Antes de 25 de Abril de 1974
Se o combate libertador custou muito mais vidas do que deveria custar; se, na UNITA, houve muitos mais mutilados, muitos mais órfãos, muitos mais desamparados do que deveria haver, isso nem sempre foi por causa da confrontação directa entre os patriotas e o colonialismo.
Infelizmente, a verdade é esta, também a luta fratricida entre Movimentos de Libertação – a luta fratricida, causou muito mais vítimas no próprio meio dos que estavam com a UNITA. A divisão entre os três Movimentos de Libertação causou vítimas. E retardou a marcha para a independência. Porque, assinado a suspensão das hostilidades com o exército português, o nacionalismo encontrou-se confinado a áreas bastantes restritas. E por isso mesmo que, encontram dificuldades na mobilização de todo um povo, desejoso de se libertar, mas solicitado por ideologias, muitas vezes mais do que estranhamos, porque contrárias á verdadeira defesa dos seus interesses.
Se o nacionalismo angolano não tivesse embarcado tristemente na guerra fratricida, teriam, certamente, coberto todo o país. Angola tinha condições humanas e geográficas para fazer uma guerrilha em nível muito superior àquela que teve lugar noutras antigas colónias portuguesas, como por exemplo: -na Guiné em que parte do terreno era pantanoso.
Mas a divisão retardou esse passo, retardou essa marcha.
Portanto, engajados na descolonização do país, através da luta politica, temos a obrigação de nos lembrarmos dos nossos amigos mortos na guerra fratricida. Todos os dirigentes dos Movimentos têm obrigação de recordar os sacrifícios inúteis dos homens e nossos amigos, que se deram totalmente para que a UNITA sobrevivesse em busca da descolonização. Muitas vezes foram os da UNITA a darem ordens para o combate fratricida.
Ninguém pode negar, se for honesto, que a divisão foi motivo de vergonha no plano africano, foi motivo de humilhação no plano interno, para os que tinham confiança nos Movimentos de Libertação.
E foi, principalmente, por causa de motivos de hegemonismo sobre o nacionalismo angolano, que tiveram de suportar um combate longo… Essa intolerância existia porque todos gostariam de ser os únicos, os incontestados, possuidores do segredo máximo da libertação deste país e da verdade única, que se impusesse, não pela profundidade da sua própria análise e eficácia na condução da luta de libertação, mas pela força e pela violência.
Foi assim, que se perderam muitos dos nossos melhores amigos angolanos, negros e brancos, combatentes nesta luta fratricida.
Depois, existiu uma apreensão justificada porque os movimentos de Libertação guerreavam-se, insultavam-se, faziam tiros. De Luanda a São Nicolau, do Lobito a Nova Lisboa, ainda os filhos de Angola morriam, em 1975, atingidos pelas balas dos outros nacionalistas. É um crime, é um crime. Não há nome possível capaz de definir claramente o encorajamento á guerra fratricida. E são criminosos aqueles que quiseram encorajar os filhos de Angola a morrerem outra vez atingidos pelas balas dos seus próprios irmãos. Não tem mensagem, nem justificação para um combate deste género.
Muitos diziam que a UNITA éra cobarde porque a sua moderação representa ausência de força. Não é verdade. Na UNITA existia a noção exacta da limitação da força. O maior, ou um dos maiores pensadores da nossa época e um dos maiores estrategas da guerra de guerrilhas, disse que, se o material bélico conta, o elemento decisivo é o homem. Se o aparato militar conta, se os canhões contam, se as HKs contam, ainda conta mais o Homem. É o elemento decisivo. Aquele que esteve a pensar na imposição da sua força através das armas, esteve a criar uma grande ilusão. O povo de Angola não esteve com ele. O povo de Angola já não queria guerra. O povo de Angola queria paz. O povo de Angola queria trabalho. O povo de Angola queria ordem.
Ninguém terá força suficiente para cair em cima do povo de Angola. O colonialismo português não foi capaz, através da alienação, através da dominação física do povo, de conseguir ficar nesta terra. Ninguém acredite na imposição da força em Angola. A não ser que quisesse fazer desta terra um cemitério.
