack Obama mereceram a pronta resposta de Pequim, com o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Ma Zhaoxu, a acusar o presidente norte-americano de fazer «falsas acusações» e de «pressionar» o governo de Pequim.
Sinais de que continua degradar-se a relação entre os dois gigantes da economia mundial, que, desde o final do ano passado, se têm vindo a defrontar de forma cada vez mais aberta.
Além da questão cambial (há anos que os EUA pressionam o governo chinês para que promova a valorização do yuan) – que se reflecte nas relações comerciais entre os dois países – o recente negócio de venda de armas americanas a Taiwan levou um aumento da tensão entre os dois países.
Antes, já as denúncias da Goole (que diz ter sido alvo de ciberataques oriundos de Pequim) tinham motivado a troca de palavras azedas entre as duas chancelarias. A juntar a tudo isto há ainda a recente polémica acerca do encontro entre o Dalai Lama e Barack Obama.
Pequim, que classifica o líder budista como um «separatista», alertou Washington para a «grande sensibilidade da questão tibetana», de forma a «evitar danos adicionais às relações» entre a China e os EUA. Avisos ignorados na Casa Branca, onde esta semana um porta-voz do presidente confirmou que o Dalai Lama será mesmo recebido por Barack Obama.

2010/03/14

Foi triste, muito triste... a despedida de um amigo!


À chegada à cidade, deparámo-nos com milhares de pessoas que se aglomeraram na FINOL (Feira Industrial de Nova Lisboa), com a protecção da Cruz Vermelha Internacional.
Nós tivemos a sorte de ir habitar para uma vivenda de uma família do meu futuro cunhado Jorge, que já tinha fugido, porque o ambiente na cidade também já estava arrasador.
De noite não havia um só minuto em que não se escutassem por todos os lados, rajadas de metralhadoras e morteiros 81 que assobiavam por cima de nós e, que ao embaterem no chão provocavam um grande estrondo e toda a cidade estremecia.
Havia por toda a cidade um movimento assustador de veículos carregados de homens com fardas de militares e armas, metralhadoras e lança morteiros apontados para as bermas da estrada e prédios.
Um dia, estava eu sentado no triciclo em frente à casa, no passeio, quando um dos veículos de guerra passou e qual não foi o meu susto quando o vejo, quase ao fundo da rua, fazer inversão de marcha e voltar para o sitio onde me encontrava.
Tremi como ninguém consegue imaginar, pois o veículo parou mesmo ao meu lado.
Um dos ocupantes, bem fardado e de arma em punho, saltou e veio ter comigo.
Ao aproximar-se esticou-me a mão e disse:
-“Menino Zé, tu também está aqui?”
Olhei e apertei-lhe a mão.
Era o Domingos Januário, um dos meus amigos a quem ensinei a ler e escrever.
Perguntei-lhe como é que ele estava lá na UNITA!
Respondeu-me que tinha saído da Cananguena, ainda antes do conflito na Gabéla e ingressou na UNITA como militar, mas como a UNITA abandonou a Gabéla na altura que os brancos saíram para Nova Lisboa ele lá estava.
Dei-lhe um abraço, enquanto as lágrimas me corriam no rosto acenei-lhes com a mão como a dizer-lhe:
“Adeus, até nunca mais!”.
Foi triste! Muito triste!

2010/03/13

Porquê… necessidade de ser selvagem?


