2010/01/28

Milhares de seres humanos morrem todos os dias

























Com estas imágens que vai pela Africa e não só mas que os ricos ignoram, aquele apoio macisso ao Haiti não passa se não de uma hipócrisia. Será que o mundo desenvolvido, superpotencias económicas, não são senssiveis a estas desgraças e que são fruto da ganância dos desenvolvidos!?

O direito à dignidade humana, aos princípios básicos de sobrevivência, à saúde, aos cuidados básicos, a viver livremente e manter a sua integridade jurídica são alguns dos pontos de partida, que a princípio deveriam existir em pleno século vinte e um, para todos os Homens. Pura e descarada mentira. Provavelmente mais de 65% da população não tem a maior parte destes pressupostos.
A maior causa de morte no mundo continua a ser a fome, quando nos parece incrível que com todos os recursos que existem, ainda se morra à fome. Também me parece incrível tudo o que se tem passado no Haiti. Dá-se uma catástrofe, e de repente, surge uma onda mundial por parte do povo, de solidariedade, quase como expiação de todos os pecados, como forma de se sentirem bem consigo próprios, a querer algo pelo Haiti.
Quero deixar bem claro antes de tudo, antes de lerem o que vem a seguir, que respeito a vida humana acima de tudo, e a dignidade humana. Não me peçam é para pensar pela cabeça dos outros e baseado em sacionalismo quase obsceno, de crueldade intolerável, que as noticias nos vão bombardeando para encher jornais e ganhar audiências me tolde o pensamento.
É um ultraje o que se tem passado com divulgação de propaganda que nada tem de humanista, nada tem de legitimo, nada tem de nada. Custa-me rir de quem pede minutos de silêncio, de quem pede para as pessoas fazerem donativos, de quem pede ajuda para os haitianos. Então, assim de repente, esta é a única desgraça no mundo inteiro, e nada mais de grave se passa? 50 mil? 100 mil? Deixem-me rir e sabem porquê? Alguém sabe dizer-me quantas crianças (leram bem, crianças, e apenas crianças) morrem por dia à fome na Somália, que é apenas um pequeno país? Não sabem, pois não? Pois posso dizer-vos segundo estudos de entidades de ajuda humanitária morrem por mês mais crianças na Somália que na Europa inteira em um ano! Depois, e voltando ao Haiti, alguém sabe quem tem o dever e obrigação de ajudar? Existe apenas um grupo que tem obrigação de ajudar e assegurar a devida construção de território, que é o grupo dos países desenvolvidos. Ponto final.
Todos pagamos impostos e pagamos o suficiente, pois em caso de catástrofe beneficiamos de uma verba e ajuda mundial, para o efeito, assim como os países menos desenvolvidos também beneficiam disso. Por falar em menos desenvolvidos, como se chama a uma população que está a precisar de ajuda e faz barreiras com cadáveres como forma de protesto à falta de ajuda humanitária, e que pilha, mata e viola a troco de comida e bens? Como? Animais? Ouvi bem? Parece-me que sim. Nem todos serão, é certo, mas existe uma grande fatia de haitianos que não se têm portado nada bem para quem precisa de ajuda e está numa posição difícil, por isso quando levarem comida, viveres, medicamentos e outros bens, não se esqueçam de levar uma arma carregada porque nunca se sabe como o Homem se porta em condições adversas. Eu sei uma coisa, por muito difícil que seja a condição humana, acho que quando existe evolução, cultura e união (tal como já foi demonstrado na história por muitos povos) existe sobrevivência, existe entreajuda, existe que da destruição nasce a mais bela flor.
Custa-me imenso ver a indiferença do mundo em relação a imensos países que precisam de ajuda durante todo o ano. Custa-me ver as grandes potências patrocinarem guerras em vez de prestar ajuda humanitária. Abomina-me ver alguns países a aproveitar a desgraça dos outros para se aproveitarem de recursos, acordos de publicidade.
O mundo não está unido ao contrário do que fazem parecer, o planeta está doente de uma doença chamada “ganância”, que já falei em outros artigos, é a pior de todas as doenças. Ajoelhemo-nos pois, porque pecamos em demasia e onde não se vê. Porquê tanta ipocrisia, se para o mundo desenvolvido, e que agora com esta pequena tragédia, vem demonstrar que querem ajudar, ajudar um povo que já vivia há muito de fome e miséria, e que, para essas superpotencias até lhe interessa que essas calamidades existam porque, através delas, vão buscar grandes devidendos.
São estas e muitas outras que vão pelo mundo que faz sentir em mim, cada vez mais, o desejo de ser SELVAGEM.

2010/01/26

Lutando até á victória


Em 1986 comprei o primeiro carro, já com as adaptações adequadas ao meu problema físico e inicio uma grande e prolongada batalha contra os médicos. No dia em que o comprei, nem familia nem amigos sabiam desta minha pretenção. Logo que o recebi, das mãos do ex-dono, pego e vou dar uma volta a toda a aldeia onde vivia na altura (Ega-Condeixa). Ao xegar ao pé das casa das minhas irmãs apitei, elas apareceram penssando que foce o peixeiro mas, qual não foi o espanto ao verem o irmão ao volante de um carro, até levaram as mãos á cabeça, pençavam que eram visões e que não poderia ser o irmão.
O meu primeiro carro “Morris", com o qual fiz 100 mil km sem carta de Condução.
Foi este carro, que já estava adaptado á minha condição física, que me incentivou a lutar por uma carta de condução.
Logo que o comprei fui á minha médica para me passar um atestado a fim de o entregar na escola de condução mas ela achou por bem que eu teria de ser avaliado por uma junta médica. Foi-me então marcado um exame, pela junta médica para 6 mêses depois, mas teria que aparecer com exames psicotécnicos, os quais fui fazer a Lisboa, e em 17 alunos, entre os quais só eu é que era deficiente, passaram somente oito. Em todas as provas que fiz, neste exame, obti o maximo 90% e o minimo 75%, a ultima prova foi numa sala, com uma psicóloga, onde ela me disse: -Sr. José concentresse, esteja á vontade e responda-me, na sua forma de ver, o que axa do passado, do presente e do futuro?

Aí eu falei tudo durante meia hora sem ela me interromper. No fim, ela se levantou, deu-me um abrço e me disse: -gostei imenço do que falou, se em todas as provas que fez aqui lhe correram tão bem como esta, está de parabens. Despediu-se e desejou-me felicidades.
Na data marcada para a presença na junta médica, compareço e depois de ser visto dizem-me que iria receber o resultado em casa.
Passados três meses recebo o resultado com:”reprovado para condutor”.
Não aceitei e exigi uma nova junta médica onde voltei a ser reprovado. Insisti, voltei a pedir nova avaliação, espero mais 6 mêses e mais uma vez voltaram a reprovar-me.
Por não ter mais direito a recorrer a junta médica, escrevi uma carta ao Primeiro Ministro de então (Anibal Cavaco Silva), onde lhe contei tudo o que se estava a passar, dizendo-lhe mesmo que, já tinha feito 100 mil quilómetros em três anos, sem carta de condução e que, durante todo esse tempo já tinha feito 4 campanhas eleitorais com uma aparelhagem móvel no carro e sem carta de condução.
Passadas duas semanas, recebi uma carta de sua Excelência, onde dizia que o meu caso tinha sido entregue à DGV (Direcção Geral de Viação).
Três semanas mais tarde sou convocado pela DGV de Coimbra para prestar provas com esse mesmo veículo.
A DGV aprova-me e passados dois meses a junta médica é obrigada a receber-me. Quando me viram, tiveram o descaramento de me dizer:
- “Então você passou por cima de nós e dirigiu-se ao primeiro-ministro?”
Ao que eu respondi:
- “O que é que queriam? Os senhores queriam tirar-me os poderes e eu não tive outra alternativa.
Responderam-me que me poderia ir embora, que iriam fazer uma avaliação e receberia em casa o resultado. Passados 3 mêses recebo uma carta onde me marcavam uma nova consulta para dois meses depois, no entanto teria que ser portador de um exame neurológico.
Aí é que eu pensei: “Não tenho mais hipóteses! Agora será o fim, vou ser derrotado!” Pois conduzir o carro, eu conduzia-o tão bem como qualquer outro cidadão de bom senso, o pior é que eu não tinha as mesmas forças que outras pessoas e provavelmente seria um exame que me reprovaria à partida. Passei a noite sem dormir, só pensava no sonho que tinha ido por água abaixo. Foi então que me lembrei de um enfermeiro, o senhor Pita, que tinha andado comigo na campanha eleitoral. Telefonei-lhe e falei-lhe da minha precisão de um neurologista, e foi então que ele me respondeu que trabalhava no consultório com uma Neurologista no Hospital da Universidade de Coimbra.
Lá fui, fiz o exame que me deu oitenta por cento de aptidão para conduzir o veículo que já possuía.
No dia da consulta na junta médica, os médicos ficaram a olhar uns para os outros. Resolveram dar-me a aprovação mas não deixaram de me chatear mais um pouco, mandando-me esticar os braços, juntar as mãos com as palmas para baixo, colocaram sobre elas uma folha de papel respondem-me:
- Veja, porque é que nós rejeitávamos o seu pedido, olhe só para a folha, como treme, não é só o que você pode ou não pode fazer, nós ao olharmos para si vemos o que você é fisicamente!?.
Eu revoltei-me e disse-lhes: -Vocês devem ser uma cambada de doidos, não vêm que são vocês quem me põem assim nervoso? E depois, não escolhi ser deficiente e não são vocês nem ninguém que avalia as minhas capacidades .
Mandaram-me acalmar e sair para a sala de espera. Passados uns minutos apareceu a secretária que me mandou ir comprar uns selos para colocar no processo.
Os médicos saem da sala de consultas com cara de derrotados e houve um deles que mancava de uma perna que me deu os parabéns e me disse:
-Você é um homem duro, por mim teria resolvido isto logo no primeiro dia, mas não sou só eu e nem sou o chefe da junta médica!
Este processo durou quatro anos, fiz 100 mil quilómetros desde Viseu a Lisboa e da Figueira da Foz a Vila Velha do Ródão, sem um acidente e fui mandado parar 4 vezes pela Brigada de Trânsito mas depois de me ouvirem fecharam os olhos e mandaram-me embora.
Porém, um dia a GNR de Soure, que soube desde sempre que eu andava a conduzir sem carta de condução, abordou-me no centro da vila, pediu-me os documentos e no dia seguinte sou levado a tribunal. Fui penalizado em 10 contos mais 10 dias de cadeia ou 400 escudos por cada dia, paguei 14 contos e saí.
Finalmente chegou o momento de ir a exame de código, no qual obtive bom resultado, e três semanas mais tarde fui ao de condução. Lá venho eu de Coimbra, todo feliz com a carta no bolso e lágrimas de alegria nos olhos.
Nesse mesmo dia fiquei muito sensibilizado com a atitude do meu tio Manuel de Oliveira, irmão da minha mãe, que não foi ao serviço para ir assistir à minha prova de exame de condução. Quando parei o carro ele e o meu pai aproximaram-se e, ambos, desataram a chorar ao ouvirem o engenheiro dizer para mim:
-Pronto, você já pode ir a conduzir para casa, parabéns! - E apertou-me a mão.
Nesse momento, não me consegui controlar e as lágrimas saltaram-me dos olhos pela alegria e pela luta que travei até ser o victorioso.