Existem elementos europeus da nossa sociedade – que uns preferem chamar de etnia branca – que tiveram de partir. Nesse momento, partiram muitos e muitos indivíduos para Portugal e outros países para não padecerem no campo de batalha. Foi triste. Alguns tomaram uma posição oportunista de partirem para uma outra pátria e deixar que os outros construam aquilo que nós sempre quisemos chamar a nossa pátria, esta posição dúbia é uma posição que não pode merecer confiança por parte dos adeptos e militantes da UNITA e eu sou um deles. Aqueles que queriam Angola como pátria, nesse momento deviam ficar por lá para, em conjunto, resolver o problema de Angola. Aqueles que procuraram o conforto e a segurança noutras latitudes para depois, após terem resolvido os problemas, regressarem a Angola como angolanos, esses foram cobardes e são oportunistas. Eu, também fugi levado pelos meus pais. Mas não tinha outra escolha devido á minha deficiência não tinha meios como ficar e ajudar na reconstrução do país que aprendi a amar.
Felizmente, a posição criticada da UNITA – porque a UNITA estava ao serviço dos colonos… –, felizmente, todos os movimentos reiteraram esta posição. Ainda bem!
A UNITA, como sempre, continuava a receber cartas anónimas daqueles que os consideravam como agentes dos colonos. Há razões para acreditar que a verdadeira maioria honesta do povo Angolano estava de acordo com a UNITA.
(Houve aqueles que, não tendo conhecido o pai de Jonas Savimbi, que não tendo vivido com o seu pai nos seus últimos anos de calvário, disseram, á boca cheia, que a PIDE autorizava-o a ir da mata visitar o seu pai em Luanda. Malditos!
Mas também existem aqueles que viram seu pai na cadeia e, hoje, felizmente, tenho a consolação de saber, da parte dos mesmos algozes, que seu pai foi preso, simplesmente, porque teve a coragem de dizer á PIDE que, se o filho aparecesse em casa – porque eles também duvidavam, eles também procuraram saber se Savimbi ia ao Andulo mobilizar o povo –, porque seu pai teve a coragem de dizer: «Se o meu filho aparecer, não o posso prender e entregar á PIDE».
Isso foi o suficiente para ser preso. Essas palavras saíram da boca do presidente da Câmara do Bié. Portanto, se seu pai morreu porque afirmou á PIDE que, se o filho aparecesse em casa não o entregava, é porque seu pai era Patriota. E os que insultaram a memória de seu pai não são mais do que aqueles que, na hora da dificuldade, desertaram do nacionalismo e juntaram-se á PIDE onde fizeram a sua fortuna).
A justiça para verdadeiro democrata e angolano, consiste no seguinte: o primeiro toma consciência da sua opressão e luta para conseguir os seus direitos; o privilegiado reconhece que foi privilegiado e aceita abandonar a arrogância e coloca-se ao nível do mais oprimido e do mais humilde. O contrário, ou seja, o privilegiado passar a ser democrata, para continuar a viver em sofisma, é uma contra-revolução!
Gostaríamos que esses democratas fossem confrontados com a população duma sanzala, para vermos como essa população «defende» esses democratas… eu sem bem, vivi lá.
Afinal, se a UNITA esteve a defender os mais oprimidos, a justiça social, primeiro envidemos todos os esforços para que os mais oprimidos tenham uma situação condigna. Os que tinham posições privilegiadas – os senhores democratas – teriam de sacrificar parte dos seus privilégios em benefício da comunidade. E com o tempo teria de se acertarem as agulhas. Mas sempre tendo por norte o humanismo.
Nessa angolanização devia-se ter em consideração a eficacidade, a competência, nos trabalhos administrativos. Senão, Angola iria sofrer um recuo! Se colocarem indivíduos só por causa da filiação politica e partidária, sem terem em consideração a sua capacidade de produção, isso seria errado. A angolanização ou a africanização são aspectos justificados.
Se pode ser Angolano, se é angolano o preto, o branco e o mestiço – quem quiser ser de Angola – não há nenhum aspecto discriminatório nesta angolanização dos quadros. Mas haveremos de ter sempre em conta a competência e a aficacidade dos serviços. Só assim é que ganha alguma coisa com esta operação. Mas, enquanto fizerem uma operação de fachada e o nível de produção diminuir tremendamente, nem aqueles quadros com capacidade poderão transmitir esses conhecimentos aos outros, nem estes poderão dar a sua contribuição a Angola. Tudo tem a sua medida!
Só o fanatismo e a ganância é que não é aconselhável para o bom desenvolvimento de Angola.
