Na vida todos somos
Filhos do mesmo Deus,
Das mães que tive uma é Angola
A quem um dia disse Adeus.
Com essa mãe eu vivi
Catorze anos da minha vida,
Com quatro irmãs lá cresci
Até a hora da partida.
A minha mobilidade
Sempre dependeu de outrem,
Das irmãs que mais procurava
É a que mais meu coração contem.
Manuela, assim se chama
A irmã que mais ocupava,
Nunca me regalou os olhos
Nem nunca comigo refilava.
Ela não foi só irmã
Como mãe me tratou,
Quando estive muito doente
Com carinho me cuidou.
Acamado em sua casa
Na cama tomava a refeição,
De noite se levantava
Na hora da medicação.
Sempre foste e serás
A irmã que não esqueço,
Por ti querida irmã
Eu tenho um grande apreço.
Neste mundo nada escolho
Tudo acontece naturalmente,
O instinto tudo dita
E dirige a minha mente.
A Deus pedi uma máquina
Para construir paz e amor,
Não foi concebido esse pedido
Mas aqui te deixo uma flor.
Sem comentários:
Enviar um comentário