“Quando Deus criou o mundo”. É assim que se exprimem aqueles que querem acreditar que foi um ser, desconhecido mas ao qual tratam por Deus, quem criou o mundo. Na minha opinião essa ideia até que nem está mal vista. O problema é saber que Deus, visto que existem várias crenças e Deuses diferentes. E vai-se lá saber qual a crença e qual o Deus que criou este mundo!
Talvez, derivado á minha condição física, porque foi com tenra idade, tinha dois anos, quando contraí poliomielite, dediquei a maior parte do meu tempo a ler. Devorava toda a leitura que me aparecesse e que tivesse a ver com história universal, geografia e física. De toda essa leitura aprofundei a Bíblia, o Corão e o Tora. Hoje, quando vi o escritor José Saramago dizer e escrever que, “o Deus da Bíblia é um Deus criminoso”, concordo plenamente com ele. Coisas que aconteciam no seio familiar das personagens bíblicas, nos governos de países como o nosso, seriam condenáveis.
Não sou um descrente da ideia de que existe um Deus, um Deus que criou a matéria, não! Mas o meu Deus não é o Deus que é posto como personagem na Bíblia, no Tora ou no Corão. O meu Deus é aquele que nenhuma religião apregoa. Como tal, sou um anti-religioso, porque as religiões são conflituosas. Ninguém se entende, todos ralham e todos têm razão, matam-se para fazerem prevalecer as suas crenças. E é por causa da religião que mais gente morre. Cada cabeça sua sentença e nunca poderei dizer que a minha ideia, sobre a existência de um Deus, é que supera sobre a do meu semelhante.
Para mim, é facílimo viver no meio de qualquer sociedade, tenha ela que religião tiver, adapto-me facilmente aos seus rituais e aos seus Deuses, pois o seu Deus passa a ser o meu Deus.
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