2011/01/23

As pedras que atiraram


Nunca pensei na minha vida ver tanta arrogância saindo de pessoas, que julgo, terem alguns estudos. Desde que existem eleições livres neste Portugal democrático, nunca vi tanta falta de civismo e de transparência como vi nesta campanha eleitoral por parte dos concorrentes á presidência da república. Fernando Nobre, pessoa de quem já havia escrito um artigo em um jornal, onde o elogiava devido ao seu trabalho á frente, como presidente da AMI (Assistência Medica Internacional), pois via nele um homem que foi sempre isento da política mas trabalhava para as vítimas da política. Agora desiludiu-me ao concorrer a este cargo, quando eu, que sou um analfabeto, já sabia que ele nunca teria hipótese de ganhar. Nos últimos dias de campanha, dirigindo-se ao Manuel Alegre, dizia-lhe para ele se colocar do seu lado na segunda volta. Sinceramente, dá para rir!
O nazi da Ilha da Madeira se não tivesse concorrido, esta campanha não teria tanta graça. Tenho a certeza que muitos se riram á custa dele. Se fosse dono de um circo convidava-o para palhaço.
O do partido comunista… sabem que nunca terão a hipótese de ganhar eleições, sejam elas quais forem, mas o fanatismo do qual estão possuídos, leva-os á loucura de se colocarem na rua a falarem mal do ainda presidente, não os vi dizerem mais nada, nem falarem do seu programa eleitoral.
Bem… mas, a mal dizerem de Aníbal Cavaco Silva, foi o que se viu nesta campanha. Não vi um só a falarem do seu programa para presidirem á nação! Arrogante mesmo e com falta de transparência, como o Manuel Alegre, nunca tinha visto! Ele passou a campanha toda a atirar com pedras a Cavaco Silva! Falou das suas finanças que estavam numas acções no BPN! Mas alguém tem alguma coisa a ver com a vida privada de cada um? Falou que foi na altura em que Cavaco, durante 10 anos como ministro, enterrou este país. Isto é um absurdo! Eu não sofro de Alzheimer, graças a Deus, por isso me recorda bem do que vos vou comunicar:
“Nas eleições de Julho de 1987 os portugueses atribuem a primeira maioria absoluta a uma força política não coligada (com 50,2% dos votos para o PSD), que se havia de repetir nas eleições legislativas de 1991. Dessas vitórias resultaram, respectivamente, a constituição dos XI e XII Governos Constitucionais, apostados em conduzir reformas estruturais conducentes à economia social de mercado. Nesses anos fez-se uma reforma fiscal, que introduziu o IRS e o IRC, privatizaram-se empresas públicas, reformaram-se as leis laborais e agrárias e liberalizou-se a comunicação social, de que resultou a abertura da televisão à iniciativa privada e mais liberdade de informação. O país conheceu um crescimento económico apreciável, acima da média europeia, o que fez subir a popularidade de Cavaco Silva. A par de profundas melhorias na rede viária nacional, com vista a melhorar a coesão territorial do país, reabilitou-se de boa parte do património cultural público e deu-se o impulso a seis novos projectos: a renovação urbana em Lisboa Oriental e a organização da Expo 98, a construção da Ponte Vasco da Gama, a introdução do caminho-de-ferro na Ponte 25 de Abril, a construção da Barragem do Alqueva, a introdução do gás natural e a projecção do novo Aeroporto da Madeira.
No que diz respeito aos Caminhos de Ferro, em 1988, é aprovado o “Plano de Modernização dos Caminhos de Ferro 1988-94”, que aposta quase que exclusivamente nos sistemas ferroviários das áreas metropolitanas de Lisboa e Porto e também nos principais eixos de longo curso, sobretudo no eixo Braga – Faro. É inaugurada a nova travessia ferroviária do Douro pela Ponte de S. João e aprovado em concelho de ministros o atravessamento ferroviário na ponte 25 de Abril. Ao mesmo tempo, cerca de 770 km de via-férrea foram definitivamente encerrados. Foram suspensos em 1988 os serviços ferroviários na Linha do Sabor, na Linha do Vouga, entre Santa Comba Dão e Viseu e no troço da Linha do Douro, entre Pocinho e Barca de Alva. Em 1989, foi suspenso o tráfego na Linha do Sabor, Linha do Dão e troço Guimarães – Fafe, Ramal do Montijo, Ramal de Montemor e troço Pocinho – Barca de Alva na Linha do Douro.
A permitir estas reformas estavam as condições estabelecidas no Acto Único Europeu de 1986, ano da adesão de Portugal à Comunidade Económica Europeia. Em 1992 Portugal assume pela primeira vez a presidência do Conselho de Ministros da CEE, o que leva Cavaco Silva a abrir a cerimónia de assinatura do Tratado de Maastricht, fundador da União Europeia. Foi também sob a sua liderança, que Portugal esteve no centro da criação da CPLP - Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, e que foi decidida a realização anual das cimeiras luso-brasileiras.
Coincidindo com o abrandamento da actividade económica, os últimos anos do XII Governo, ficaram também marcados pela contestação social às reformas do cavaquismo. Cavaco Silva responderia com uma frase que se tornou célebre, «deixem-me trabalhar!», e classificava a oposição como «forças de bloqueio». De acordo com o governante, aqueles que se opunham às suas políticas faziam parte dessas forças. Entre os “bloqueadores” foram incluídos Mário Soares, que com as suas “Presidências Abertas” dava eco à contestação social que se fazia sentir no país, e António de Sousa Franco, então presidente do Tribunal de Contas, que várias vezes reprovou as contas enviadas pelo Governo.
Após dez anos como primeiro-ministro, Aníbal Cavaco Silva coloca-se de fora das eleições legislativas desse mesmo ano, e afasta-se da liderança do PSD, entretanto assumida por Fernando Nogueira. Nos anos seguintes, volta ao Banco de Portugal e à docência universitária. Mantém, todavia, uma marcante participação política, nomeadamente através de intervenções em colóquios e artigos na imprensa escrita, um dos quais, com o título “O Monstro”, criticava severamente as contas públicas e o orçamento de estado para o ano 2000 apresentado pelo governo socialista”. Como podem ver “O Monstro” era uma realidade, ou não foce a crise que estamos a sentir e á beira do abismo prestes a ter que aceitar o FMI pela desgovernação do PS (Partido Socialista). É ou não “O Monstro”!?
Parabéns ao grande estadista “Aníbal Cavaco Silva” reeleito. Quanto a “Manuel Alegre”, agora "Triste", que volte para a Argélia mandar cortar os seus patrícios.