2010/01/24

O DOUTOR E O SEU CARRO "FIAT PANDA"


A secretária apercebe-se que a breguilha do chefe está aberta e para não parecer mal-educada, avisou-o de forma subtil:

-Dr., o senhor deixou a porta da sua garagem aberta!

Ele fechou-a rapidamente e apreciando a criatividade da empregada perguntou cheio de malícia:

-Por acaso viu o meu ferrari dentro?

Ela responde:

-Não senhor, só vi um Fiat Panda antigo e enferrujado, com os dois pneus traseiros carecas e totalmente em baixo...
Hahahahahaaa... Riam-se minha gente que o riso faz bem á saúde.

Noite de verão no Alentejo


Ti-Jaquim e Ti-Maria na camama:

-Ó Jaquim, inda gostas de mim?

-Atão na houvera de gostari?!!

-Hh na sei... Tu já nem me precuras!

-Ora porra! Tu tambem na te escondes!!

A VIDA E O PROPÓSITO DA MATANÇA




A morte existe, e os homens são os únicos animais existentes na terra que sabem que, ao nascerem também têm de morrer.

Existe a morte natural e a provocada. A provocada, é toda aquela que é feita por um animal a outro animal, algumas são feitas por necessidade de outros por servir para a sua alimentação. Isto processa-se de uma forma natural mas que a natureza criara propositadamente porque se todos fossem vegetarianos, e ao reproduzirem-se, jamais existiria lugar na terra para todos, se tivessem de morrer apenas por doença ou velhice. Mas para milhares e milhares, talvez mesmo milhões, de animais que são mortos por dia, alguns são por instinto, quando é feita por animais irracionais.

Para, o único animal racional, que é o homem, a morte feita por ele tem várias vertentes; a da alimentação, a da conquista e do ódio. E, é aqui, que os meus neurónios se põem em dúvida quando se diz que; o homem não deveria matar o seu semelhante. Eu pergunto: -O que aconteceria neste planeta, que existe há milhões de anos e que não cresce mantendo sempre o seu tamanho, se não houvesse guerras e os homens não se matassem uns aos outros? -O que seria de nós se não existisse na mente do homem o instinto do ódio, conquistar e matar?

Se não tivessem existido, desde sempre, as guerras e suas matanças o planeta já não teria há muitos anos, lugar para os seres vivos. Viajemos somente num tempo ainda recente, (o século passado). Na Primeira e Segunda guerra mundial, nos trinta anos de guerra no Vietname, na Jugoslávia, nos países do Médio Oriente, por toda a África e para não falar nos países das Américas! E os milhares que todos os dias, ainda hoje, são mortos por toda a terra! Se ao longo dos milhões de anos, esses biliões de seres Humanos, de várias idades, que foram mortos, chacinados, tivessem sobrevivido, ao reproduzirem-se e morrendo apenas por velhice ou doença, teria de haver uma outra forma, no planeta, para os albergar porque o planeta não estica, não cresce.

Desde sempre os homens se guerrearam e mataram, e é devido a esta intuição do homem que levou, também os homens, a inventarem as ceitas religiosas de onde surgiram, as bem conhecidas historias, dos que queriam salvar o mundo das guerras. Moisés, Jesus Cristo, Maomé, e tantos outros, mais recentemente, como Joseph Smith nos Estados Unidos da América da igreja de Mórmon, e ainda mais recente, em Portugal, em Fátima, com a aparição de Maria mãe de Jesus. Tudo isso com a intenção de fazer temer, ao homem, aquilo que a natureza criou. Porque ninguém consegue colocar seis litros de liquido dentro de um garrafão onde somente cabem cinco. No meu entender, apesar de nos causar sofrimento e dor, as guerras para a matança é um propósito natural formado pelo “quem tudo criou”, e por isso salve-se quem poder porque tarde ou cedo teremos que deixar de viver. É lamentável mas é assim! E o homem jamais irá conseguir mudar este sistema que, no meu entender, é um sistema natural, como todas as coisas criadas pelo poder divino, é a natureza. Tal como o Leão, o Tigre e outros que atacam o seu semelhante e o destrói, também o homem não foge á regra. A vida é assim… tem de se morrer, o mais rápido, para se dar lugar a outros.

DDT, QUININO E MALÁRIA



Vivi em Angola por toda a década de 60 e metade da década 70, nas savanas e florestas. A Malária, conhecida na época por Paludismo não matava. Durante os quinze anos não se ouvia falar em doentes ou mortes feitas por este vírus transportado por um mosquito. Não era que o vírus não existisse, mas existia prevenção. Era distribuído por toda a gente comprimidos “Quinino” que eram tomados um por semana. Todos os lugares onde se pudessem alojar os mosquitos, baratas, aranhas e outros insectos, como por exemplo, em capoeiras, corrais e em volta das habitações, eram desinfectados com um pó conhecido por DDT. Até mesmo, este pó era esfregado no couro cabeludo dos animais para os livrar dos parasitas e até nas cabeças de crianças quando apareciam com piolhos. O alastramento da Malária deve-se á retirada dos europeus das Ex-Colónias, entrando assim, esses países, no abandono no campo de prevenção e saúde. Por outro lado, também, tem a ver com a proibição, a nível mundial, do fabrico e utilização do benéfico pó branco “DDT”. Na África do Sul, na zona do Kwazululu- Natal, em 1996 o DDT é substituído por outro insecticida piretroide e o resultado é a Malária dispara de 20.000 afectados para 65.000. Só volta a descer, para os 8.000 em 2005, porque em 2000 o governo e as autoridades sanitárias retrocedem e voltam ao DDT. O DDT era, e é, um insecticida nosso amigo e toda a gente o tinha em casa. Durante os 15 anos que vivi no deserto Angolano, nunca adoeci e todos que por lá viviam usufruíam de boa saúde. Para acabar com essa terrível epidemia, que é a Malária, só será possível quando as entidades sanitárias de todo o mundo resolverem invadirem a África com a finalidade de distribuir o DDT e os comprimidos “Quinino”, tal como se fazia nas décadas de 50, 60 e 70 quando a prevenção estava a cargo dos governos colonizadores. Em 2004, um irmão de um cunhado meu regressou á terra que o viu nascer, Huambo, antiga Nova Lisboa, Angola. Em Novembro de 2007 faleceu contaminado pela Malária. Ele nasceu, cresceu e casou-se lá, veio para Portugal em 1975, tal como tantos, fugindo á guerra. Dizia ele: - Tenho que morrer onde nasci! Mal ele sabia que um mosquito o esperava para lhe sugar sangue e deixar, como tampão no orifício, o terrível vírus Malária.

O que é a malária e como se propaga
A malária ou paludismo é uma doença infecciosa aguda ou crónica causada por protozoários parasitas do género Plasmodium, transmitidos pela picada do mosquito Anopheles.
A malária mata 3 milhões de pessoas por ano, uma taxa só comparável à da SIDA, e afecta mais de 500 milhões de pessoas todos os anos. É a principal parasitose tropical e uma das mais frequentes causas de morte em crianças nesses países: (mata um milhão de crianças com menos de 5 anos a cada ano). Segundo a OMS, a malária mata uma criança africana a cada 30 segundos, e muitas crianças que sobrevivem a casos severos sofrem danos cerebrais graves e têm dificuldades de aprendizagem.
A designação paludismo surgiu no século XIX, formada a partir da forma latinizada de paul, palude, com o sufixo -ismo. Malária é termo de origem italiana que se internacionalizou e que surge em obras em português na mesma altura. Termo médico tradicional era sezonismo, de sezão, este atestado desde o século XIII. Existem muitas outras designações.
Transmissão
Fêmea de Anopheles alimentando-se de sangue humano A malária é transmitida pela picada das fêmeas de mosquitos do género Anopheles. A transmissão geralmente ocorre em regiões rurais e semi-rurais, mas pode ocorrer em áreas urbanas, principalmente em periferias. Em cidades situadas em locais cuja altitude seja superior a 1500 metros, no entanto, o risco de aquisição de malária é pequeno. Os mosquitos têm maior actividade durante o período da noite, do crepúsculo ao amanhecer. Contaminam-se ao picar os portadores da doença, tornando-se o principal vector de transmissão desta para outras pessoas. O risco maior de aquisição de malária é no interior das habitações, embora a transmissão também possa ocorrer ao ar livre.
O mosquito da malária só sobrevive em áreas que apresentem médias das temperaturas mínimas superiores a 15 °C, e só atinge número suficiente de indivíduos para a transmissão da doença em regiões onde as temperaturas médias sejam cerca de 20-30 °C, e humidade alta. Só os mosquitos fêmeas picam o homem e alimentam-se de sangue. Os machos vivem de seivas de plantas. As larvas se desenvolvem em águas paradas, e a prevalência máxima ocorre durante as estações com chuva abundante.
A infecção humana começa quando um mosquito Anopheles fêmea inocula esporozoítos dos plasmódios a partir da sua glândula salivar durante a hematofagia. Essas formas são transportadas pela corrente sanguínea até o fígado, onde invadem as células e começam o período de reprodução assexuada. Mediante esse processo de amplificação. Um único esporozoíto produz vários merozoítos-filhos. Nas infecções por P. vivax, uma parcela das formas intra-hepáticas não se divide de imediato, permanecendo latente, na forma de hipnozoítos, por um período variável de 3 semanas a 1 ano ou mais antes que a reprodução comece, e são a causa das recidivas das infecções.
Mais tarde a célula se rompe, liberando merozoítos móveis na corrente sanguínea e rapidamente os merozoítos invadem os eritrócitos e se transformam em trofozoítos. A fixação é mediada através de um receptor específico da superfície do eritrócito. Ao fim do cilco evolutivo intra-eritrocitário, o parasito consumiu quase toda a hemoglobina e cresceu a ponto de ocupar a maior parte do eritrócito. Agora denomina-se esquizonte. Ocorrem múltiplas divisões celulares, e o eritrócito se rompe para liberar 6 a 30 merozoítos-filhos, cada um potencialmente capaz de invadir um novo eritrócito e repetir o ciclo. A doença em seres-humanos é causada pelos efeitos directos da invasão e destruição eritrocitárias pelo parasito assexuado e pela reacção do hospedeiro. Depois de uma série de ciclos assexuados ou imediatamente após a liberação do fígado alguns dos parasitas desenvolvem-se em formas sexuadas de vida longa, morfologicamente distintas, responsáveis por transmitir a malária.
Após serem ingeridos durante a picada de um mosquito Anopheles fêmea para alimentar-se de sangue, os gametócitos masculinos e femininos formam um zigoto no intestino médio do insecto. Esse zigoto amadurece até um oocineto, que penetra e encesta-se na parede intestinal do mosquito. O oocisto resultante multiplica-se por divisão assexuada, até romper-se e liberar grande quantidade de esporozoítos móveis, que em seguida migram pela hemolinfa até a glândula salivar do mosquito, onde aguardam a inoculação em outro ser humano na segunda picada.