Logo que cheguei a Angola fui viver, numa fazenda de café, entre grandes árvores centenárias, entre os morros do Amboim, Cuanza Sul, perto das belas cachoeiras (quedas de água) que se situavam entre a Gabela e Novo Redondo, actual “Sumbe”. Ali, o ar e as águas eram puras e os únicos barulhos que se ouviam eram os cantares dos belos pássaros que nidificavam por entre a ramagem das palmeiras, dos banzes, bananeiras, taculas, mulembas e cafeeiros.
Aquela era uma zona de muito cacimbo (nevoeiro). Nalgumas manhãs, ele era tão denso que apenas se conseguia vislumbrar o que quer que fosse a uma distância de vinte metros.
Só por volta do meio-dia, quando o Sol rompia víamos aquelas árvores repletas de pombos verdes. Eram tantos que por vezes havia árvores que continham mais pombos do que folhas. Estes viajavam em tão grande velocidade que perante o cacimbo não tinham tempo de parar antes de embaterem contra a nossa casa, que com a sua parede branquinha se confundia com o nevoeiro e acabavam por morrer.
De vez em quando, víamos passar por entre a selva, com plantações de café por baixo de arvoredo de grande porte, um comboio movido a lenha que fazia o trajecto de Porto Amboim à cidade da Gabéla, transportando mercadorias e pessoal. Embora fosse muito lento, este dava uma imagem bonita por entre a selva da montanha, conhecida como “Os morros do Amboim”.
Ali, na fazenda “Quitona” dependência da sede do “Congulo”, estávamos no mato, isolados de toda a civilização, não havia sequer uma escola por perto.
Ali existiam muitos tipos de animais selvagens. Desde javalis, veados, galinhas do mato até milhares de macacos de várias raças.
Lembro-me que um dia, eu, as minhas irmãs e uns amigos negros, entrámos pela mata adentro e por cima de uma enorme laje, na qual estavam sobrepostas outras grandes pedras com cerca de quarenta metros de altura, vimos um vulto branco que se deslocava constantemente sem sair da laje. Passado pouco tempo, notámos que era um grande macaco, talvez pertencente à família dos chimpanzés e, tal como existem pessoas Albinas, também ele o seria e viveria solitariamente por ter sido expulso do clã.
(Isto foi o que eu deduzi).
Passados mais uns quatro anos o meu pai deixou de trabalhar para esse patrão e foi trabalhar alguns meses por conta de seu irmão (Carlos dos Santos Sousa) na Quilenda, mas logo descobriu, no lugar do Lundo, mais propriamente junto à “sanzala Cananguena” junto ao rio N’hia, numa das savanas angolanas, uma fazenda com cem hectares, de um proprietário, que se encontrava abandonada.
Aí ficámos até Junho 1975, data em que tudo tivemos que abandonar.
Durante os cinco anos que vivi nas fazendas de Mário da Cunha, eu tinha poucos amigos para conviver, mas na Cananguena tudo mudara: havia muitos adolescentes da minha idade: rapazes e raparigas de raça negra. Como sempre fui de fácil acesso à integração nas comunidades onde vivo, também ali não foi excepção.
Aquela aldeia “Cananguena” como todas outras das savanas ou da selva, era constituída por casas, na sua maioria em forma de círculo, e de paus juntos espetados nos quais era chapada terra misturada com capim seco, que ajudava na consistência da parede, e água, amassada com os pés. A cobertura das casas era feita, também, com paus em forma de cone, que, em vez dos pregos, eram atados com cordas feitas de fibras do caule de árvores: Mulemba, Palmeira ou até mesmo do capim seco entrançado.
Depois eram sobrepostos, sobre essa cobertura de paus, capim ou ramagem de palmeira e assim se formava o tecto.
Alguns porém, já utilizavam a forma de blocos: numa forma, construída de madeira, com quarenta centímetros, quinze de largura e vinte de altura, era colocada aquela massa de terra, puxava-se a forma e logo de seguida fazia-se o mesmo e assim sucessivamente faziam-se centenas de blocos com os quais se erguiam as paredes. Estes blocos eram assentes uns sobre outros unidos com a mesma terra da qual foram construídos. As coberturas, também, eram feitas com paus e capim ou rama de palmeira. Estas casas já eram menos toscas mas, também elas, se enquadravam muito bem na savana, na selva, não destruindo assim, aquele habitat onde tudo era natural.
Era naquela aldeia, com os meus amigos de raça negra, que eu brincava, crescia e aprendia todos os segredos das savanas e selvas africanas. Era também com eles que ouvíamos as estações de rádio que transmitiam muita música de cantores angolanos e cabo-verdianos Eu sou branco por fora, mas, sinto-me negro por dentro.
Com os meus amigos aprendi e acompanhei os seus rituais, a falar Kimbundo e a comer à mão o Funge (pirão) com kuizaca da rama de mandioca, calúlú de rama de batata-doce, quiabos, gimboa, beringelas etc. etc.
Sentia-me um jovem feliz, como todos os outros, éramos livres… éramos a savana e a selva, e, a savana e a selva não tinham sentido sem nós.

