2010/01/20

A Esquerda e a Direita



Politicamente fala-se muito nas diferenças que têm os partidos políticos no que se designa «ser-se de Esquerda ou de Direita». Eu, francamente, até há bem pouco tempo não era capaz de fazer essa distinção, já lá vão 35 anos desde a queda do fascismo e nunca soube o que era «Esquerda e Direita». E não sabia porquê? Porque enquanto dizem que o Partido Socialista (PS), o Bloco de Esquerda (BE) e o Partido Comunista (PCP) são de «Esquerda» e que o Partido Social Democrático (PSD) e o Centro Democrático e Social (CDS) são de direita e que ser-se de «esquerda» é favorecer mais as classes desfavorecidas, dando-lhes mais apoios sociais e económicos, criando-lhes mais e melhores empregos, melhores reformas e apoio ao colectivismo. Ao invés, que ser-se de «direita» é dar mais apoio aos patrões, à privatização, menos segurança social, reduções de reformas, reduções de emprego e até criando mais impostos. Esta óptica de ideias, sobre a «Esquerda e a Direita», está completamente deturpada. Porque o que tenho visto, desde que ganhamos o poder de escolher quem é que nos governa, é que o PSD governa com os tais méritos que são atribuídos à «Esquerda» e o PS é que governa com os tais méritos que, falsamente, atribuem aos partidos que alegam serem de «Direita». Primeiro: infelizmente vivo de uma pensão, que com os governos do PSD todos os anos aumentava entre 8 a 10 euros. O ano passado tive direito somente a 4,75 euros de aumento e este ano 4,00€ de acréscimo, quando o poder de compra sofre um acréscimo de mais de 5%! Segundo: quem é que acabou com certos postos médicos? Quem é que meteu cozinhas privadas nas escolas, fechou urgências, maternidades, aumentou o IVA de 19 para 21% e agora para os 20%, criou leis de mobilidade e mais recentemente criou uma concessão de Sociedade Anónima, por 70 anos, das estradas e vai criar portagens em algumas vias do interior? Acham que isto são politicas sociais? A forma utilizada, por este governo (PS) dito de «Esquerda», é ou não anti-social?
Num certo dia, no restaurante onde almoço, ao meu lado estava um indivíduo, que depois de alguma conversa soube que era natural e residente na Marinha Grande e era trolha de profissão. Falei-lhe então no caso da empresa vidreira Pereira Roldão, onde ele me respondeu que esse não era um caso isolado. Aquilo aconteceu com várias empresas, nomeadamente pequenas empresas que trabalhavam para as grandes, que fecharam e que isso se deveu à «Esquerda», que quando não estão no poder agregam-se a um Sindicato «esquerdista» para colocarem ou darem apoio aos trabalhadores contra os patrões! Nesse momento reflecti no sistema Russo e dos Países que se desagregaram do Pacto de Varsóvia. Todos eles tinham governos, ditos, de «Esquerda» e todos governavam com políticas Anti-Sociais.
Até que enfim…já era tempo de saber o que isso era, de se ser de «Esquerda» ou de «Direita». Depois de uma análise feita ao curriculum de governação deste país desde o 25 de Abril de 1974, então sim… já estou ciente que sou e quero continuar a ser de «Direita».

1 comentário:

  1. Pois é, José, aqui no Brasil, atualmente as ideologias só aparecem no posicionamento dos nossos governantes em relação aos outros países.
    Internamente, as siglas de partidos são todas uma farsa. Talvez haja mais seriedade na filiação dos torcedores de clubes de futebol do que nos quadros dos partidos políticos.
    Lula, no seu governo, apoiou e defendeu José Sarney e Fernando Collor de Mello, ambos ex-presidentes, antes seus adversários mortais, e chamados por Lula de "direitistas"!
    Collor foi o único presidente do Brasil a sair do cargo prematuramente por "impeachment", envolvido em corrupção e tráfico de influência.
    Comparado com Lula, Collor parece um menininho que roubou a flor de um jardim, tamanha foi a corrupção que assolou o governo do barbicha!
    Abraços!

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