2010/01/23

Transporte!!! Se não há para os filhos, não há para o galo



Um pai tinha 3 filhos. O mais velho pediu: -Oh pai, queria um carro, na minha faculdade só eu é que não tenho...

O pai disse: -Só quando acabar de pagar o tractor.

Depois vem o outro: -Oh pai, quero uma moto.

Diz o pai: -Só quando acabar de pagar o tractor.

A seguir vem o mais novo: -Pai quero uma bicicleta.

E lá volta o pai a dizer: -Só quando acabar de pagar o tractor.

O miudo amuado vai para o quintal, nisto vê o galo em cima da galinha. Da-lhe um pontapé e diz, "Aqui enquanto o pai não pagar o tractor anda tudo a pé...".


COR DE PELE, PRECONCEITO E RACISMO




Como é do conhecimento geral, existem varias cores de pele no ser humano. Falasse muito de racismo e que este, parte dele, devêm da diferença da cor de pele. A mim custa-me muito acreditar neste factor: “Porque eu sou branco e tu és negro”, ou, “eu sou negro e tu és branco”. Vivi parte da minha infância e toda a adolescência até me tornar homem junto de gente de cor negra e para ser sincero até gosto daquela cor, em nada me afectaria se a minha pele em vez de branca fosse negra. Mas eu tenho a resposta certa para o facto de os de cor “negra” sentirem complexo e gostariam mais de terem nascido com a pele de cor “branca”.

Faz-me muita confusão o facto de alguém não se sentir bem com a cor que tem.

Como vivi cerca de 14 anos no meio de negros, como já falei noutros artigos, e como sabia que eles sentiam e diziam que nós, os de raça branca éramos racistas, um dia perguntei a um deles se gostava de sere “negro” e a resposta dele foi: -Não, eu gostar mais de ser branco.

Eu, como não consigo desclassificar aquela cor, e como já referi, até gosto dela, respondi-lhe: -Então o racista és tu, porque não te contentas com a cor que tens.

E ele respondeu-me que: -Ah, ser s’branco mesmo é que bom, porque os branco é que manda nos preto.

Aí eu disse-lhe: -Estás errado, existem muitos brancos a mandarem em brancos e fazerem deles escravos. Não foram só negros que fora escravizados, também existiram e ainda existem, por todo o mundo, brancos a serem explorados por outros brancos. Tira essa ideia da cabeça porque a tua cor é bonita e se me dessem a escolher a cor da minha pele pedia a tua cor.

Muita coisa, eu, falava com aqueles negros a respeito do racismo. O facto da cor da pele não poderia servir para se sentirem diferentes. Então disse-lhes que: -O homem branco era ganancioso e á séculos atrás, quando entrou na África, e descobriu as riquezas que ali existiam, tentaram sulca-las á força e através da força esforçavam os habitantes daquele continente a trabalharem para eles de forma gratuita e até houve, entre o homem branco, quem capturasse negros para os venderem a outros para trabalharem em trabalho esforçados e é por este motivo que centenas de anos depois ainda eles sintam a diferença da superioridade.

Mas não, eles teriam que esquecer esse lado porque esse lado não pode ser tido em conta para a existência de racismo com a convicção de que é a diferença pela cor da pele. As atitudes dos homens é que contam e se alguém teria de se sentir envergonhado com a cor da pele teriam de serem os brancos pelas atitudes que tiveram. E disse-lhes: -Eu mesmo não me importaria de ter a tua cor! O importante é sermos amigos e vocês são os meus melhores amigos.
Mas eu falava tudo aquilo com sinceridade e não me sentia bem ser descriminado no meio do ambiente onde viviam. Gostava de me sentir integrado na comunidade deles, por isso a diferença de cor, para mim, não tinha, não tem e nunca terá sentido.

O que mais de estupido aconteceu, e que toda a gente tem conhecimento, foi a questão de Machael Jackson. Era um negro tão bonito mas preconceituoso, não gostava da cor que tinha, tornou-se numa "mumia" até que se matou.

Abaixo o preconceito e o racismo.

2010/01/22

(A irmã que nunca esqueço)

POEMA


Na vida todos somos
Filhos do mesmo Deus,
Das mães que tive uma é Angola
A quem um dia disse Adeus.

Com essa mãe eu vivi
Catorze anos da minha vida,
Com quatro irmãs lá cresci
Até a hora da partida.

A minha mobilidade
Sempre dependeu de outrem,
Das irmãs que mais procurava
É a que mais meu coração contem.

Manuela, assim se chama
A irmã que mais ocupava,
Nunca me regalou os olhos
Nem nunca comigo refilava.

Ela não foi só irmã
Como mãe me tratou,
Quando estive muito doente
Com carinho me cuidou.

Acamado em sua casa
Na cama tomava a refeição,
De noite se levantava
Na hora da medicação.

Sempre foste e serás
A irmã que não esqueço,
Por ti querida irmã
Eu tenho um grande apreço.

Neste mundo nada escolho
Tudo acontece naturalmente,
O instinto tudo dita
E dirige a minha mente.

A Deus pedi uma máquina
Para construir paz e amor,
Não foi concebido esse pedido
Mas aqui te deixo uma flor.

Ponte sobre o Tejo, Alcântara/Caparica




Por várias vezes me desloco á Costa Da Caparica em visita a familiares meus. Todas as vezes que apenas entre na Ponte sobre o Tejo, ao ver a beleza daquela obra e a utilidade que tem na ligação das duas margens, recordo-me logo do grande estadista que a mandara construir, “António Oliveira Salazar”. Não concordo e nunca irei aceitar o facto de lhe terem tirado o nome “Ponte Salazar” para passarem a chamarem-lhes de “Ponte 25 de Abril”. Que raio de utopia é esta? Onde é que alguém era capaz de construir uma ponte num só dia? Por altura da inauguração, em 1966, que eu saiba, não foi Salazar quem escolhera dar o seu nome á ponte..! Outras pessoas, tal como sucede hoje em dia, escolheram o nome e a baptizaram. Concordo que quisessem ter um monumento alusivo ao dia 25 de Abril de 1974, mas para tal teriam de o construir. Existem várias ruas com o nome de estadistas e ainda á poucos anos foi construído mais uma ponte sobre o Tejo e deram-lhes o nome “Vasco da Gama”. Se este homem merece ter o seu nome destacado n’uma ponte muito mais merecia António Oliveira Salazar. Se Vasco da Gama descobriu o caminho marítimo para a Índia, outros, tal como Diogo Cão que encontrou o território Angolano, Pedro Alvares Cabral descobriu o caminho marítimo e chegou ao Brasil, mas eu pergunto; o que é que isso nos valeu? Fomos os maiores descobridores e no entanto se não estivéssemos integrados na União Europeia morria-mos todos á fome ao invés que, por exemplo, a Alemanha nada descobriu e potencialmente é um dos países mais ricos. E aquelas rotundas e pequenos parques com os nomes de governantes ainda vivos que proliferam por todos os sítios?
O monumento ao Cristo Rei, de braços abertos virado para Lisboa, até parece querer abraçar todos os que circulam n’aquela ponte. Também ele foi mandado construir na governação de António Oliveira Salazar. Aqueles que tiveram a atitude de retirar o nome de Salazar á Ponte são uns traidores da pátria. Um verdadeiro patriota não poderia imaginar que aquele nome não poderia continuar na mente dos portugueses..! Porque ele, Salazar, foi um grande estadista e conduziu sempre a nação pelos bons caminhos. Ele faz parte da nossa história e a história não é feita só de coisas boas ou más. Cada tempo é um tempo e se Salazar foi um mau governante sempre houve bons e maus e ainda hoje existem, e cada vez mais, maus governantes. Quem não se lembra dos bastantes navios (paquetes) que tínhamos? Dos grandes estaleiros navais “Lisnave e Setnave”, da Siderurgia Nacional e das dezenas de grandes empresas que funcionavam com estabilidade…onde estão? E as 800 toneladas de ouro que Salazar deixou á Nação?
Quando na Segunda Guerra Mundial Aristides livrou milhares de Judeus de serem executados passando-lhes vistos para que entrassem em Portugal também Salazar recebeu-os, não os perseguiu nem os mandou matar. Não fora ele (Salazar) quem salvou Portugal da banca rota em que havia mergulhado? Diz-se que ele castigou duramente muita gente. Será que hoje não existe muita gente que deveria serem bem castigados? Aquela mulher que vê o amante a ter práticas sexuais com a filha de 50 dias; os pais que mataram a filha e que, segundo se consta, até a cortejaram e deitaram-na aos porcos; a mãe que matara a filha de 2 anos a pontapé; aqueles incendiários que põem em risco os bens e as vidas das pessoas; e ainda os que assaltam á mão armada, bancos, bombas de combustível ou pessoas indefesas! Não mereciam que lhes fosse feito coisas piores do que as que Salazar mandara fazer? Quem não pensa assim não é de bom senso nem de bom carácter. Para mim aquela Ponte continuará a ser conhecida de “Ponte de Salazar”, e no meu ponto de vista, duvido muito, que Portugal volte a ter, no poder político, um homem tão patriota como ele fora.