Agora desenvolveram mais as prepotências daquelas que mandam!
Pois sim! Eu sei. Deveriam rectificar. Deveriam educar.
A reeducação deveria fazer-se a todos os níveis.
O 25 de Abril não pode, magicamente, resolver todas as injustiças!
Há situações mais urgentes que clamam por uma solução rápida e imediata. Há situações que devem evoluir.
A UNITA tentou por todos os meios dar o seu apoio incondicional ao Governo de Transição e todo o seu apoio ao Alto-Comissário de Portugal em Angola, general Silva Cardoso. Era considerado um homem equilibrado e imparcial. O Governo de Transição poderia contar com todo o esforço, por parte da UNITA, para que esse governo continuasse a trabalhar, mas não, acabou por falhar e desistir, entregando o poder para a mão do MPLA apoiado pelos Cubanos mergulhando assim num mar de sangue onde desde o 25 de Abril de 1974 até 2002 ficaram nos campos de batalhas milhões de mortos e milhares de mutilados e órfãos, mais mortos do que em todo o tempo de colonização.
Os religiosos tinham e sempre terão lugar nesta Angola de sempre! Porque a sua palavra, na hora de dúvida e de incerteza, leva até aos incrédulos a Fé num futuro melhor e mais justo para todos. O povo angolano sempre foi crente nos Deuses que as religiões apregoam.
“Em serto comício no Andulo Savimbi disse: -Os técnicos que quisessem cooperar e aceitar a nova politica, que queira admitir que a arrogância e a resultante das prerrogativas da burguesia nacional devem acabar, e que desejem trabalhar para o povo, teriam lugar neste país.
Angola, felizmente, é uma terra portentosa. Aquele que não quiser viver em Angola, mas que bebeu água de Angola, para onde for, será infeliz.
Lembrar-se-á sempre desta Pátria bela e rica. Mas quem quiser ficar, esta Pátria abrirá os braços para os proteger”. Assim dizia Savimbi nos comícios que ouvi na rádio. E eu sou um dos que bebeu água de Angola, “água do Bengo” e por isso nunca mais me senti feliz. Estou longe mas o meu coração está sempre lá.
Se o combate libertador custou muito mais vidas do que deveria custar; se, na UNITA, houve muitos mais mutilados, muitos mais órfãos, muitos mais desamparados do que deveria haver, isso nem sempre foi por causa da confrontação directa entre os patriotas e o colonialismo.
Infelizmente, a verdade é esta, também a luta fratricida entre Movimentos de Libertação – a luta fratricida, causou muito mais vítimas no próprio meio dos que estavam com a UNITA. A divisão entre os três Movimentos de Libertação causou vítimas. E retardou a marcha para a independência. Porque, assinado a suspensão das hostilidades com o exército português, o nacionalismo encontrou-se confinado a áreas bastantes restritas. E por isso mesmo que, encontram dificuldades na mobilização de todo um povo, desejoso de se libertar, mas solicitado por ideologias, muitas vezes mais do que estranhamos, porque contrárias á verdadeira defesa dos seus interesses.
Se o nacionalismo angolano não tivesse embarcado tristemente na guerra fratricida, teriam, certamente, coberto todo o país. Angola tinha condições humanas e geográficas para fazer uma guerrilha em nível muito superior àquela que teve lugar noutras antigas colónias portuguesas, como por exemplo: -na Guiné em que parte do terreno era pantanoso.
Mas a divisão retardou esse passo, retardou essa marcha.
Portanto, engajados na descolonização do país, através da luta politica, temos a obrigação de nos lembrarmos dos nossos amigos mortos na guerra fratricida. Todos os dirigentes dos Movimentos têm obrigação de recordar os sacrifícios inúteis dos homens e nossos amigos, que se deram totalmente para que a UNITA sobrevivesse em busca da descolonização. Muitas vezes foram os da UNITA a darem ordens para o combate fratricida.
Ninguém pode negar, se for honesto, que a divisão foi motivo de vergonha no plano africano, foi motivo de humilhação no plano interno, para os que tinham confiança nos Movimentos de Libertação.
E foi, principalmente, por causa de motivos de hegemonismo sobre o nacionalismo angolano, que tiveram de suportar um combate longo… Essa intolerância existia porque todos gostariam de ser os únicos, os incontestados, possuidores do segredo máximo da libertação deste país e da verdade única, que se impusesse, não pela profundidade da sua própria análise e eficácia na condução da luta de libertação, mas pela força e pela violência.
