2010/04/14

A felicidade também se constrói


Hoje o mundo não é mais o mesmo, a sociedade não está organizada da mesma maneira, a ciência evoluiu, a moral e a politica também e, por isso, não parece possível voltar ao ideal de sabedoria dos antigos. Em todo o caso, a questão filosófica sobre o que é verdadeiramente uma vida boa permanece actual. Como dizem os filósofos gregos: ”uma vida boa passa pela felicidade, mas com lucidez, e pela sabedoria, mas com acção”. Resta perceber se é possível aplicar esta “fórmula” nos dias que ocorrem. Uma coisa é certa: precisamos de sonhar com uma espécie mais feliz. Precisamos de abraçar as pessoas diferentes. Precisamos de dizer, todos os dias, que não somos americanos, brasileiros, angolanos, judeus, portugueses, árabes, mas sim propalarmos que somos todos seres humanos. Precisamos de nos convencer, ainda que demore décadas, que a vida é um espectáculo imperdível. Por outro lado, os jovens precisam de criticar a violência registada neles seja diariamente reeditada. Eles precisam de sonhar com a paz e humildade, com um futuro risonho e ornamentado de esperanças. Não podem viver alienados, preocupados apenas com o prazer imediato. E nós, precisamos de proclamar nas escolas, nas igrejas, nos clubes, nas empresas, que vale a pena viver a vida. Só caminhamos nos solos da vida com segurança, quando conhecemos os terrenos da nossa personalidade. Infelizmente, a nossa espécie está doente, não apenas devido ao stress, à competição predatória, ao individualismo e ao desemprego, mas também pela falta de amor ao próxima, fraternidade e sabedoria. As ideias devem servir a vida e não a vida servir as ideias. Os radicais valorizam os rótulos, não sabem que o amor não tem cor, ideologia, raça e cultura. Infelizmente, insistimos em nos dividirmos, pessoas do terceiro mundo e do terceiro mundo, ricos, pobres e miseráveis. Precisamos de sonhar com uma humanidade fraterna, solidária, inclusiva, gentil e unida. Não se esqueçam nunca deste velho e popular ditado “violência… gera violência”
Pensem nisso!

4 comentários:

  1. Nas grandes horas em que a insónia avulta
    Como um novo universo doloroso,
    E a mente é clara com um ser que insulta
    O uso confuso com que o dia é ocioso,

    Cismo, embebido em sombras de repouso
    Onde habitam fantasmas e a alma é oculta,
    Em quanto errei e quanto ou dor ou gozo
    Me farão nada, como frase estulta.

    Cismo, cheio de nada, e a noite é tudo.
    Meu coração, que fala estando mudo,
    Repete seu monótono torpor

    Na sombra, no delírio da clareza,
    E não há Deus, nem ser, nem Natureza
    E a própria mágoa melhor fora dor.

    Fernando Pessoa

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  2. Olá!
    Cheguei furtivamente e acabei ficando. Penso igualmente a ti, mas teimam em rotular-me sonhadora. Ando, vida a fora, a dizer que o dinheiro foi feito para o homem, não o homem para o dinheiro. Essa corrida desenfreiada pelo material, fez o homem perder a vergonha, quem dirá a visão. Quando digo que a natureza merece respeito, muitos concordam, mas continuam cortando árvores, poluindo a água, maltratando os animais e produzindo lixo cada vez mais. Essa luta por uma vida saudável, deve ser de todos e de cada um. Espero, sinceramente, que a humanidade desperte a tempo! Afinal, se a natureza travar uma guerra contra os homens, seremos engolidos, sem a menor chance de defesa.
    Perdoe-me a extensão do comentário, que na realidade, foi mais um desabafo!

    Verdes beijos para ti!!!

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  3. estou comovida não sei que dizer a não ser os meus PARABÉNS boa noite

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  4. não encontro o que pedes para ler beijinhos

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