“ELES COMEM TUDO, ELES COMEM TUDO E NÃO DEIXÃO NADA”




O título deste meu artigo, pertence a uma canção do, já falecido cantor revolucionário, Zeca Afonso, que no tempo do fascismo se opunha ao regime. Ficaria muito bem, ás rádios hoje em dia, passarem constantemente esta música e atribuírem-na aos actuais políticos. É lamentável que no passado dia 26 de Junho de 2008 um canal de TV veio anunciar que em Portugal o salário de Administradores equivale a 32 vezes mais o salário mínimo, enquanto, na Holanda, este ordenado, não ultrapassa 10 vezes mais o ordenado mínimo holandês que é cerca de três vezes mais que o português. Também, ainda no mesmo canal televisivo dizia que, existem mais de 100 milionários, em Portugal, com fortunas acima de 34 milhões de euros!
Num outro canal televisivo, no mesmo dia, ao mostrarem os autocarros eléctricos em Coimbra, os directores daqueles serviços, anunciam, estarem já a negociar com empresas construtoras, a compra de novos autocarros e que estavam em contacto com a Republica Checa para verem o melhor que por lá se fabrica.
Estas coisas, para mim são revoltantes! Em relação aos ordenados, o estado que se diz ser virado para as causas sociais, não deveria permitir que um administrador ganha-se mais que o ordenado do Presidente da Republica, ou, cinco vezes mais o ordenado mínimo nacional, e o ordenado mínimo subiria para o dobro. Ainda, quem tivesse fortunas acima de um milhão de euros seriam confiscados pelo Estado.
Com respeito aos autocarros eléctricos de Coimbra, conhecidos pelos «Pantufas» foram colocados a funcionar nos anos 40, com tecnologia da EFASEC empresa esta sedeada no Porto. Como é que uma Republica Checa, que viveu no Pacto de Varsóvia, ao mando da União Soviética, com atrasos profundos, actualmente com uma democracia com poucos anos e que aderiu á União Europeia recentemente, consegue usufruir de melhores tecnologias e de infraestruturais acima de Portugal!?
Ao falar com um “Checo”, residente em Soure, ele disse: “Na minha terra é tudo mais lindo, as pessoas estudam gratuitamente e saem com grande qualificação para o ramo de trabalho. O pior é que a remuneração é muito baixo, mas também não existe um desnível tão grande, em relação aos ordenados, como em Portugal”.
E para terminar. A China inaugurou, á pouco, um dos maiores aeroportos do mundo. O aeroporto que vai ser construído em Alcochete, é muito, mas muito mais pequeno, mas não duvidem que vai custar o dobro ou o tripulo daquele aeroporto Chinês.
Em Portugal até existe quem compre o direito aos lobis, como é o caso de Martins Lampreia, da Omniconsul, que é um dos cinco mil lobistas acreditado no Parlamento Europeu. Estes, depois trabalham com outros lobistas não acreditados.
A começar pelo estado, passando pelo futebol e acabando em empresas financeiras, é só corrupção. À uns meses a traz, no momento em que escrevia este artigo, veio o Bastonário da Ordem dos Advogados dizer que: “João Vale e Azevedo têm razão ao dizer que a justiça em Portugal não funciona”. Fica-te por aí João… e não te entregues, isto é um país de sanguessugas, onde existem bodes expiatórios e que funciona pior que a PIDE. Por causa destas coisas e de outras é que a Democracia já me desiludiu. É lamentável!

PONTE SOBRE O RIO ARUNCA NA ENTRADA DA VILA DE SOURE


QUEM CONSTRUIU ESTA PONTE?

É a pergunta e dúvida de muitos, que venham pela primeira vez a Soure e/ou não conheçam a história desta Vila. Ao entrar-se por esta ponte, no topo está estampado o que poderão ver em cima à esquerda. O que bem poderá baralhar estas pessoas, porque a data é muito recente para a idade que demonstra ter aquela ponte. Mas isto é assim! Por todo o concelho de Soure, em qualquer remodelação em locais públicos, em Capelas, Associações e até nalgumas vias rodoviárias, como é o caso da Via Rápida que passa ao lado da Vila. Quem entra neste troço pela Camparca/Casalinhos visiona a placa. Quem entra, vindo do lado de Condeixa, observa também a placa na rotunda. É só placas destas por tudo o quanto é sítio! Faço aqui uma pergunta que não necessita de resposta: primeiro – quando se elege alguém para ocupar o lugar de Presidência de qualquer função, a intuição é de fazer ou não se fazer nada? Segundo – se a intuição é de se fazer e colocar placas como estas, será que, pouco ou nada fizeram os anteriores Presidentes?
Na minha opinião nunca vi com bom agrado esta forma de agir, “fazer e colocar, por tudo o quanto é sitio, o nome de alguém que ocupa o cargo cimeiro numa Instituição Estatal ou Privada”… mas porquê?
Pensei, mas enganei-me, que numa democracia esta atitude não viesse a ser posta em prática! Só em governações monárquicas, ditaduras ou fascistas tal como aconteceu no passado, antes do 25 de Abril de 1974.

2010/01/21

IRMÃOS MAS NÃO GÉMEOS



Dois países, no mesmo continente e a mãe chama-se Europa.
Vivem lado a lado mas são tão diferentes. São irmãos mas não são gémeos, um é pobre o outro é rico. O rico tem cabeça e sabe-se governar, o outro não tem cabeça, desgoverna e cada vez se endivida mais.
Um irmão chama-se “Portugal”, o outro “Espanha”. Os portugueses chamam aos espanhóis de “nossos irmãos”. Os espanhóis chamam aos portugueses de “nostros irmanos”. Eu sou parte do irmão pobre que se chama Portugal e vou conversar com uma parte do irmão rico que se chama Espanha. - Ouve lá: Porque é que o ano passado (2007) a vossa economia cresceu 3,6 % e o PIB subiu 4,6 pontos enquanto, nós, só tivemos direito a metade? E porque é que o vosso ordenado mínimo é 630€ e o nosso é de 420€? E porque é que os combustíveis e os produtos alimentares custam menos 15%, o Gás menos 11€ por garrafa? Os automóveis não pagam imposto automóvel e o IVA é de 16% enquanto o nosso é de 21%? Porque é que a mãe é a mesma mas colocou um dos filhos na escola e o outro não? Um é esperto, o outro é burro. Mas, o burro consegue superar o esperto em algumas coisas! Pelo menos em corrupção, pedofilia, transacção de droga, assaltos á mão armada e morte por falta de assistência médica, bate o record do Irmão esperto espanhol. No irmão português, o rico fica cada vez mais rico é, o pobre cada vez mais pobre é. A classe média já não existe, é lamentável! Sabias que á uns anos a traz um político de um outro país ao visitar o teu irmão, e em conversa com o seu homólogo, este disse-lhe: “Estamos a tentar acabar com os pobres”. O visitante respondeu: “No meu país estamos é a tentar acabar com os ricos”. Aqui é assim, já ninguém tem dúvida, a classe média desapareceu, os pobres empobrecem cada vez mais e os ricos enriquecem cada vez mais! É assim o irmão Português, coitado! O irmão espanhol até tem razão em aceitar a Convenção da mãe Europa, ele é potente, junta-se aos irmãos adoptivos, Inglaterra, Alemanha e França e amarfanham os irmãos fracos! E eu que faço parte deste irmão (burro) tenho que ser sempre um desgraçado.

INTIMIDADOS PELAS ARMAS (aquilo que meus olhos viram)


(foto retirada do google)
Como já devem ter percebido, sou um apaixonado pelo continente africano, principalmente pelo sítio onde vivi durante vários anos, entre matas e savanas em Angola. Facilmente familiarizei-me com os negros.
Muitas histórias aconteciam, naquelas matas e savanas que se encontravam a 50 km. de distancia da Cidade. Os negros, meus colegas e amigos, tudo comigo compartilhavam.
O elo que nos unia era tão forte que levou, a nós jovens, com idades compreendidas entre os 14 e os 20 anos, cantar, sem medo, a canção do nosso líder político «Comandante “Che Guevara”». Para nós, ele era o maior, naquela altura, pois hoje não penso assim! Originário da Argentina, formado em medicina, integrou-se no grupo de revolucionários exilados que desembarcou em Cuba, em 1956. Fez depois parte do governo impondo a sua ideologia comunista. Promoveu a guerrilha na Bolívia, onde foi executado em 1967, tinha eu 15 anos. Ficamos tristes, muito tristes. Por lá, em Angola, também tínhamos a PIDE-DGS mas não nos intimidávamos. Éramos livres. Mas, existia de facto uma coisa que nos revoltava! Um dia, já em 1974, o Dr. Jonas Savimbi, nosso líder e presidente do nosso partido, disse, num comício no Huambo: -“Irmão, o nosso combate nunca foi contra a etnia branca, mas sim contra o governo colonial e o imperialismo! Combatemos a tropa portuguesa porque defendem a colonização de Angola por Portugal! O branco civil tem vivido de mãos dadas connosco! O grande problema é a tropa que vem de Portugal!..”. Sem dúvida, a tropa que ia de Portugal, na sua maioria, pelo menos na zona onde vivi, Amboim - Cuanza Sul, eram homens com má formação, desumanos e com falta de escrúpulos! Cheguei a ver, muita vez, quando eles apareciam lá no mato, junto das Senzalas (aldeias) dos negros, onde eu também vivia, armados com G3 e HK’s, o cinturão cheio de balas e algumas granadas penduradas, saltavam do JEEP e os negros da Senzala (aldeia), com o medo assistiam ao roubo, de seus pertences, que esses militares lhes faziam. Roubavam-lhes cabritos, leitões, galinhas, cachos de banas e ananases. Enchiam o JEEP e lá seguiam para o quartel, que se situava na Cidade (Gabela), para as suas patuscadas. Nós, temíamo-los e no fim de se afastarem ficávamos revoltados. Aquelas cenas ficaram marcadas na minha memória de tal forma que cheguei a sentir raiva de mim próprio por ser de raça branca. Ainda há pouco tempo tive este desabafo com uns amigos meus, de Soure, e que cumpriram lá tropa, e confirmaram esta realidade.
O Dr. Savimbi disse, ainda naquele comício: -“Irmãos, a exploração feita pelo homem ao homem não é um problema dos brancos para com os negros! Não… estudei em Portugal e constatei que lá existe muito mais exploração de patrões para com o trabalhador!”.
Quando cheguei a Portugal ouvi muita vez dizer que nós roubávamos os pretos! Eu que sou branco, mas como me sinto na pele dos negros, tenho que dizer que é mentira, é falso! Homem branco ou preto, civis, ninguém roubava nada a ninguém! A tropa portuguesa, ida de Portugal, sim, eles é que roubavam os negros e até, pelo meio do medo que faziam sentir, e com a intimidação, chegavam a fazer sexo com as filhas ou irmãs dos meus amigos negros, logo ali dentro de uma cabana! Lamento...

Era revoltante e esta é a mais pura realidade do que se passava em Angola. A guerra durou mais tempo porque os capitães e comandantes davam apoio logístico aos guerrilheiros apoiados por Cuba e União Soviética. Pois interessava-lhes a continuidade daquela guerra visto que usufruíam de altas regalias em relação aos seus camaradas em Portugal. Sou uma pura testemunha de toda a realidade que se passava em Angola desde Janeiro de 1962 até Setembro de 1975. Os ladrões, tal como em Portugal diziam de quem lá vivia, eram a tropa que ia de Portugal. Quando, alguns chegaram a dizer há pouco tempo num canal televisivo que: “vieram de lá com perturbações mentais”! Eu acho que, quando para lá foram, estes soldados, a maioria deles já sofriam de perturbações mentais e, como tal, o governo português mandava-os para lá!... Lamento!