Ai que saudades eu sinto destes sabores! Dos sabores… do cheiro, do clima tropical, da chuva quente, de sentir a terra vermelha nas solas dos pés, do chilrear dos pássaros, dos gritos dos macacos, do roncar do javali e da onça (gato do tamanho de um cão grande parecido com um leopardo e muito perigoso), saudades de ouvir e ver as quedas de água (cachoeiras) do rio onde se formava um arco – íris sobre as partículas de água que se projectavam no ar em forma de nevoeiro. Saudades do nascer e por do Sol. Saudades, mas muitas saudades, dos meus colegas e amigos a quem ensinei a ler e a escrever.
Ali não havia pressa para nada. Não precisávamos de relógio. Comia-se quando se tinha vontade.
Dançava-se Kizomba nas clareiras, em frente das casas, por baixo das copas de grandes árvores.
Nos fins-de-semana à noite havia farra, kizomba, ao som de instrumentos, berimbau, batuque, réco-réco, construídos pelos próprios músicos. Até latas serviam para criar sons e dançar toda a noite.
São tantas as saudades que tenho dessas grandes farras na minha idade dos 15 aos 22 anos, onde o ambiente era de pura felicidade e todos iguais.
Não havia preconceitos e dançavam eroticamente, numa grande clareira onde a luz era dada por uma grande fogueira. Aquele era o verdadeiro mundo criado por Deus. Todo aquele povo era um povo humilde.
Nas árvores e caniços das bordas dos rios e ribeiros, os pássaros construíam milhares de ninhos. Havia, mesmo, árvores que chegavam a ter mais ninhos do que folhas. Esses ninhos eram construídos por artesãos que o ser humano não tinha capacidade de entender. Como é que um pássaro consegue entrançar tão bem aquela palha?
Tinham a forma de uma cabaça, ou, de um balão. No topo deixavam-lhe um buraco e era-lhe feito um tubo, com cerca de trinta centímetros, curvo, virado para baixo. Toda a construção era feita de palha “capim” e no seu interior, onde punham os ovos, era colocado algodão ou um material idêntico que era recolhido de uma outra árvore ou da Palmeira.
Eram milhares de filhotes que com os pais produziam sons ao estilo da fauna Africana.
Havia centenas de espécies de pássaros, uns construíam os ninhos nesses ditos arbustos, outros faziam-nos nas Palmeiras, tudo dependia da espécie de pássaro. Havia ainda outros que abriam buracos nos troncos das árvores e lá colocavam os seus ninhos. Havia também nas savanas várias espécies de formigas, das quais vou de uma:
A formiga que depois de nascer “criava” asas para as utilizar somente em dez segundos. Era conhecida por “Salalé”. Esta formiga percorria a savana na busca de folhas e derivados, para o seu sustento.
Mas abria na terra autênticas “cidades” que chegavam a atingir uma profundidade de três metros e uma largura de metro e pouco.
A terra era colocada fora por cima da mesma “cidade”, deixando-lhes orifícios por onde entravam. Esse amontoado poderiam atingir mais de dois metros de altura, e formavam-se, nesses locais, centenas deles, de tal forma que, poderíamos compará-los com uma cidade erguida pelo homem, constituída por prédios de trezentos e tal metros de altura.
Lá no fundo, no buraco, faziam corredores em forma de espiral que podiam atingir um percurso de um quilómetro, deixando, de vinte em vinte centímetros um buraco que daria para salas: “galerias”, onde depositavam os alimentos para entrarem em decomposição.
Numa dessas galerias residia uma formiga que era a rainha-mãe. Não se podia mover porque tinha uma grande barriga repleta de ovos.
Só ela é que punha ovos e todos os dias, as outras formigas, tinham que transportar esses ovos e colocá-los nas galerias junto do alimento que, em decomposição já tinha fungo e estava destinado ao aquecimento dos mesmos e a alimentar os recém nascidos.
Após as primeiras chuvas saíam aos milhões e logo depois de terem sido projectadas no ar formavam uma nuvem e 10 segundos depois perdiam as asas e caiam para dias depois voltarem a ser o que são: as que trabalharam para a sua existência.
No entanto, dos milhões, poucas tinham essa sorte, pois ao saírem do fundo da terra, de onde foram geradas, muita passarada sobrevoava aquele lugar e comia-as.
Havia ainda outro contra para aquela formiga: os meus amigos negros, levavam com eles recipientes com tampa e quando as viam sair pelos orifícios do amontoado, apanhavam-nas e/ou metiam-nas aos punhados na boca e comiam-nas, ou levavam esse, recipiente, cheio para casa e fritavam-nas com óleo de palma, servindo assim de conduto para molhar o pirão.
Este episódio faz parte de outros mais, que poderão ler no meu blog, e que me fazem sentir o deseijo de ser “selvagem”.

