É triste e revoltante o facto como algumas mulheres são tratadas. Como mãe ela dá amor, como esposa amor dá.
Por isso não posso compreender como é que a mulher seja tida, para com alguns homens, como sendo uma coisa ou um instrumento, dando-lhes maus-tratos, desde palavras ofensivas até à agressão física, ou tratando-as como escravas.
Mas, ainda, o mais revoltante e que desfas meu coração é a prática bárbara, em nome da tradição, da mutilação genital.
Como é que os Estados Unidos da América (USA) têm a ousadia de atacarem outros países, alegando que esses países não respeitam os direitos do homem, mas não se empenham em acabar com esta prática bárbara que existe em algumas tribos de África? De certeza que seria mais fácil e menos dispendioso, com resultados benéficos, investir no campo de assimilação e teriam muitos países a coligarem-se neste projecto.
Para quem não sabe, no que consiste a mutilação genital, ela consiste em ser retirado da vagina, com uma lâmina, o clitoris e toda a zona que o envolve e que são as zonas mais sensiveis do prazer sexual na mulher, impedindo assim que ela sinta prazer na prática sexual, e não conseguindo atingir o orgasmo.
Apsar do sofrimento horrendo pelas dores no momento da mutilação e que se prolongam por algumas semanas até cicratizar, foi-lhes retirado, para sempre, o direito de sentirem um prazer que lhes foi dado pela natureza e que lhes pertence.
Revolta-me ao imaginar o sofrimento a que estão sujeitas essas crianças. Com apenas sete ou oito anos, são levadas pelas mães, numa data já combinada, deixam-nas com outras mais crianças, junto de várias avós, e de seguida são levadas uma de cada vez para um local onde se encontram cinco mulheres já avós, quatro seguram a criança que fica deitada no chão de pernas abertas e o coração a bater forte. A quinta mulher pega na lâmina e começa a cortar enquanto a criança grita alucinadamente com dores insuportáveis. As outras que estão lá fora choram de medo porque a seguir vai mais uma delas.
Para alem desta intolerável e desumana tortura, aos 13 anos são obrigadas a casar com um homem da mesma casta e que lhes estava destinada, pelos seus progenitores, desde o dia que nascera.
Para todas as mulheres que sofrem, deixo aqui a minha solidariedade e peço a todos os homens que reconheçam que a mulher é superior a todas as coisas na terra e é dona do seu próprio corpo. Por isso, há que respeitalas e dar-lhes amor em troca ou não do mesmo.
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