2010/01/20

A Esquerda e a Direita



Politicamente fala-se muito nas diferenças que têm os partidos políticos no que se designa «ser-se de Esquerda ou de Direita». Eu, francamente, até há bem pouco tempo não era capaz de fazer essa distinção, já lá vão 35 anos desde a queda do fascismo e nunca soube o que era «Esquerda e Direita». E não sabia porquê? Porque enquanto dizem que o Partido Socialista (PS), o Bloco de Esquerda (BE) e o Partido Comunista (PCP) são de «Esquerda» e que o Partido Social Democrático (PSD) e o Centro Democrático e Social (CDS) são de direita e que ser-se de «esquerda» é favorecer mais as classes desfavorecidas, dando-lhes mais apoios sociais e económicos, criando-lhes mais e melhores empregos, melhores reformas e apoio ao colectivismo. Ao invés, que ser-se de «direita» é dar mais apoio aos patrões, à privatização, menos segurança social, reduções de reformas, reduções de emprego e até criando mais impostos. Esta óptica de ideias, sobre a «Esquerda e a Direita», está completamente deturpada. Porque o que tenho visto, desde que ganhamos o poder de escolher quem é que nos governa, é que o PSD governa com os tais méritos que são atribuídos à «Esquerda» e o PS é que governa com os tais méritos que, falsamente, atribuem aos partidos que alegam serem de «Direita». Primeiro: infelizmente vivo de uma pensão, que com os governos do PSD todos os anos aumentava entre 8 a 10 euros. O ano passado tive direito somente a 4,75 euros de aumento e este ano 4,00€ de acréscimo, quando o poder de compra sofre um acréscimo de mais de 5%! Segundo: quem é que acabou com certos postos médicos? Quem é que meteu cozinhas privadas nas escolas, fechou urgências, maternidades, aumentou o IVA de 19 para 21% e agora para os 20%, criou leis de mobilidade e mais recentemente criou uma concessão de Sociedade Anónima, por 70 anos, das estradas e vai criar portagens em algumas vias do interior? Acham que isto são politicas sociais? A forma utilizada, por este governo (PS) dito de «Esquerda», é ou não anti-social?
Num certo dia, no restaurante onde almoço, ao meu lado estava um indivíduo, que depois de alguma conversa soube que era natural e residente na Marinha Grande e era trolha de profissão. Falei-lhe então no caso da empresa vidreira Pereira Roldão, onde ele me respondeu que esse não era um caso isolado. Aquilo aconteceu com várias empresas, nomeadamente pequenas empresas que trabalhavam para as grandes, que fecharam e que isso se deveu à «Esquerda», que quando não estão no poder agregam-se a um Sindicato «esquerdista» para colocarem ou darem apoio aos trabalhadores contra os patrões! Nesse momento reflecti no sistema Russo e dos Países que se desagregaram do Pacto de Varsóvia. Todos eles tinham governos, ditos, de «Esquerda» e todos governavam com políticas Anti-Sociais.
Até que enfim…já era tempo de saber o que isso era, de se ser de «Esquerda» ou de «Direita». Depois de uma análise feita ao curriculum de governação deste país desde o 25 de Abril de 1974, então sim… já estou ciente que sou e quero continuar a ser de «Direita».

A CURIOSIDADE E A INCERTEZA DOS HOMENS





A curiosidade em saber o futuro é natural nas pessoas. Quem não gostaria de poder ler hoje os jornais da próxima semana, para saber antecipadamente os resultados da lotaria, conhecer a marcha de certos negócios ou as próximas decisões do estado? Mas a curiosidade em relação ao desconhecido, que se manifesta na nossa sociedade, não tem nada de inocência. Ela reveste, pelo contrário, aspectos quase doentios, ao vermos milhares, talvez milhões de pessoas procurarem com ansiedade, com angustia, os conselhos dos videntes, dos adivinhas e dos místicos, na esperança de encontrarem uma saída, uma solução…Com um presente carregado de problemas, insolúveis e um futuro cheio de inquietantes expectativas, o ser humano cada vez mais se agarra aos recursos não tradicionais, como um náufrago se agarra a uma tábua de salvação, na ansiosa procura de uma orientação que o ajude a superar as coisas do presente e as incertezas e insegurança do futuro.
Vivemos na “éra da insegurança” e a humanidade procura algo em que possa, afinal, confiar, procurar uma orientação segura, no meio deste mar proceloso que atravessa. Não quero viver mais – gemia e gritava o rapaz, enquanto procurava libertar-se dos que o seguravam, impedindo assim que saltasse de um precipício para o mar. Passado alguns momentos, um pouco mais calmo, ele contou aos que o seguravam os motivos que o levaram àquela atitude extrema. Eram tantos os problemas que o afligiam e tão grande o seu desespero que os que o seguravam quase lhe permitiram consumar o seu acto suicida.
Numa respectiva mais geral e colectiva, a humanidade parece estar prestes a “saltar do precipício para o mar” por não encontrar resposta para os seus problemas mais importantes. A angústia, o desespero passaram a fazer parte do dia a dia da nossa civilização. Parece que a solução não existe, a resposta não chega. Não vale a pena…As soluções que aparecem vão desde o “quanto pior, melhor”, passando pela luta armada entre classes, até ás já gastas “reuniões de alto nível” entre as grandes potencias mundiais.
Ao olhar para o caos em que se encontra o planeta, em que se encontram as suas próprias vidas, muitos preferem, como aquele jovem, por termo á existência, porque não encontram uma solução. O avanço cientifico e tecnológico não resolvem, nem resolverá nunca o problema existencial do ser humano – o vazio, a sensação de que sempre falta alguma coisa, de que, afinal, não chegamos a realizar-nos completamente, mesmo depois de termos concretizado os nossos sonhos. Para preencher esse vazio da alma humana, muitos procuram a companhia de outras pessoas, mas a companheirismo que os amigos podem oferecer não é o suficiente para preencher o espaço infinito do coração humano.
Outros dedicam-se inteiramente a acumular riquezas. Mas o dinheiro também não resolve o problema. Podemos juntar fortunas imensas, mas que ainda fosse possível conquistar o mundo inteiro, sempre ficaria a ânsia de novas aquisições, numa sede insaciável de preencher o vazio infinito do coração. Sexo, casamento, educação, são outras alternativas que o homem procura, na tentativa de encontrar a realização total, mas que produzem sempre o mesmo resultado: Uma inexplicável sensação que todos buscamos não está neste mundo. Se estivesse, a humanidade já a teria encontrado. A satisfação plena é produto da segurança absoluta e de paz interior, que só Deus pode dar mas a maior parte das pessoas a rejeita. O Stress é um dos grandes males da sociedade do mundo moderno. Trânsito difícil, corrida contra o relógio, problemas financeiros – são estes alguns dos mais importantes ingredientes de um mal moderno chamado Stress. Para a maioria das pessoas, esse mal é inevitável. Faz parte da sua rotina diária, do seu estilo de vida. Mas a personalidade, o carácter e a saúde da pessoa são afectadas. Um indivíduo sujeito a Stress prolongado torna-se irritável, nervoso, intratável, critico, incapaz de aceitar os outros porque não se aceita a si mesmo. Pode sofrer de úlceras gástricas, de dores de cabeça, problemas digestivos e cardíacos. Valerá a pena sujeitar-se a tudo isto?
Há solução para o Stress! É possível contornar esse “mal do século”, até certo ponto pelo menos, se se aprender a conviver com ele. Um dos métodos que pode ajudar é a pratica de um estilo de vida equilibrada. Não é fácil, no nosso mundo actual, com as suas exigências e contrariedades. Existe a tendência de nos acomodarmos á massa, de perdermos de vista a nossa identidade e individualidade. Mas não devemos esquecer-nos de que somos compostos por quatro dimensões: a física, a mental, a social e a espiritual. Para que haja um equilíbrio na nossa vida, estes quatro aspectos devem ser desenvolvidos de forma harmoniosa. O corpo é um templo e por isso deve ser preservado, mantido nas melhores condições possíveis, e por isso implica que devemos evitar tudo o que possa estragar ou prejudicar o nosso organismo. Esta atitude já capacitaria o homem para enfrentar muitos das tenções e problemas da vida. Mas o corpo e a mente estão intimamente relacionados. O que afecta um afecta a outra. Por essa razão, devemos ocupar o nosso pensamento com coisas positivas. No entanto, o ritmo da nossa vida é marcado, também, pelo aspecto social. Um relacionamento social saudável, isento de agressividade, de ódio e perfídia é fundamental para o bom equilíbrio do ser humano. Neste campo, entra em jogo a ética Cristã, baseado na compreensão, na benevolência, no amor “que tudo sofre, tudo crê e tudo suporta”. Uma das realidades mais duras que o ser humano tem que enfrentar é a da morte. Todo o nosso ser se revolta contra a ideia de que, um dia, a qualquer momento, tudo pode terminar, não podemos aceitar que todos os nossos planos, aquilo que tanto nos esforçámos por conseguir estará, para sempre, fora do nosso alcance. Ansiamos viver, sentimos em nós um apelo constate que nos arrasta em direcção á eternidade. Mas não o podemos alcançar…Na tentativa de evitar a morte, a ciência tem procurado e desenvolvido novas técnicas, novos meios, muitos deles no limite entre a realidade e a ficção. Mas quando a morte chega, cega e fria, não há nada a fazer…Já na antiguidade, o homem procurava vencer essa terrível inimiga. Quase todas as civilizações e povos antigos praticavam rituais funerários que incluíam uma preservação do cadáver, de modo a permitir-lhe o retorno á vida no além. Havia, e ainda hoje há, a crença na imortalidade e na transmigração das almas, o que leva esses povos a invocarem os seus Deuses em favor das “almas desencarnadas” que consideravam “perdidas”. Mas a realidade da morte venceu todas essas crenças e rituais fúnebres. A prova-lo estão as múmias, encontradas no Egipto, os túmulos e os cemitérios espalhados por toda a parte.
E o que fazer? As tragédias que se batem sobre o nosso planeta são cada vez mais frequente e mais terríveis, tal como aconteceu agora no Haiti. Guerras, pestes, fome, catástrofes naturais ou provocadas…Mas a maior tragédia está em que muitas dessas situações desastrosas, são causadas pelo próprio homem, que fica insensível, alheio ao sofrimento e desgraça que o rodeiam. O homem, é sem sombra de dúvida, o ser vivo, mais estúpido e rancoroso que se encontra a habitar o planeta terra. E depois de fazer uma análise a tudo o que leu, diga lá, não valia muito mais ter nascido junto dos indisnas da Amazónia? Fora deste sistema de vida social? A civilização do homem conduze-los a ponto de fazerem desaparecer toda a vida na terra. Já não levará mais meio século e este planeta deixará de ter vida. Ainda á pouco tempo, numa cimeira, dos G8, na Alemanha, os Estados Unidos da América, rejeitaram assinar o protocolo que levava á redução da emissão de gazes, CO2, causadores pela destruição da camada do ozono, alegando que prejudicaria o meio económico das empresas e do próprio Estado Americano. Agora chego a interrogar-me: Zé, não querias acreditar, quando desde muito novo ouvias dizer – “A dois mil chegarás mas, de dois mil não passarás”, já acreditas? Sem dúvida, agora acredito, a vida na terra não passa deste século. Sei que sou pessimista, mas não existem razões que me façam sentir optimista.