2010/03/12

Que homens, futuramente, irão governar este país?


Numa esplanada de um bar, na vila onde vivo, estava eu entretido a ler o jornal, e, numa mesa ao lado, estavam 4 jovens com idades compreendidas entre os 17 e 18 anos. Como um deles é meu conhecido e amigo, desde que nasceu, perguntei-lhe onde andava a estudar e o que estudava. Respondeu-me que estava a tirar o curso de electricidade já há dois anos. Perguntei-lhe então para que servia um condensador? Depois de algum tempo a pensar, o jovem respondeu-me que não sabia. Perguntei-lhe, novamente, para que servia um transformador. Tal como aconteceu na primeira pergunta, pensou e respondeu que não sabia. Para terminar, mais uma vez, perguntei-lhe para que servia um disjuntor. Numa risada, juntamente com os colegas, respondeu “Sei lá”. Então perguntei-lhe o que andava lá a fazer. A resposta foi que, só andava lá (na INTEP) por causa do dinheiro que recebia por mês. Houve alguém, com mais de 40 anos, que ao ouvir a conversa respondeu que no tempo dele, para estudar não se ganhava.
Eu, aconselhei-o a abandonar os estudos e a procurar emprego como servente de pedreiro e juntar o dinheiro suficiente para comprar um bilhete, só de ida, e que fosse viver dentro da Amazónia ou numa outra selva na Ásia ou África, porque neste sistema, civilizacional, o futuro dele estava em risco.
Totós, de telemóvel na mão, ele e os colegas, deram uma grande rizada.
Afinal, pergunto, que país e que sistema é este, onde se paga para estudarem e acabam o tempo saindo dos estudos tal como entraram? É que, pelo que me apercebi, todos eles andavam no mesmo curso, mas, nenhum deles me soube responder.

2010/03/10

Trombas de água, Furacões, Tornados, Vulcões

O planeta terra encontra-se em actividade constante. Se pudéssemos perfurar a sua camada, até ao centro do Núcleo interno (sólido - além de 5100 km). Tomado por inteiro a terra é composta por Crosta, Litosfera, Astenosfera, Manto, Núcleo externo, Núcleo interno.