Foi assim, que se perderam muitos dos nossos melhores amigos angolanos, negros e brancos, combatentes nesta luta fratricida.
Depois, existiu uma apreensão justificada porque os movimentos de Libertação guerreavam-se, insultavam-se, faziam tiros. De Luanda a São Nicolau, do Lobito a Nova Lisboa, ainda os filhos de Angola morriam, em 1975, atingidos pelas balas dos outros nacionalistas. É um crime, é um crime. Não há nome possível capaz de definir claramente o encorajamento á guerra fratricida. E são criminosos aqueles que quiseram encorajar os filhos de Angola a morrerem outra vez atingidos pelas balas dos seus próprios irmãos. Não tem mensagem, nem justificação para um combate deste género.
Muitos diziam que a UNITA éra cobarde porque a sua moderação representa ausência de força. Não é verdade. Na UNITA existia a noção exacta da limitação da força. O maior, ou um dos maiores pensadores da nossa época e um dos maiores estrategas da guerra de guerrilhas, disse que, se o material bélico conta, o elemento decisivo é o homem. Se o aparato militar conta, se os canhões contam, se as HKs contam, ainda conta mais o Homem. É o elemento decisivo. Aquele que esteve a pensar na imposição da sua força através das armas, esteve a criar uma grande ilusão. O povo de Angola não esteve com ele. O povo de Angola já não queria guerra. O povo de Angola queria paz. O povo de Angola queria trabalho. O povo de Angola queria ordem.
Ninguém terá força suficiente para cair em cima do povo de Angola. O colonialismo português não foi capaz, através da alienação, através da dominação física do povo, de conseguir ficar nesta terra. Ninguém acredite na imposição da força em Angola. A não ser que quisesse fazer desta terra um cemitério.
Existem elementos europeus da nossa sociedade – que uns preferem chamar de etnia branca – que tiveram de partir. Nesse momento, partiram muitos e muitos indivíduos para Portugal e outros países para não padecerem no campo de batalha. Foi triste. Alguns tomaram uma posição oportunista de partirem para uma outra pátria e deixar que os outros construam aquilo que nós sempre quisemos chamar a nossa pátria, esta posição dúbia é uma posição que não pode merecer confiança por parte dos adeptos e militantes da UNITA e eu sou um deles. Aqueles que queriam Angola como pátria, nesse momento deviam ficar por lá para, em conjunto, resolver o problema de Angola. Aqueles que procuraram o conforto e a segurança noutras latitudes para depois, após terem resolvido os problemas, regressarem a Angola como angolanos, esses foram cobardes e são oportunistas. Eu, também fugi levado pelos meus pais. Mas não tinha outra escolha devido á minha deficiência não tinha meios como ficar e ajudar na reconstrução do país que aprendi a amar.
Felizmente, a posição criticada da UNITA – porque a UNITA estava ao serviço dos colonos… –, felizmente, todos os movimentos reiteraram esta posição. Ainda bem!
A UNITA, como sempre, continuava a receber cartas anónimas daqueles que os consideravam como agentes dos colonos. Há razões para acreditar que a verdadeira maioria honesta do povo Angolano estava de acordo com a UNITA.
(Houve aqueles que, não tendo conhecido o pai de Jonas Savimbi, que não tendo vivido com o seu pai nos seus últimos anos de calvário, disseram, á boca cheia, que a PIDE autorizava-o a ir da mata visitar o seu pai em Luanda. Malditos!
Mas também existem aqueles que viram seu pai na cadeia e, hoje, felizmente, tenho a consolação de saber, da parte dos mesmos algozes, que seu pai foi preso, simplesmente, porque teve a coragem de dizer á PIDE que, se o filho aparecesse em casa – porque eles também duvidavam, eles também procuraram saber se Savimbi ia ao Andulo mobilizar o povo –, porque seu pai teve a coragem de dizer: «Se o meu filho aparecer, não o posso prender e entregar á PIDE».
Isso foi o suficiente para ser preso. Essas palavras saíram da boca do presidente da Câmara do Bié. Portanto, se seu pai morreu porque afirmou á PIDE que, se o filho aparecesse em casa não o entregava, é porque seu pai era Patriota. E os que insultaram a memória de seu pai não são mais do que aqueles que, na hora da dificuldade, desertaram do nacionalismo e juntaram-se á PIDE onde fizeram a sua fortuna).