2010/01/18

Quidado... estão mexendo em vossas carteiras!!!


Um dos galardões mais esperados do ano e a maior antecipação para os Óscares, realizou-se hoje em Los Angeles, no hotel Beverly Hilton. Numa sala cheia de celebridades, aos poucos foram sendo anunciados os vencedores. Para alegria de uns e frustração de outros, os cobiçados prémios foram entregues numa ordem criteriosa, como já temos sido habituados nas cerimónias de Hollywood.
O vencedor da noite foi "Avatar" ao ganhar as 2 principais categorias. Ninguém consegue parar James Cameron, ainda a facturar milhões nos cinemas, deixou o júri rendido que premiou "Avatar" com dois Globos de Ouro, o de Melhor realização e melhor filme dramático.
Até aí muito bem! O que me põe revoltado é ter sido vítima de um aproveitamento exploratório, tentando meter a mão nos nossos bolsos sem descaramento. Vi o Avatar, como sabem em 3D, obrigatóriamente ao comprar-mos o bilhete vem uns óculos, apropriados, para podermos ver o filme em 3D. O revoltante é, quando vou para vêr o "Os fantasmas de Secrooge" levava comigo os mesmos óculos que haviam custado 1,00€, não aceitaram venderem-me o bilhete sem que tivesse de levar outros oculos alegando que, fazia parte de ume taxa que as salas de cinema teem de pagar para a apresentação de filmes em 3D. Desisti de ver o filme, porque enquanto eu estiver de pura lucidez, quem manda na minha carteira sou eu. É uma roubalheira á descarada.

Carta de um angolano a seu primo




Buraco de Fumaça 7 do mês que passa e do Ano que trepassa
Minha querido primo Sebastião
Aqui te estou escrevendo os carta pra te contar os coisa que ta contecendo aqui nos kimbo.
Carcura que os pessoar que nos tinha morido tá morendo agora.
Aqui os branco está fazendo os rua. É os rua grande, tem uma lado no lado e outros lado... no outro lado.
Olha, não te queria dizer, mas tua pai moreu, que moreu... moreu mesmo parava de honra! Foi dos morte morida.
O Tonico quer casar com Mariquita mas eres são os primo, e primo cos primo sai narfabéto.
A muier dos tio Chibanga comeu tanto mão de vaca que moreu de sofóca.
A muier do tio Paorino já pariu os menino, mas tio Paorino escofia que não dere, porque os menino nasceu com dois perna verdadeiro e os tio Paorino tem um perna de pau.
Tambem a filha do ti Clemente engolio os moeda de 10 angolares, o Doutor que faz operação de abrir os bariga, já tirou dois e quinhento.
Descurpa os meu cringrafia, mas eu tem adado um bocado rouco.
Oria, descurpa não por ponto final, mas é que os tinta já acabou. Que acabou..? acabou mesmo parava donra!
Assina o tuas primo amigo Manuele Capinganas.
Um abrço e dá os comprimento pra todo os famiria e os amigo aí dos kimbo.



2010/01/17

História de um embrião



-Olá... como te chamas?

-Olá chamo-me espermatozóide... e tu?

-Eu, chamo-me óvulo... de onde vens, e o que vens cá fazer?

-Nem eu mesmo sei, só sei que percorri uma longa estrada e caí aqui, mas... que lugar é este?

-Este lugar é o útero... posso encostar-me a ti?

-Sim, encosta-te... Ai, o que é que está acontecer!... estou a ficar zonzo... ai, ai, está a ficar tudo escuro! ooo!!!

E assim aconteceu, juntaram-se foi como um véu que caíu sobre eles e tudo escoreceu, Entraram num sono profundo, e desta fusão surgiu um embrião.

-Ó, ó, onde estou? Quem são vocês e o que querem de mim?

-Tem calma, nós somos funcionários do coração, somos sangue, transportamos proteínas, calorias, sais e outros para te alimentar, assim vais crescer e daqui por nove meses sairás daqui.

-E para onde vou?

-Vais viver lá fora, na terra onde vivem os que têm vida, porque tu és vida.

Os dias vão passando e o embrião vai crescendo, sente-se feliz, a toda a hora é visitado pelos funcionários do coração, que vão ao armazem (figado) carregar, e que não desistem em levar-lhes alimento.

-Já lá vão cerca de três semanas e há um dia em que o embrião é defrontado com algo muito estranho e põe-se a gritar.

-Ó não!... não, o que é isto, está a doer tanto, não, por favor, não aguento!... p'ra onde me estão a levar?... ai, ai, estou a passar por uma escuridão, acudam-me! Por favor! Meus amigos funcionários acudam-me! haiiiiiiiiiiiii!

E assim foi, acabaram com a vida que estava dentro de uma mulher. Fizeram um ABORTO.

Mulheres de Portugal e de todo o mundo, não deixem que uma história destas aconte em voças vidas, não matem aquele que foi feito com prazer no acto sexual, ele não teve culpa e nem pedio para que esse acto foce conssumado. As voças mães também não vos mataram. Eu também já fui embrião, e apesar de ser deficiente motor e deslocar-me numa cadeira de rodas, gosto de ter vindo e de cá andar. NÃO À MORTE, SIM À VIDA.

Nota: Este foi um artigo que escrevi na semana antes do referendo ao sim ou não ao aborto e saíu em vários Jornais Portuguêses.

2010/01/16

Timor Leste, a ilha das trevas.



