Portugal, depois de sua
independência, foi governado pela monarquia dos reinados até ao final do século
19. Fazendo uma avaliação sobre esse período e o período desde a implantação da
república em 5 de Outubro de 1910 até aos nossos dias, chego a uma conclusão!
Sem sinal para dúvidas o melhor governante foi António Oliveira Salazar. E
porque? Ora vejamos. Se percorrer-mos o nosso país de norte a sul deparamos com
castelos, mosteiros e outras grandes obras feitas no tempo da monarquia. Ao
olhar-mos para aquelas obras deve-mos reflectir em duas coisas. Primeiro:
Naquele tempo não existiam gruas e todo aquele trabalho era feito por
mão-de-obra de escravos apenas por uma sopa e umas roupas. Havia tanta miséria
no povo que até a Rainha dona Isabel de Aragão casada com D. Dinis I, tentou
matar a fome a alguns e o Rei impôs-se sobre essa pretensão. O povo durante 800
anos foi escravo dos Reis. Os Reis governavam a nação como se fosse a sua
quinta com os seus trabalhadores que eram escravos. Segundo: os filhos dos
Reis, os Príncipes, é que sucediam ao trono e se tornavam Reis ao casarem com
uma princesa que também era filha de um outro rei, não eram elegidos pelo povo
nem pelas Camaras Municipais. Como tal, o Zé Povinho era tido para com estes
monarcas, um animal quadrupedo.
Poucos anos antes do derrube da
monarquia à implantação da república e uns anos depois, viveu-se momentos de
grande agitação, pois o povo revoltava-se e não se conseguiam formar um governo
estável de tal forma que foram mortos vários governantes nos primeiros anos
republicanos.
Então lá ouve alguns que se
prepararam a irem convencer o Dr. António Oliveira Salazar, formado em economia
e professor catedrático, a tomar as rédeas de governante. Apesar de não querer
aceitar o cargo, lá o convenceram e acabou por aceitar mas com uma condição…
criar uma Policia Internacional e de Defesa do Estado (PIDE), isto para que? Para acabar
com os insurrectos, os parasitas comunistas e assim poder ter um governo
estável. Portugal encontrava-se à beira do abismo com uma banca rota e prestes
a ser entregue à Inglaterra. Mas isso acabou por correr tudo bem, pois como bom
economista que era, Salazar, acabou por colocar o nosso país fora dessa
desgraça. Depois, com Salazar no governo, deu-se início à revolução industrial.
Chegamos a ter os melhores estaleiros navais da Europa! A LISNAVA que remonta
em 1937, a SETNAVE onde trabalhavam mais de dez mil pessoas, a CUF com mais uns
milhares de trabalhadores. A Siderurgia Nacional onde trabalhavam mais de cinco
mil pessoas. A fábrica de carros que ainda alguns se encontram ao serviço do
exército, as BERLIES TRAMAGAL e que tantos camiões desses transportavam café
nas fazendas produtoras de café em Angola! Esses veículos eram de produção
nacional. E o celeiro de Portugal no Alentejo e que nos tornava
auto-suficientes! As estradas que rompeu por todos os cantos do país e que até
chegaram a apelidar Salazar de “Estradeiro”!
Recordo-me, numa reportagem que
vi num canal televisivo, um repórter, ao fazer uma entrevista, já depois do 25
de Abril de 1974, a um senhor já bem idoso e que trabalhou muitos anos por
conta do pai de Salazar, dizer: “o menino Salazar era muito boa pessoa, sempre
que passava por cá (Vimieiro – Santa Comba Dão), em caminho para o Porto,
deixava o carro do governo à porta da casa do pai e ia visitar-nos à quinta,
onde andava-mos a trabalhar, com um velho carro que o pai tinha. Apenas saía do
carro e via-nos tirava o chapéu da cabeça e dirigia-se a nós cumprimentando-nos
à mão, perguntava-nos se andava-mos a seco, sem bebida, ao qual respondia-mos
que não e mostrávamos-lhe o garrafão e ele provava. Depois perguntava-nos se os
pagamentos estavam em dia e respondíamos-lhes que sim. Despedia-se de nós e só
quando estava a entrar para o carro é que colocava o chapéu na cabeça”. A boa
educação tem de partir dos governantes!
Para além de livrar que Portugal
caísse numa banca rota, também, na guerra de 1945 onde em toda a Europa sucumbiram
milhões de pessoas, ele, estrategicamente, impediu que entrassem no nosso país
librando-nos assim dessa carnificina.
Salazar nasceu pobre, pegou nas
rédeas deste país e quando morreu deixou-o de boa saúde económica, com 800
toneladas de ouro as quais foram consumidas pelos governos provisórios após o
25 de Abril, António de Spínola, Costa Gomes, Almeida Santos, Mário Soares, é
por estes que canto (eles comem tudo… eles comem tudo e não deixam nada!).
Aquilo que Salazar arrecadou e fez com que a nação se sentisse economicamente
de boa saúde, estes primeiros governantes do Portugal democrático, comeram tudo
de forma a terem de recorrer às ajudas estrangeiras. Com tudo isto e o que mais
virá… a minha alma pede-me para que eu regresse à selva e seja Selvagem!
Cá fico há espera do segundo Capítulo.
ResponderEliminarAbraço.
Olá, amigo José!
ResponderEliminarMuito interessantes estes fatos que nos trazes sobre a história de Portugal!
Por incrível que pareça, no lado de cá do Atlântico, sabe-se muito pouco dos fatos que não envolveram o Brasil.
Mas, pelo que ouvi deste período recente da política lusa, teu texto deve causar alguma polêmica, no que diz respeito aos tempos do governo Salazar, pois acho que tem muita gente contra.
Mas, eu, mesmo sem conhecimento mais profundo deste período, sempre simpatizo com tuas opiniões, que tem certa afinidade com as minhas...
Aguardo a sequência...
Abraços, e prazer em vê-lo de volta!
Querido amigo Leonel!
ResponderEliminarAcredite que sinto saudade dos meus blogues, das pessoas que passavam por cá deixando o seu comentário e pricipalmente de você que já o sinto como meu irmão!
Qunto ao que escrevi sobre os 900 anos de história deste país, lhe digo que, em 2007 foi feito um referendo ao povo português sobre, em 100 politicos que governaram Portugal, desde que é independente, qual foi o melhor, Salazar ganhou e apareceu como o numero 1 dos melhores. Não tem muito povo contra este grande estadista, não! Só a Esquerda é que é contra e mesmo assim nem todos.
Foi um prazer e lhe deixo um abraço faternal
É pena que a juventude não conheça a história do antes e pós 25 de Abril, porque a que lhes é contada, é dos vencedores da revolução, que está muito longe da realidade.
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