A aparência de nosso planeta sofre constantes transformações. Algumas das mudanças ocorrem de forma repentina e violenta, como no caso dos terremotos e das erupções vulcânicas. Outros processos duram milhões de anos e são capazes de deslocar continentes, erguer montanhas e mudar completamente o aspecto da superfície da Terra. Além disso, a ação das águas dos rios, das chuvas e dos mares, os gelos e os ventos modificam profundamente o relevo terrestre.
A Terra se parece com uma esfera, ligeiramente achatada nos pólos. A parte sólida da Terra é chamada geosfera. A geosfera tem uma série de propriedades que ajudam a fornecer muitas informações sobre o planeta. A gravidade (força com a qual a Terra atrai os corpos próximos a ela, dependendo da distância desses corpos em relação ao centro do planeta) varia de um ponto a outro. Essas variações permitiram comprovar que o raio da Terra é maior no Equador do que nos pólos.
Se prefurassemos, como dizia, a crosta composta por solos agrários, calcários, granito, xisto, argila, saibro etc. etc., encontrar-se-ia no seu interior uma imensidão de matéria, em forma de papa, a mais de 5000 graus “celsius” a saltar, tal como acontece com o que ferve dentro de uma panela de pressão. Se fizermos a comparação entre um ovo e a terra, diríamos que a casca do ovo é a parte dura da crosta da terra que teríamos de furar até chegar á parte mole (papa). O interior da Terra permanece ativa, com um manto espesso relativamente sólido, um núcleo externo líquido, e um núcleo interno sólido, composto primariamente de ferro e niquel e que, em muitos lugares do planeta, acaba, esta matéria, por encontrar um lugar mais frágil e sair em grande disparo atingindo, assim, centenas de metros de altitude acabando por cair sobre o solo e escorrer centenas de metros e á medida que vai arrefecendo e solidificando-se torna-se em rocha. São os conhecidos Vulcões.
Para além destes existem os tremores de terra que consiste em existir fissuras (fendas) na placa (a casca da terra), são as chamadas placas tectónicas. Imaginemos a casca do ovo rachada, ou, uma placa rachada e ambas as partes, devido á pressão existente na interior, feita pela matéria (Lava), que embatem uma contra a outra, dezenas de vezes por segundo. Quando esse embate for mais violento e que atinja 5, 6, 7 ou 8 na escala de reechie acontece uma catástrofe podendo ceifar muitas e muitas vidas, tal como aconteceu recentemente no Haiti, Chile e Turquia, onde milhares de vidas sucumbiram.
Por outro lado, temos ainda os tornados, trombas de água que deixam um rasto de destruição, como se viu, já tanta vez, nos Estados Unidos da América, Canadá, México e outros, e bem á pouco tempo atingiu o arquipélago da Madeira. Estas actividades Naturais existem á milhões de anos. Foi através delas que se formou os contornos deste planeta que hoje temos. É preciso que as pessoas tomem a plena consciência e se venham a precaver a fim de evitar que vidas se percam não negligenciando a natureza. Á pouco tempo vi um documentário, televisivo, feito dentro da Amazónia com um povo indígena. Mostrava a forma de vida daqueles índios. As formas das suas casas e o habitat em que se encontram inseridos. Tenho a certeza que, da forma como vivem, preservando a natureza florestal, podem vir tremores de terra ou trombas de água, que as vidas não serão perdidas. E tenho para comigo, que uma tromba de água, como a que aconteceu na Ilha da Madeira, já aconteceu muita vez por cima do habitat da Amazónia e as vidas não sucumbiram. E por tanta coisa, e estas que acabei de falar, é que sinto que “queria ser selvagem”.

2010/03/04

TELEGRAMA DE DIVÓRCIO

Uma mulher é transferida para trabalhar em outra cidade. Depois de poucos dias, mandou um telegrama ao marido que dizia:

"FAVOR, ENVIAR URGENTE DOCUMENTOS PARA O DIVÓRCIO. ENCONTREI UM COMPANHEIRO IDEAL QUE POSSUI AS MESMAS CARACTERÍSTICAS DO NOVO VECTRA DA CHEVROLET"

Curioso, o marido vai a uma concessionária e pergunta ao vendedor quais as características do tal carro.

'É MAIS POTENTE, MAIS COMPRIDO, MAIS LARGO, MAIS RÁPIDO NA SUBIDA, MAIS BONITO E NÃO BEBE MUITO.'

Duas semanas depois, é ela que recebe um telegrama do marido dizendo:

"MANDEI OS PAPÉIS DO DIVÓRCIO. ASSINE RÁPIDO!!!
ENCONTREI UMA COMPANHEIRA IDEAL. REÚNE TODAS AS QUALIDADES DA NOVA CHEROKEE."

Curiosa, a mulher vai a uma concessionária e pergunta sobre o tal carro.
O vendedor responde:

'É MAIS RESISTENTE, SUPORTA MAIS PESO, TEM LUBRIFICAÇÃO AUTOMÁTICA, A CARROCERIA É NOVA E MAIS ARREDONDADA, É MAIS BONITA E CONFORTÁVEL, POSSUI AIR-BAG DUPLO EXTRA LARGE, MAIS SILENCIOSA, NÃO VAZA ÓLEO, É MAIS ECONÔMICA E AINDA ACEITA ENGATE NA TRASEIRA.'

