2010/02/09

A boa vontade do Senhor Ministro



Depois da entrega no Parlamento do Orçamento de Estado para o ano de 2010, assistimos na televisão a uma entrevista com o ministro das Finanças que, depois de interpelado pela jornalista admitiu que, se vier a ser necessário, está disposto a abdicar de parte do seu vencimento, como forma de ajudar na contenção de despesas.
O senhor ministro… não goze connosco! Então, impõem medidas de austeridade aos funcionários públicos, não os aumentando e o governo, que já há muito devia ter dado o exemplo reduzindo os seus vencimentos, ainda vem pôr essa eventual redução como hipótese.
Não há dúvida: os funcionários públicos são o elo mais fraco.
Mas que governo é este que, numa altura de crise, em que estamos “com a corda no pescoço” , como se costuma dizer, sé dá ao luxo de sustentar uns papões com ordenados chorudos? Por exemplo, e só para amostra, temos: Governador do Banco de Portugal com 17 800,00€, sem falar nos dois vice-governadores! E quanto levam os membros do governo? Certamente que não são vencimentos inferiores a estes…
Então, se isto não é gozar com o Zé pagante, o que é? É uma verdadeira afronta para quem está desempregado, para quem tenta sobreviver com menos de 200,00€ por mês e para quem está a viver no limiar da pobreza.
É a isto que chamam socialismo? Até me dá vontade de rir… vocês estão endividar o país.
Porque não tem a coragem de baixar os ordenados, que estão a cima dos 8000,00€, para metade?
Continuo a insistir no fim dos ordenados e pensões de reforma chorudas, algumas delas ainda acumuladas ao vencimento de um tacho, que lhes dá mais uma dezena de milhares de euros.
Acabem com as viaturas dos ministérios, salvo para deslocações oficiais. Desloquem-se nos seus carros, que ganham bem para isso. Em vez de o governo adquirir viaturas na ordem dos 60 000,00€ cada para os ministérios, adquiram carros de 16 000,00€ ou 22 000,00€. Fazem precisamente o mesmo serviço e gastam menos, o que se traduz em poupança para os cofres do Estado. E carros topo de gama, para quê para andarem só com uma pessoa excluindo o motorista?
São estas as medidas de contenção que este governo, (PS) de Socrates, preconiza?
Sou obrigado a concluir que a expressão “volta Salazar, que estás perdoado”, faz muito sentido nesta altura, mais que sempre…

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