Desde muito novo, ao estudar, geografia, história mundial, antropologia e sociologia comecei a interessar-me muito por política e as formas de governação entre governos liberais e totalitários. Acompanhei os trágicos acontecimentos do Bloco do Leste, dos Estados Unidos da América no Vietname, a Guerra dos Seis Dias no Médio Oriente, a Guerra das Malvinas, a invasão do Kuwait pelo Iraque, etc. etc. E a estúpida descolonização das colónias portuguesas. Embora venha a falar, nesta minha crónica, de várias guerras (peste), vou-me dedicar mais ao problema de Timor-leste.
Li revistas e jornais, vi e ouvi rádio e televisão e desde o 25 de Abril de 1974 muito se falou e viu sobre Timor-Leste. Debates, entrevistas e relatos, acompanhei tudo desde que os portugueses abandonaram aquela colónia. Os órgãos de informação, governos e partidos políticos, que colaboraram no processo de descolonização, nunca falaram a verdade sobre a ocupação, pela Indonésia, de Timor-Leste. Na altura eu já tinha 22 anos de idade e acompanhei, com muito empenho, todo o desenrolar dessa retirada e ocupação. Os portugueses, enquanto ocupantes daquele território, pouco ou nada fizeram em prol do desenvolvimento. Era a colónia portuguesa mais desprezada por Portugal, chegando mesmo a ser tido como fazendo parte dos países do terceiro mundo! Quando saíram deixaram, ali, somente sete escolas. Logo após o 25 de Abril de 1974 surgiram, naquele território alguns movimentos políticos (três d’eles conhecidos por UDT – “União Democrática de Timor”, FRETILIM – “Frente Timorense de Libertação” e APODET – “Aliança Popular Democrática do Enclave Timorense”) que lutavam entre si a fim de ver quem é que sairia vencedor na conquista do poder político. Quando Portugal abandonou, aquele território, deixou-o entregue a uma carnificina de irmãos com irmãos, devido ao processo desastroso da descolonização, que os senhores detentores do poder em Portugal erraram em todos os aspectos e julgam-se uns heróis com a bandalheira a que expuseram todos aqueles que falavam a língua portuguesa. Enquanto ali se mantiveram, os portugueses, a Indonésia nunca se manifestou pelo facto de Portugal ser ocupante de metade dessa ilha.
No século 15, os portugueses e holandeses, ocuparam todo o império Malaio. Na década de 1930 os malaios, através de grandes lutas, conseguem escorraçar com o poderio holandês e português, e formam, assim, a éste as filipinas, a norte a Malásia, e a sul a Indonésia. Permitiram, então, que Portugal permanece-se numa pequena parte daquele território, em Timor-Leste, que faz parte de uma das ilhas da Sonda menor pertencente á Indonésia.
Depois do povo malaio, ter travado grandes lutas, contra a invasão estrangeira, finalmente a Holanda retirasse e reconhece, aquelas ilhas como Estados unidos da Indonésia. A ilha de Timor, metade estava ocupada por Portugal e os Indonésios, povo malaio, querendo manter bons relacionamentos com Portugal, permitiram que ali permanecesse-mos. Por altura da retirada dos portugueses e para satisfazer o desejo da maioria dos timorenses, a integração na indonésia, a finalidade era por termo á chacina que ali ocorria e reaverem a paz no pais do sol nascente,. Com o pedido e apoio da UDT, foi então integrado na Republica da Indonésia. A minoria dos habitantes, jovens rebeldes, daquela ilha, amigos do alheio, parasitas que nunca procuraram trabalho, deram origem ao desencadeamento de actos de vandalismo, destruindo montras, pilhando os haveres aos seus detentores, assassinando-os, incendiando carros, casas e quarteirões, semeando o terror, acabando assim com a estabilidade existente até então, com o protesto de que não queriam serem ocupados e exigiam a retirada da Indonésia.
A igreja Católica, para não perder a sua posição naquela Ilha, põe-se do lado da classe rebelde. Quando os agentes de segurança eram obrigados a intervir em defesa da população, humilde, trabalhadora e honesta que progrediam na vida com o fruto do seu trabalho, surgiam, então, confrontos onde esses agentes de segurança eram apedrejados e confrontados por esses rebeldes com armas artesanais com as quais não respeitavam nem poupavam e ceifavam a vida a homens, mulheres e crianças. Os soldados da paz viam-se obrigados a atirar contra essa rebelião provocando-lhes algumas baixas. Depois, como sempre, lá vinham mais uma vez, os da comunicação social portuguesa, falar das mortes feitas pelos Indonésios, mas nunca falavam nem mostravam as mortes e destruições de coisas, que esses marginais faziam em nome da Resistência Armada.
Falou-se várias vezes no massacre de Santa Cruz, mas nunca se falou o que é que esses jovens rebeldes, faziam que os levou a serem massacrados! Saqueavam, queimavam carros, casas e punham em perigo os bens e as vidas dos que contribuíam no processo de desenvolvimento e estabilidade. Essa onda rebelde, feita por uma classe de marginais, foi progredindo á medida que sentiam o apoio, injusto, por parte de Portugal, Comunicação Social e a Igreja Católica. Veio então o referendo, que consistia numa consulta popular sobre a independência ou integração na Indonésia. O voto foi maciço e a independência ganhou com a influência da religião católica. Antes e depois do resultado desse referendo, alguns adeptos da independência, os rebeldes, ameaçavam matar, pilhar e escorraçar com todos os que tinham os seus bens e que eram fruto de trabalho de uma vida, mesmo que fossem adeptos da independência ou integração na Indonésia. Qualquer um deles, era natural de Timor-Leste. Nasceram e criaram-se ali e com o fruto do seu trabalho tinham os seus bens materiais. Quando essas pessoas do bem se revoltaram, por estarem a serem vítimas da barbárie, chamaram-lhes de milícias apoiados pela Indonésia. Não..! Eram milícias sim! Homens que se organizaram para porem cobro á barbaridade e que não estavam dispostos a perderem os seus bens e a sua família. E eu pergunto: -de que lado deveria ficar os agentes de segurança? Dos bárbaros, terroristas ou do lado dos que levaram a vida a trabalhar e a colaborar no desenvolvimento da sua terra?
Voltava assim, após o referendo, a carnificina a Timor. Alguns dos refugiados que se encontravam nas montanhas, pertenceram aos rebeldes guerrilheiros, que após o 25 de Abril de 1974 lutavam para que a Indonésia sai-se de Timor. Agora, como já tivemos a oportunidade de ver em Televisão, já dizem que querem lá os portugueses, e que estes sempre os trataram bem. Agora dizem isto porque os portugueses já lá não têm nada e até esperam é que lhes dêem algumas coisas com que possam viver sem trabalhar. Foi sempre assim, em qualquer parte do mundo, os marginais, parasitas, amigos do alheio, tentam sempre destabilizar, impondo guerra para roubarem tudo, a quem o tem porque fez por isso! Isto é desumano! Depois quando não há nada para roubarem, para comerem e sentem-se incapazes de se governarem, voltam a chamar e a pedir protecção a esses que foram escorraçados e espoliados, que perderam famílias e uma vida de trabalho honesto. E o que é que poderemos chamar a esses insurrectos? Como é que pode haver, ainda, pessoas que dão crédito a terroristas, ladrões e selvagens? Mas é sempre ao lado desses animais selvagens que os nossos últimos governos e também a comunicação social sempre estiveram. (nota: estamos em 2002)
Como se sabe, numa guerra, reina sempre a injustiça. Uns, porque querem apoderarem-se de coisas que não lhes pertencem. Outros, porque aproveitam essa contenda para lhes venderem armamento, fomentando e apoiando cada vez mais essa situação. Mas a injustiça, numa guerra tem vários vertentes. Quando, no caso da ocupação de Timor pela indonésia, o único pais que apoiou essa ocupação como sendo a 27ª província, foi a Austrália. Quando o fez estava a pensar no petróleo. Mais tarde, quando viram que a pressão mundial contra a Indonésia estava a ser tão forte, mudaram de opinião e resolve ficar do lado de alguns injustos timorenses sempre com o interesse do petróleo.
Também, na semana a seguir ao referendo, como todos tivemos oportunidade de ver em televisão, alguns empresários portugueses, juntaram-se n’um jantar, na cidade do Porto, onde cada ofereceu, cinquenta mil escudos o que totalizou cinquenta milhões escudos que reverteriam em benefícios dos Timorenses. Uns destes empresários eram os, bem conhecidos, Belmiro de Azevedo – SONAE e o Rui Nabeiro – DELTA Cafés. Quem é que duvida, de que, estes empresários não deram “um chouriço com a intenção de lá irem buscar um porco?”. Uns já estão com os olhos no petróleo, como foi o caso d’um empresário da GALP, que esteve em conversações, com um dirigente da resistência Timorense. Outros estão, já, com os olhos expostos, nos supermercados, telecomunicações, ramo automóvel, café, etc. etc.. É sem sombra de dúvidas “A nova colonização”! Quando passarem mais uma meia dúzia de anos, e que esses investidores não resolveram os problemas económicos e sociais dos que não querem trabalhar lá se dará, novamente, o desencadeamento a mais uma onda de destruição, matando e pilhando tudo. E então, lá estarão novamente dando apoio a essa rebelião, as indústrias de armamento, a religião e a desonestidade por parte dos órgãos da comunicação social que nunca souberam serem imparciais, preferindo o lado dos errantes.
A verdade seja dita, se a Indonésia esteve como ocupante de Timor-Leste, foi porque os Timorenses, humildes e correctos, assim o desejaram por se sentirem abandonados por Portugal e sentindo falta de segurança que os livra-se da morte e da perca dos seus bens. Foi a própria UDT e a maioria dos civis honestos que pediram o apoio e integração na Indonésia, evitando assim a matança que se executava de irmãos com irmãos. Essa minoria de insurrectos, com a entrada da Indonésia, teve de se refugiarem nas montanhas, fazendo com que os verdadeiros patriotas Timorenses vivessem em paz, amor e progresso.
Neste momento, em que volto a escrever, já se passaram três semanas, desde o dia do referendo e é o segundo dia da entrada da tropa da INTERFET em Timor e já se depararam com alguns confrontos, “isto só para dizer que, após a retirada de toda a segurança internacional os confrontos voltarão”, que ninguém duvide! A INTERFET, os capacetes azuis e mesmo a formação de um governo, liderado pelos oportunistas, Xanana Gusmão, Ramos Horta ou Mari Akatiri, ninguém vai conseguir implantar, neste continente, formas governativas dos países ocidentais. Os AITARAK, que são timorenses de gema, já se estão a preparar para, mais cedo ou mais tarde, voltarem ás montanhas e desencadearem a guerrilha. E eu pergunto: -irão eles fabricar armas?..ou irão lutar sem elas? (ponto de interrogação). Quem ler isto, ainda vai pensar que, o autor desta crónica é pró indonésio ou antidemocrata... mas não…sou apenas uma pessoa que defende a verdade e a justiça, sou pelos timorenses mas pelos justos e que não acredito nos governos ocidentais, que se dizem, democráticos, quando a democracia é corrupção, subornos, direitos a drogas legais, julgamento de pedófilos que dão em aguas de bacalhau, quatro anos ou menos para os pais que violem ou estrangulem uma criança, maiores e melhores direitos para classes sociais altas, etc. etc.
A ONU é uma plataforma. A ONU não tem poderes! Os Estados Unidos da América é que impõem, o que lhes interessa, á ONU, e, são eles quem tem poderes sobre todos os países dos cinco continentes, por isso não acredito na ONU e nem em qualquer instituição. Vejamos o que se passou na Somália. Dirigentes da ONU foram apanhados a venderem armas aos guerrilheiros. Em Angola, negociavam droga e desviavam alimentos, de marca americana, que tinham sido doados para os carenciados, e vendiam-nos no mercado negro, violaram crianças. Também um Holandês que trabalha a desmantelar minas em Angola, nos arredores do Huambo, e que já desmantelou milhares de minas, a maioria fabricadas n’alguns países da Europa e um d’eles éra Portugal. Hoje em dia, as guerras têm uma marca registada “WAR OF USA” (Guerra da USA) e tenho ódio de todos os países que se aliam ou dão apoio a esta marca.
Em Dili há um homem que sempre ali viveu, é Bispo e chama-se Chiménos Belo, era um pastor que tinha o seu rebanho, nunca cheguei a saber o que é que ele fez para merecer o prémio Nobel da paz. Pois o que eu sempre vi n’ele é que era um padre católico que não queria deixar perder a posição da igreja n’aquele continente, visto que o que predomina no continente asiático é a religião muçulmana. Os Católicos são apenas um por cento e mais de metade estão n’aquela parte da ilha de Timor. Para não perderem a sua posição, os católicos davam apoio aos revoltosos e injustos da resistência armada. Este bispo, Chimenos Belo, tinha o seu rebanho e para o qual, ele foi traidor, pois mais tarde, como todos vimos, foi cobarde. Quando o seu rebanho mais precisava d’ele fugiu para Portugal, “deixando o rebanho entregue aos lobos”. Quando cá chegou, lamentando o que se estava a passar em Timor, disse: “As milícias mataram a madre Margarida, e que haviam, também, morto uns padres, dizendo mesmo o nome d’eles”. Mais tarde os jornalistas vêm dizer que os mesmos tinham aparecido, e que estavam refugiados nas montanhas junto dos seus rebanhos. A freira Margarida, acabou mesmo por dizer aos jornalistas: -Matar-me! não, a mim ninguém me mata, não, eu sempre respeitei eles e eles respeitam a mim. Esta é uma das provas de que os timorenses, milícias ou não, não matam quando se sabe respeitar e manter a imparcialidade, não é preciso fugir, como fez Chimenos Belo, porquê não juntar-se ao seu rebanho?