2010/03/03

Debate na A. R. no dia 06 de Dezembro de 2007


O Primeiro-Ministro José Sócrates, como sempre, fala com um tom de autoritário e arrogante. Fala muita vez na consolidação, consolidação esta, que é feita á custa do sacrifício do cidadão que menos ganha, criando-lhes cada vez mais impostos atrás de impostos. Falou nos benefícios que tiveram os Docentes, alunos e os jovens que já conquistaram emprego e os que estão á espera do mesmo. Consolidação pelo lado certo, com menos despesa baixou o défice público que se encontra agora abaixo dos 3% e a produtividade de 1.5.
Se a memória não me falha, quando este Ministro, gabarolas, tomou posse em 12 de Março 2005 já a produtividade havia crescido para 1.5. Também disse que favoreceu as pensões mais baixas e as por invalidez, pensões estas que, estavam abaixo dos 600 euros. Falou, ainda, no apoio á natalidade e família criando assim mais creches para os filhos dos trabalhadores. Falou, por várias vezes, na culpa das coisas mal dos governos do passado. Será que se referia ao governo Gutérrista do qual, também ele, fazia parte e que cobardemente fugiram, desistiram de governar e deixaram a casa desarrumada?
Sócrates é um Primeiro-Ministro que vem de um governo que fugiu porque sentiram-se com falta de capacidade para governar o país. Os louros que este governo pode ter são o reflexo da boa gestão que vem do governo do PSD. Ele, Primeiro-ministro, tentou sempre, durante o debate falar do passado porque sabia muito bem, que nada de novo tinha para apresentar aos portugueses e que os portugueses estão descontentes com a sua desgovernação. Tudo o que prometeu falhou e até fez o que havia criticado, por exemplo; quando o governo do PSD passou o IVA DE 17% para os 19% ele passa-o para os 21%! Paulo Portas até o apelidou de “Canal Memória” aconselhando-o a mudar de canal e alertou-o de que o contribuinte é que está a combater o défice, porque este governo criou impostos de tal forma que os portugueses pagam, no mínimo, 600 euros a mais do que pagavam por ano. Sócrates diz que; este orçamento baixa o IRS. Na minha opinião, isto é um tapa olhos, porque com uma mão dá um grão com a outra tira um punhado de grãos. Mas se temos de recordar a história de 32 anos de democracia então a realidade é esta: “Sempre que o PS (Partido Socialista) é eleito só desgoverna! Desarruma a casa e o PSD (Partido Social Democrata) é que a tem de arrumar”. Esta é que é a pura realidade! O Presidente da Republica de então, Jorge Sampaio, aproveitou que o PSD arrumasse a casa para de seguida derruba-lo para que houvesse eleições antecipadas e que o PS com José Socrates, podesse vir a ganhar, e, então, José Socrates usasse a arma da mentira com o seguinte slogan “Eu vou criar 150.000 empregos”. Os poucos que ainda continuam a acreditar em promessa lá elegeram este “Simplex Sócrates”, sem ter maioria absoluta, e passado um ano já andavam todos a gritarem e em greves porque o que ele fez foi colocar 150.000 no desemprego. Ele foi bombardeado, neste debate, pelos líderes parlamentares, com assuntos reais mas ele acabou por tentar se defender, dizendo tanta coisa e nada disse. Os portugueses ficaram a saber o mesmo. Este é sem sombra de dúvidas, o pior de todos os Primeiros-ministros pós 25 de Abril. Falou, ainda, por várias vezes no benefício que este orçamento tem na assistência á procriação assistida. Será que este é um assunto de tão relevo importância para o cidadão?
Como devem ter notado, Sócrates, neste debate, repetiu várias vezes o mesmo assunto e chegou mesmo a ponto que já gaguejava, patinava com a língua e tentava arrancar da cabeça (oca) argumentos para se defender do bombardeamento a que era alvo! Nunca chegou a dar respostas concretas sobre os assuntos que os lideres parlamentares lhes faziam, limitando-se apenas a ficar pelo “se, se, se”… Este Primeiro-ministro e seu governo não trouxeram, neste debate, nada que já não soubéssemos. Limitou-se a fazer o que os papagaios fazem; “repetir e gargarejar vezes sem fim”. É que as verdades doem. Este governo disse, nessa altura, prever baixar os impostos no ano 2009, podera! Isto pelo facto de nesse ano haver eleições legislativas. Que boa noticia nos truxe neste debate!... sincéramente!!!

2010/03/02

Olhem só o onze 11



É INCRÍVEL. QUEM SE SE DEU AO TRABALHO DE
COMPARAR ISTO ?.-


SERÁ CASUALIDADE??.....

