Fui abordado, varias vezes, por várias pessoas que me diziam: -Ando a recolher tampinhas, de garrafas plásticas, para a compra de uma cadeira de rodas igual á tua (eléctrica) para fulano de Figueiró do Campo. A minha resposta foi sempre a mesma, dizia: -Não, não é igual à minha, será uma cadeira de rodas sim, mas é manual, e ninguém sabe para quem será! Pois são vários os candidatos a elas, e para além disso será uma grande valia para a ERSUC (Empresa de resíduos sólidos Urbanos do Centro) uma vez que não terá de pagar a operários para extremar, do lixo, as toneladas de tampinhas para reciclagem. Eles insistiam em dizer que eu estava errado e que, as que recolhiam, eram mesmo para a compra da cadeira de rodas eléctrica, para a pessoa que alegavam conhecer, e eu acabava por me calar.
Finalmente a verdade veio ao de cima. No dia 16 de Dezembro de 2006, foi entregue junto ao Urso do Parque Verde do Mondego, em Coimbra, 5 cadeiras de rodas manuais, a cinco das dezenas de candidatos às mesmas. Alguns dos Sourenses, que contribuíram na recolha das tampinhas, depois verem esta notícia, destacada num jornal, disseram-me que estavam desiludidos.
Na minha opinião há dois factores que não posso deixar passar em vão e tenho de contestar.
Primeiro: se nunca tive uma cadeira manual é pelo facto de não a poder manobrar sem a ajuda de alguém. A Segurança Social sempre se disponibilizou para me entregar uma. Não acredito que em Portugal um deficiente motor que necessite de uma cadeira de rodas manual e que não tenha recursos económicos para a comprar, sejam necessárias tampinhas para receber uma. Não é, de maneira alguma, de louvar estas empresas que, através de uma campanha, conseguem recolher toneladas desta matéria, para daí terem dividendos.
Segundo: não concordo com a entrega da cadeira, a uma certa candidata, do nosso concelho. Não é que eu lhe queira mal, não, pelo contrário, tenho bastante admiração por ela e desejo-lhe as maiores felicidades. Conheço-a, ela tem uma cadeira manual amarela, que ainda lhe daria para mais algum tempo, e tem uma eléctrica com a qual se desloca para o Centro Social de Alfarelos e para outros locais onde seja possível ir sozinha. Beneficiaria assim um outro que não tem nenhuma.
Também não tenho conhecimento de que a Segurança Social, tal como já disse, rejeite entregar cadeiras de rodas manuais a quem necessita. Para mim, a campanha “Tampinhas a Valer” é mais uma farsa a juntar a tantas que existem. Se as entidades competentes lançassem um SLOGAN: “Garrafas a Valer” isso sim, recolhia-se toda a garrafa e evitava-se assim que deitassem fora, as garrafas em qualquer lugar, como cheguei a ver fazerem junto do rio Arunca e Anços e, ainda, outras a saírem disparadas pelas janelas dos automóveis em movimento e em qualquer lugar.
Deixo aqui um apelo às empresas de reciclagem e de outros géneros, e até mesmo às instituições: Não abusem e não brinquem com os sentimentos das pessoas, inventando farsas como esta para o vosso próprio proveito…
Finalmente a verdade veio ao de cima. No dia 16 de Dezembro de 2006, foi entregue junto ao Urso do Parque Verde do Mondego, em Coimbra, 5 cadeiras de rodas manuais, a cinco das dezenas de candidatos às mesmas. Alguns dos Sourenses, que contribuíram na recolha das tampinhas, depois verem esta notícia, destacada num jornal, disseram-me que estavam desiludidos.
Na minha opinião há dois factores que não posso deixar passar em vão e tenho de contestar.
Primeiro: se nunca tive uma cadeira manual é pelo facto de não a poder manobrar sem a ajuda de alguém. A Segurança Social sempre se disponibilizou para me entregar uma. Não acredito que em Portugal um deficiente motor que necessite de uma cadeira de rodas manual e que não tenha recursos económicos para a comprar, sejam necessárias tampinhas para receber uma. Não é, de maneira alguma, de louvar estas empresas que, através de uma campanha, conseguem recolher toneladas desta matéria, para daí terem dividendos.
Segundo: não concordo com a entrega da cadeira, a uma certa candidata, do nosso concelho. Não é que eu lhe queira mal, não, pelo contrário, tenho bastante admiração por ela e desejo-lhe as maiores felicidades. Conheço-a, ela tem uma cadeira manual amarela, que ainda lhe daria para mais algum tempo, e tem uma eléctrica com a qual se desloca para o Centro Social de Alfarelos e para outros locais onde seja possível ir sozinha. Beneficiaria assim um outro que não tem nenhuma.
Também não tenho conhecimento de que a Segurança Social, tal como já disse, rejeite entregar cadeiras de rodas manuais a quem necessita. Para mim, a campanha “Tampinhas a Valer” é mais uma farsa a juntar a tantas que existem. Se as entidades competentes lançassem um SLOGAN: “Garrafas a Valer” isso sim, recolhia-se toda a garrafa e evitava-se assim que deitassem fora, as garrafas em qualquer lugar, como cheguei a ver fazerem junto do rio Arunca e Anços e, ainda, outras a saírem disparadas pelas janelas dos automóveis em movimento e em qualquer lugar.
Deixo aqui um apelo às empresas de reciclagem e de outros géneros, e até mesmo às instituições: Não abusem e não brinquem com os sentimentos das pessoas, inventando farsas como esta para o vosso próprio proveito…
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