Numa entrevista feita ao pai de Xanana Gusmão, no seu relato, dizia: “Os meus conterrâneos que me perdoe mas, não são só as milícias que fazem barbaridades, os meus conterrâneos também as fazem”. Aqui se vê que a destruição não tem a ver com milícias ou não milícias, é a destruição feita pelos amigos do alheio que já há muito tempo viviam com esse desejo de, saquearem os pertences dos que trabalharam. Noutras semanas vimos jornalistas que falavam com pessoas que diziam: -Aqui as milícias mataram e queimaram! Como é que esses jornalistas sabem quando é que estão a falar com uma milícia ou não? Já se viu um comandante, das milícias, que esteve no aeroporto quando da chegada das tropas da INTERFET, acompanhou-os juntamente com os jornalistas, percorreram a cidade a verem a situação catastrófica em que se encontrava, e só souberam que esse indevido era comandante das milícias já ele tinha desaparecido. Mas há mais situações como esta, por exemplo; os jornalistas mostram e dizem: -Multidões descem agora das montanhas e vem para a cidade á procura das suas casas. Que provas tem esses jornalistas de que, estes são os proprietários d’aquelas casas? Já se viu em Angola, que os donos das casas fugiram á guerra, para vários países e os habitantes da selva foram invadir as propriedades alheias. Na realidade, essas casas, queimadas ou não, são dos que fugiram há matança cruel, e refugiaram-se em Timor indonésio porque o que estava acontecer é que os adeptos do CNRT vingavam-se queimando-as, porque as ideias, daqueles que se dizem serem das FALENTIL (Resistência) era escorraçar com os que trabalharam durante 28 anos e se apoderarem dos seus haveres. Aquelas cidades, de lindas casinhas e bonitos jardins, boas ruas com belos jardins, eram fruto da competência de homens que queriam ter uma vida digna com o fruto do seu trabalho. Eram homens que nem sequer se importariam se Timor era uma província indonésia ou teria que ser independente. Foram estes que se organizaram em grupos, a quem lhes chamara de milícias, para salvaguardarem as suas famílias e os seus bens e estão dispostos a enveredarem pela guerrilha a fim de reaverem o que lhes pertence!
Foram anos, que os parasitas refugiados nas montanhas junto de um insurrecto, Xanana Gusmão e com o nome de Resistência armada, lutaram com a finalidade de desapropriarem os que trabalharam. Mas agora iremos ver que essas lutas não irão ter termo, porque os desapropriados, a quem lhes chamam de milícias, irão enveredar pela guerrilha a fim de reaverem o que é seu e porque eles é que são os verdadeiros e fieis á pátria, não lacaios do imperialismo ocidental, como o são Chanana Gusmão, Ramos Horta e até o bispo Chiménos Belo. Dizia-me um timorense residente no meu concelho: -Deixai que saia a segurança internacional e vão ver a violência a regressar á minha terra.
Em todo este drama de Timor, e até o da Bósnia, Kossovo, Afeganistão, Iraque, etc. etc. A televisão arranja sempre a maneira de manipular os telespectadores mostrando o irreal. Vejamos por exemplo, uma correspondente de um canal português na Indonésia dizia: -Aqui as informações sobre o que vai acontecendo dia a dia em Timor-Leste não existem, é expressamente proibido serem captadas informações transmitidas pela CNN. O que se vê aqui são informações dadas pela Indonésia mas que são manipuladas, onde eles tentam mostrar imagens, como por exemplo, carros queimados com gente morta dentro d’eles e dizem que são soldados indonésios mortos pelos soldados da INTERFET. Será que esta manipulação de informação estratégica, não será uma cópia do modelo com que se serve a CNN e até mesmo, os canais portugueses? Quantas imagens vimos das atrocidades feitas no Kossovo pelos Jugoslavos e pelos Kossovares? Centenas. E quantas foram que vimos das atrocidades feitas pelos Albaneses (UCK) e pelos americanos? Nem uma! A televisão e os jornalistas não são imparciais.
No caso de Timor, a televisão que entrava nos nossos lares era sempre a mesma coisa, denegrir a imagem da Indonésia, por isso não lhes convinha mostrarem as mortes, roubos e distúrbios feitos pelos jovens das FALENTIL. Se calhar muito do que mostravam até era feito por esses jovens, que eram uma minoria mas que semeavam o terror, depois diziam que era a Indonésia. No caso do Kossovo, nunca nos mostraram as imagens das atrocidades feitas pelos Albaneses, conhecidos com a sigla de UCK, contra os Kossovares. Não vimos porque o aparato televisivo que se lá instalou era a CNN e como sabemos a CNN é a televisão do estado Americano (USA). Também como sabemos, os Albaneses são aliados do imperialismo Americano. Só quem conhecer bem a história de um país e acompanhar a politica do mesmo é que nota logo de que 90% do que a televisão nos mostra não é a verdade. E alguns jornalistas, apesar de tentarem encobrirem-nos as verdades, também passam por serem mentirosos. Ora vejamos um caso passado em Timor; Um jornalista, bem conhecido das transmissões da RTP, disse após ter chegado cá, que “o que mais o marcou naquela guerra, havia sido uma mulher, que aninhada no chão dera á luz um filho, no meio da multidão que se refugiavam numa escola. Ele aproximou-se dando-lhe ajuda e lhe perguntou se já tinha nome para o menino”. Ela respondeu: -“não!..Você quer dar o nome?”. E o jornalista disse: -“Chamar-se-á Pedro que é o nome do meu pai”. A mãe respondeu: -“Pedro Unamet”. Isto porque nascera nas instalações protegidas pela tropa da UNAMET. Ora esta história teria passado por ser verdade se não fosse passados uns dias essa mesma mulher ao desembarcar com outros refugiados na Austrália, um jornalista australiano abordou-se dela e perguntou-lhe como se chamava o menino. Ela responde-lhe que se chamava Pedro Unamet. O jornalista pergunta-lhe, novamente, porque Pedro Unamet? A resposta foi de que o Médico que lhe fez o parto se chamava Pedro e era médico da tropa UNAMET. Qual destas duas historias é a verdadeira? São ou não são, alguns deles, uns inventores e mentirosos?
Ainda em Timor, vimos e revimos tanta e tanta vez as mesmas imagens de atrocidades cometidas, diziam, pelas milícias e pelos indonésios. E quantas vezes, vimos as imagens das atrocidades, cometidas pelos jovens das FALENTIL ou pelos Independentistas? Não vimos, mas se as vise-mos, segundo o que me contou o tal amigo Timorense, metiam horror. Pois é…em televisão, só comemos o que nos dão! Mais uma vez volto a dizer; não julguem que sou contra os timorenses e a favor da Indonésia! Não…sou apenas uma pessoa que tenho bastantes conhecimentos, desde 1970, dos problemas e injustiças praticadas em todos os conflitos a nível mundial e porque, também, já sofri na pele as injustiças cometidas por políticos e apoiada pela comunicação social, pois sou refugiado de Angola. A forma de deturpação de informação, pode levar a fomentar ainda mais esses conflitos.
Como é do conhecimento de alguns, os habitantes de Timor são de etnia malaia, isto porque antes da era Cristã e até 1500 anos depois de Cristo, aquelas ilhas, hoje divididas pelos estados de Filipinas, Malásia e Indonésia, pertenciam todos ao mesmo Império. Primeiro foi Budista, depois Hinduísta e já no século 14 foi islamista. Em 1511 chegaram os portugueses que ocuparam vários pontos d’aquelas ilhas. Foram expulsos pelos holandeses, somente continuaram em Timor-Leste que tiveram que reconquistar em 1566. Os holandeses resolveram, já na década de 1940, saírem d’aquele continente, reconhecendo assim, a Republica da Indonésia que ocupa as ilhas da Sonda e Sonda Menor. Portugal continuou com um pedacinho na Sonda Menor, como já o disse. Historicamente, as Sondas são territórios do povo malaio e foram os Holandeses e Portugueses que dividiram este povo. Por esta razão, penso eu, que este pedacinho (Timor) pertence a este povo (Malaios) e todos eles fazem parte do Império Indonésio.
Basílio Araújo, comandante das Milícias e refugiado em Timor Indonésio dizia, e bem: -Timor não precisava de referendo, se não fossem os portugueses, que em tempos, nos dividiram, e, já na década de 1970, foi a igreja Católica, quem ainda mais, nos dividiu. Esta guerra era evitada, mas a igreja Católica é que deu origem a tudo o que se passou em Timor, porque tem medo de perderem as suas posições se Timor fosse Indonésio. De facto ele tinha razão, porque, como sabemos, o que predomina naquele continente asiático é a religião Muçulmana. Por todo o território Malaio, (Indonésia, Malásia, Singapura e Filipinas) 90% são Muçulmanos, os restantes são hindus, só 1% é que são Católicos e metade d’eles, vivem em Timor-Leste, porque os padres com o apoio do governo de Salazar, não deixavam livre a existência de outras religiões. Esta religião sempre aceitou qualquer forma de governo politico, o importante é que esse governo a apoie e lhes dê liberdade de existência, basta ver que sempre que existe o envio de soldados para a frente de batalhas, esta religião benze os carros de guerra, os soldados e até vai com eles um padre. É lamentável! Estas não são regras Cristãs! Vejam, em Portugal, até foi um Padre, Victor Milícias, o escolhido para ser o canalizador do capital que seria enviado para Timor. Mas porque um Padre? Não foi Jesus Cristo quem ensinou que não se deve fazer nada por dinheiro e não se deve pactuar com as politicas dos homens? Mas esta religião é, sem sombra de dúvida, a história do lobo vestido com pele de carneiro. Fazem e inventam tudo só por dinheiro. Em Portugal, são a maior empresa!
Basílio Araújo dizia ainda: -A vitória em Timor foi uma vitória da igreja Católica, mas pedia a Roma e aos Padres, em Timor, que abandonassem a politica.
Ainda em Timor-Leste, viu-se um soldado Indonésio, nascido e natural d’aquela ex-colónia portuguesa, dizer: -Aquela casa que arde, não fomos nós quem a incendiou, são as populações civis, que estão incendiando tudo uns aos outros. Ali vivia uma comunidade de integracionistas e os independentistas queimaram-lhes as casas. Também há integracionistas que incendeiam as casas aos independentistas. Todos eles são timorenses, nasceram aqui, e isto, são lutas de comunidades rivais. Nós, os soldados não temos ordens para queimar ou destruir nada, não nos metemos nos problemas do povo. Não quiseram a Indonésia, agora que se defendam!
O bicho homem, é o pior ser que apareceu no planeta terra. Há pouco tempo um representante da UNITA (União Nacional para a Independencia de Angola) em Portugal disse, quando lhes fizeram uma entrevista de que, o movimento do “Galo Negro” continua a comprar, quanto armamento quer, e que a compra é feita aos generais do Governo Angolano. Também ainda, á dias, a UNITA lançou uns mísseis contra um avião do PAN “Aviões que transportam alimentos e medicamentos para os deslocados de Guerra”, porque já estavam informados, de que, transportava militares do Governo. Esta é a autentica realidade de uma das situações ilícitas que se vive em Angola.
Já se passaram alguns meses, depois da retirada da Indonésia, estamos em Maio de 2006 e em Timor a revolta regressou e eu pergunto: A Indonésia continua lá? Havia, ou não havia razão quando muitos, tal como eu, dizíamos de que, o problema não era a ocupação feita pela Indonésia? A instabilidade recomeçou, a resistência armada, em Timor-Leste sobreviveu, durante a ocupação da Indonésia, graças a países que estavam interessados no ouro negro. Com o apoio da comunidade internacional, conseguem fazer sair a Indonésia. Os timorenses iludiram-se, com as promessas das Comunidades Internacionais e ficaram á espera de conseguirem serem Independentes, e donos das riquezas construídas por outros, só que o tiro saiu-lhes pela culatra e neste momento quem se ri com tudo, são os Indonésios, pois o povo continua revoltado por sentirem que foram traídos. Os Timorenses estavam bem era integrados na Indonésia pois a maioria são parasitas e querem viver á custa de outros. Para alem disso, tal como sempre defendi, nenhum país tem de andar a intermeter-se em outros. Em portugal, acabou-se com o fascismo e não foi preciso de outros países. Deixem que se desembrulhem como poderem cada país, com suas politicas e crenças que teem. E por tudo isto, volto a repetir "Eu queria ser sellvagem".