Sherlock Holmes em Setembro de 2005
Por que motivo alguém resolve dissolver um governo que apresenta medidas concretas para equilibrar as finanças do país; que contribui para a retoma do crescimento económico; e que conquista para Portugal um dos lugares de maior protagonismo da União Europeia? É um mistério que nem o próprio Jorge Sampaio conseguiu explicar. Razão para se exigir a intervenção do maior investigador de todos os tempos “Sherlock Holmes.
Por que motivo alguém resolve dissolver um governo que apresenta medidas concretas para equilibrar as finanças do país; que contribui para a retoma do crescimento económico; e que conquista para Portugal um dos lugares de maior protagonismo da União Europeia? É um mistério que nem o próprio Jorge Sampaio conseguiu explicar. Razão para se exigir a intervenção do maior investigador de todos os tempos “Sherlock Holmes.
O país caminhava para um pântano político, nas palavras do Primeiro-ministro da altura, António Guterres. A insatisfação popular reflectiu-se nos resultados das eleições autárquicas. O PS sofreu uma derrota histórica e após inúmeros desentendimentos internos entre Ministros e Secretários de Estado, o Partido Socialista abdica do governo, fugindo das suas responsabilidades. Sherlock Holmes faz uma analise sobre a História do Portugal democrático e revela um detalhe muito interessante: sempre que o país se encontrava numa situação de instabilidade política, desorganizado, foi o PSD que arrumou a casa e pôs ordem na confusão.
E a historia voltou a repetir-se. Durão Barroso e a sua equipa assumiram o governo e levaram a cabo uma série de medidas para tirar o país da crise financeira. As finanças públicas são equilibradas, a produtividade é incentivada, a economia volta a crescer. Com firmeza e coragem, o PSD inicia uma reforma fiscal assente em regras mais justas, aumenta as pensões sociais e projecta Portugal no exterior com a organização exemplar de grandes eventos. Como corolário de todo este trabalho, o líder do PSD é convidado para assumir a Presidência da Comissão Europeia. O novo cargo de Durão Barroso é bem representativo do prestígio e do destaque de Portugal na União Europeia. O trabalho do PSD em Portugal continua, agora sob a liderança de Santana Lopes no governo do país. As reformas prosseguem com os mesmos índices de firmeza e objectividade. É criada a Nova Lei do Arrendamento Urbano, que traz á realidade presente leis que permaneciam por alterar desde a época de Salazar.
Por forma a amortizar a enorme dívida adquirida no governo de António Guterres com a construção das SCUT, foi estabelecido um regime de portagens de que apenas ficam isentos os utilizadores que não têm possibilidade de usar trajectos alternativos. O Primeiro-Ministro Pedro Santana Lopes toma medidas para atingir a meta dos 3% no défice e apresenta com o Ministro das Finanças, Bagão Félix, um orçamento para 2005 que se caracteriza sobretudo pela promoção da justiça social: aumentando os salários da função pública e estabelecendo um regime de impostos em que os ricos pagam mais e os pobres menos. Por que não foi dissolvida a Assembleia da República quando todos os indicadores do Governo Socialista apontavam para um descontrolo das contas públicas e para a degradação da situação económica? Por que não foi dissolvida a Assembleia da República quando havia Ministros que se demitiam sucessivamente, vários vezes em confronto público com o Primeiro-Ministro António Guterres? Hmmm…vamos investigar, diz Sherlock Holmes… Santana Lopes adopta medidas mais justas e rígidas que combatem a evasão fiscal, como a flexibilização do sigilo bancário e a fixação em 15% de tributação mínima aplicada a bancos e empresas. 85% da população foi beneficiada com as novas medidas, os 15% restantes, que apresentam rendimentos mais elevados, passarão a pagar mais impostos. Em apenas 4 meses, o governo de Santana Lopes tomou uma série de medidas para a prossecução das reformas necessárias ao desenvolvimento de Portugal. Um bom detective fareja onde existe alguma coisa, foi o que fez Sherlock Holmes, e diz: -Percebi que, de uma hora para a outra, pequenos factos isolados, de importância secundária, assumiram proporções exageradas na comunicação social. Acusações infundadas, equívocos de vária ordem, juízos mal intencionados que pareciam visar apenas a criação de um clima de instabilidade no país. Quem teria interesse em criar um cenário de crise para um governo estável que conduzia o destinos de Portugal, país que apresentava os primeiros sinais de retoma? Dias antes da dissolução da assembleia, a comunicação social notifica a insatisfação dos banqueiros e poderosos face ao novo modelo fiscal. O governo de Santana Lopes destacou-se pela coragem de abordar matérias delicadas, apresentando medidas reformadoras para problemas reais que há muito exigiam solução. O Primeiro-Ministro anuncia os propósitos do novo orçamento com uma frontalidade nunca vista. As suas palavras são claras e desagradam a uma poderosa minoria. “Um dos principais problemas de Portugal, que todos dizem mas poucos enfrentam, é a fuga ao fisco. É andarem uma série de senhores e senhoras a brincar com a cara de milhões de portugueses que pagam os seus impostos, enquanto outros fogem ás suas obrigações perante o Estado. E quem foge? Normalmente aqueles que têm mais rendimentos, aqueles que têm uma vida mais desafogada.”
Quatro meses é um período demasiado curto para avaliar a competência de um novo governo. Mas é tempo mais que suficiente para organizar um partido para novas eleições. Talvez tenha sido essa a estratégia do presidente: enquanto o seu partido ganhava tempo para as eleições previstas. Ou talvez tenha sido a pressão dos mais ricos e poderosos que acabou por pensar mais do que os benefícios prometidos á maioria dos portugueses. As pistas foram recolhidas, por “Sherlock Holmes” e os factos apresentados conduzem para a mesma conclusão.
Uma coisa é certa: em trinta anos de história, ninguém fez tanto por Portugal como o PPD/PSD.
Não há direito que se dissolva um parlamento, que se impeça uma maioria de governar, como dizíamos em Julho, quando aplicou a parte mais difícil do seu programa na metade da legislatura, por causa da desgovernação de outro partido que esteve no poder, e que passados 4 meses estamos no período em que vamos demonstrar aos portugueses o sentido que faz tudo o que lhes dissemos. Não tememos eleições. Nunca tememos. Como não tememos a evocação de incidentes ou episódios. Todos juntos por mais progresso, mais rectidão, mais seriedade, mais justiça, sempre muito amor a Portugal. Viva o PPD/PSD! Viva Portugal!.”
Como o Sócrates disse exactamente o mesmo que Santana Lopes devo, talvez, não acreditar em ninguém.
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