9 comentários:

  1. E que façam jus a confiança que o povo depositou neles...Bjos achocolatados

    ResponderEliminar
  2. Vim te ver!...
    E o vídeo que postou lá em cima é belíssimo!

    E sobre campanhas pilíticas...
    sou mais um decepcionado...
    aqui nestas últimas eleições, foi cada um pior que outro!...
    Eu era um esquerdista orgulhoso e poeta..
    hoje... sou do meu partido... o Deus me Ajude!

    Abraço amigo!
    Belo canal vc tem aqui!
    De verdade e pensamento livre!

    ResponderEliminar
  3. Ah!.. Você já é Selvagem!!! José de Sousa!
    Um homem Selvagem!

    ResponderEliminar
  4. José, que Deus ilumine o presidente reeleito para que possa governar para o povo, que ele não traia a confiança nele depositada.
    Com carinho, um abraço! Bjss

    ResponderEliminar
  5. Olá José,

    cheguei até ti através do blog "O Asteróide" e, claro, já te sigo.
    Tens toda a razão.
    Concordo com tudo o que dizes.
    Assino em baixo se me permites.

    Gosto de pessoas com coragem para assumir as suas convicções.

    Um beijo.

    ResponderEliminar
  6. Meu amigo
    Agradecendo as tuas simpáticas visitas e lendo um texto muito bom...sem papas na lingua e muito forte...gostei muito.

    Beijinho com carinho
    Sonhadora

    ResponderEliminar
  7. É, meu amigo,

    É a democracia... Ruim com ela, muito pior sem ela...

    : )

    ResponderEliminar
  8. Olá José,

    Não encontro palavras para classificar estas eleições presidênciais e seus candidatos.

    Já não há pachorra para tanta mediocridade!!!

    Falta uma padeira de Aljubarrota para correr com estes corruptos á paulada.

    Um abraço

    Boa semana

    ResponderEliminar
  9. Sei que a memória é curta, mas Cavaco é o iniciador desse "monstro", só tenho pena não ter estado entre os seus próximos na década de 80, hoje seria rico.

    ResponderEliminar