1) New York City tem 11 letras.

2) Afghanistan tem 11 letras

3) Ramsin Yuseb (O terrorista que orquestrou a destruição das Torres

Gemeas en 1993) tem 11 letras.

4) George W Bush tem 11 letras. Isto pode ser pura coincidência, mas

agora se é mais interessante

1) New York é o estado numero 11.
2) O primeiro avião que embateu contra as Torres Gémeas foi o voo

numero 11.

3) O voo numero 11 levava 92 pasageiros. 9 +2 = 11

4)O voo numero 77 também embateu contra as Torres Gémeas,
e levava 65 passageiros. 6+5 = 11

5) A tragédia sucedeu em 11 de Setembro, ou melhor dizendo 9/11.
9+1+1=11

6) O dia e igual ao numero de emergência da policia nos
Estados Unidos 911. 9+1+1=11.
Pura coincidência??? Segue lendo e me contarás.

1) O numero total de vitimas dentro de todos os aviões foi
de 254. 2+5+4= 11.

2) O 11 de Setembro é o día 254 do calendario. Outra vez 2+5+4=11.

3) As explosões de Madrid sucederam no día 3/11/2004.
3+1+1+2+4= 11.

4) A tragédia de Madrid sucedeu 911 días depois do incidente das Torres Gémeas 9+1+1=11....

Bem, agora é quando a coisa se põe mais misteriosa.

Um dos símbolos mais reconhecidos dos Estados Unidos,
depois das Estrelas são as Barras, e a Águia. (onze letras)

A seguinte estrofe terá sido sacada do Al-Quran, o livro sagrado do Islão "Porque está escrito que o filho de Arábia despertará a uma terrível Águia. A força da Águia se sentirá por todas as terras de Allah, algumas pessoas tombarão em desespero porém no fundo se alegrarão: por que a força da Águia limpará as terras de Allah e haverá paz .'

Esta estrofe é a número 9.11 do Al-Quran.

Ainda não estás convencido....?!

Interpreta o seguinte e logo me contas, se eu tenho razão:

QUANTAS LETRAS TEM "BARACK OBAMA"?

E AGORA QUE PENSAS?!?!!?

Eu tive um Sonho


Artigo publicado no dia 13 de Janeiro de 1985 no jornal “Diário de Notícias” do Funchal
Cecílio Gomes da Silva*

Traumatizado pelo estado de desertificação das serras do interior da Ilha da Madeira, muito especialmente da região a Norte do Funchal e que constitui as bacias hidrográficas das três ribeiras que confluem para o Funchal, dando-lhe aquela fisiografia de perfeito anfiteatro, aliado a recordações da infância passada junto à margem de uma das mais torrenciais dessas ribeiras – a de Santa Luzia – o mundo dos meus sonhos é frequentemente tomado por pesadelos sempre ligados às enxurradas invernais e infernais dessa ribeira. Tive um sonho.