A justiça para verdadeiro democrata e angolano, consiste no seguinte: o primeiro toma consciência da sua opressão e luta para conseguir os seus direitos; o privilegiado reconhece que foi privilegiado e aceita abandonar a arrogância e coloca-se ao nível do mais oprimido e do mais humilde. O contrário, ou seja, o privilegiado passar a ser democrata, para continuar a viver em sofisma, é uma contra-revolução!
Gostaríamos que esses democratas fossem confrontados com a população duma sanzala, para vermos como essa população «defende» esses democratas… eu sem bem, vivi lá.
Afinal, se a UNITA esteve a defender os mais oprimidos, a justiça social, primeiro envidemos todos os esforços para que os mais oprimidos tenham uma situação condigna. Os que tinham posições privilegiadas – os senhores democratas – teriam de sacrificar parte dos seus privilégios em benefício da comunidade. E com o tempo teria de se acertarem as agulhas. Mas sempre tendo por norte o humanismo.
Nessa angolanização devia-se ter em consideração a eficacidade, a competência, nos trabalhos administrativos. Senão, Angola iria sofrer um recuo! Se colocarem indivíduos só por causa da filiação politica e partidária, sem terem em consideração a sua capacidade de produção, isso seria errado. A angolanização ou a africanização são aspectos justificados.
Se pode ser Angolano, se é angolano o preto, o branco e o mestiço – quem quiser ser de Angola – não há nenhum aspecto discriminatório nesta angolanização dos quadros. Mas haveremos de ter sempre em conta a competência e a aficacidade dos serviços. Só assim é que ganha alguma coisa com esta operação. Mas, enquanto fizerem uma operação de fachada e o nível de produção diminuir tremendamente, nem aqueles quadros com capacidade poderão transmitir esses conhecimentos aos outros, nem estes poderão dar a sua contribuição a Angola. Tudo tem a sua medida!
Só o fanatismo e a ganância é que não é aconselhável para o bom desenvolvimento de Angola.
Agora desenvolveram mais as prepotências daquelas que mandam!
Pois sim! Eu sei. Deveriam rectificar. Deveriam educar.
A reeducação deveria fazer-se a todos os níveis.
O 25 de Abril não pode, magicamente, resolver todas as injustiças!
Há situações mais urgentes que clamam por uma solução rápida e imediata. Há situações que devem evoluir.
A UNITA tentou por todos os meios dar o seu apoio incondicional ao Governo de Transição e todo o seu apoio ao Alto-Comissário de Portugal em Angola, general Silva Cardoso. Era considerado um homem equilibrado e imparcial. O Governo de Transição poderia contar com todo o esforço, por parte da UNITA, para que esse governo continuasse a trabalhar, mas não, acabou por falhar e desistir, entregando o poder para a mão do MPLA apoiado pelos Cubanos mergulhando assim num mar de sangue onde desde o 25 de Abril de 1974 até 2002 ficaram nos campos de batalhas milhões de mortos e milhares de mutilados e órfãos, mais mortos do que em todo o tempo de colonização.
Os religiosos tinham e sempre terão lugar nesta Angola de sempre! Porque a sua palavra, na hora de dúvida e de incerteza, leva até aos incrédulos a Fé num futuro melhor e mais justo para todos. O povo angolano sempre foi crente nos Deuses que as religiões apregoam.
“Em serto comício no Andulo Savimbi disse: -Os técnicos que quisessem cooperar e aceitar a nova politica, que queira admitir que a arrogância e a resultante das prerrogativas da burguesia nacional devem acabar, e que desejem trabalhar para o povo, teriam lugar neste país.
Angola, felizmente, é uma terra portentosa. Aquele que não quiser viver em Angola, mas que bebeu água de Angola, para onde for, será infeliz.
Lembrar-se-á sempre desta Pátria bela e rica. Mas quem quiser ficar, esta Pátria abrirá os braços para os proteger”. Assim dizia Savimbi nos comícios que ouvi na rádio. E eu sou um dos que bebeu água de Angola, “água do Bengo” e por isso nunca mais me senti feliz. Estou longe mas o meu coração está sempre lá.
Sem comentários:
Enviar um comentário