Adormecendo ao som do vento e da chuva fustigando o arvoredo do exemplar Bairro dos Olivais Sul onde resido, subia a escadaria do Pico das Pedras, sobranceiro ao Funchal. Nuvens negras apareceram a Sudoeste da cidade, fazendo desaparecer o largo e profundo horizonte, ligando o mar ao céu. Acompanhavam-me dois dos meus irmãos – memórias do tempo da Juventude – em que nós, depois do almoço, íamos a pé, subindo a Ribeira de Santa Luzia e trepando até à Alegria por alturas da Fundoa, até ao Pico das Pedras, Esteias e Pico Escalvado. Mas no sonho, a meio da escadaria de lascas de pedra, o vento fez-nos parar, obrigando-nos a agarrarmo-nos a uns pinheiros que ladeavam a pequena levada que corria ao lado da escadaria. Lembro-me que corria água em supetões, devido ao grande declive, como nesses velhos tempos. De repente, tudo escureceu. Cordas de água desabaram sobre toda a paisagem que desaparecia rapidamente à nossa volta. O tempo passava e um ruído ensurdecedor, semelhante a uma trovoada, enchia todo o espaço. Quanto durou, é difícil calcular em sonhos. Repentinamente, como começou, tudo parou; as nuvens dissiparam-se, o vento amainou e a luz voltou. Só o ruído continuava cada vez mais cavo e assustador. Olhei para o Sul e qualquer coisa de terrível, dantesco e caótico se me deparou. A Ribeira de Santa Luzia, a Ribeira de S. João e a Ribeira de João Gomes eram três grandes rios, monstruosamente caudalosos e arrasadores. De onde me encontrava via-os transformarem-se numa só torrente de lama, pedras e detritos de toda a ordem. A Ribeira de Santa Luzia, bloqueada por alturas da Ponte Nova – um elevado monturo de pedras, plantas, arames e toda a ordem de entulho fez de tampão ao reduzido canal formado pelas muralhas da Rua 31 de Janeiro e da Rua 5 de Outubro – galgou para um e outro lado em ondas alterosas vermelho acastanhadas, arrasando todos os quarteirões entre a Rua dos Ferreiros na margem direita e a Rua das Hortas na margem esquerda. As águas efervescentes, engrossando cada vez mais em montanhas de vagas espessas, tudo cobriram até à Sé – único edifício de pé. Toda a velha baixa tinha desaparecido debaixo de um fervedouro de água e lama. A Ribeira de João Gomes quase não saiu do seu leito até alturas do Campo da Barca; aí, porém, chocando com as águas vindas da Ribeira de Santa Luzia, soltou pela margem esquerda formando um vasto leito que ia desaguar no Campo Almirante Reis junto ao Forte de S. Tiago. A Ribeira de S. João, interrompida por alturas da Cabouqueira fez da Rua da Carreira o seu novo leito que, transbordando, tudo arrasou até à Avenida Arriaga. Um tumultuoso lençol espumante de lama ia dos pés do Infante D. Henrique à muralha do Forte de S. Tiago. O mar em fúria disputava a terra com as ribeiras. Recordo-me de ver três ilhas no meio daquele turbilhão imenso: o Palácio de S. Lourenço, A torre da Sé e a fortaleza de S. Tiago. Tudo o mais tinha desaparecido – só água lamacenta em turbilhões devastadores.

Acordei encharcado. Não era água, mas suor. Não consegui voltar a adormecer. Acordado o resto da noite por tremenda insónia, resolvi arborizar toda a serra que forma as bacias dessas ribeiras. Continuei a sonhar, desta vez acordado. Quase materializei a imaginação; via-me por aquelas chapas nuas e erosionadas, com batalhões de homens, mulheres e máquinas, semeando urze e louro, plantando castanheiros, nogueiras, pau-branco e vinháticos; corrigindo as barrocas com pequenas barragens de correcção torrencial, canalizando talvegues, desobstruindo canais. E vi a serra verdejante; a água cristalina deslizar lentamente pelos relvados, saltitando pelos córregos enchendo levadas. Voltei a ouvir os cantares dolentes dos regantes pelos socalcos ubérrimos das vertentes. Foram dois sonhos. Nenhum deles era real; felizmente para o primeiro; infelizmente para o segundo.
Oxalá que nunca se diga que sou profeta. Mas as condições para a concretização do pesadelo existem em grau mais do que suficiente.

Os grandes aluviões são cíclicos na Madeira. Basta lembrar o da Ribeira da Madalena e mais recentemente o da Ribeira de Machico. Aqui, porém, já não é uma ribeira, mas três, qualquer delas com bacias hidrográficas mais amplas e totalmente desarborizadas. Os canais de dejecção praticamente não existem nestas ribeiras e os cones de dejecção etão a níveis mais elevados do que a baixa da cidade. As margens estão obstruídas por vegetação e nalguns troços estão cobertas por arames e trepadeiras. Agradável à vista mas preocupante se as águas as atingirem. Estão criadas todas as condições, a montante e a jusante para uma tragédia de dimensões imprevisíveis (só em sonhos).

Não sei como me classificaria Freud se ouvisse este sonho. Apenas posso afirmar sem necessidade de demonstrações matemáticas que 1 mais 1 são 2, com ou sem computador. O que me deprime, porém, é pensar que o segundo sonho é menos provável de acontecer do que o primeiro.
Dei o alarme – pensem nele

Lisboa, 11 de Dezembro de 1984

*Engenheiro Silvicultor