2010/02/17

A religião… e a divisão dos homens

Das centenas, talvez mesmo milhares de livro que li sobre história, geografia universal, física e outros, ouve três livros de história que ficaram registados no disco rígido do meu cérebro. São eles, a Bíblia, o Corão e o Tora. A Bíblia é o livro, pelo qual religiosamente, se regem os que acreditam que Cristo era o filho de Deus e que já há muito tinha sido prometido aos profetas a sua vinda. O Corão é o livro que religiosamente serve para guiar os Muçulmanos, que acreditam que o maior dos profetas foi o Maomé e que a cima dele não existiu mais ninguém. O Tora é o livro que serve como guia na religião dos Judeus, que continuam á espera do prometido filho de Deus. Estes livros têm histórias lindas e apaixonantes, embora para mim, parte do conteúdo delas seja ficção. Mas, Ficção ou não, todos estes livros falam da existência de um Deus, e todos falam nos profetas Abraão, Noé, Jacob (Israel), Isaías, Moisés e tantos outros mais.
Todos estes, três livros, falam de que, um dia, Ele (Deus), iria enviar o seu filho á terra para nos ensinar os bons caminhos e o propósito do pai, nosso criador. São cerca de 60 escritores que escreveram as histórias daqueles povos do Médio Oriente, de á dezenas de milhares de anos antes Cristo e de Maomé. Mais tarde essas histórias, foram colocadas nesses livros que falei.
Na bíblia existe uma parte que não se encontra no Corão nem no Tora, é o Novo Testamento, porque, este, foi escrito pelos que acreditaram que Jesus Cristo é o tal filho de Deus que um dia havia sido prometido aos profetas. Porem, os Muçulmanos tal como os Judeus, não acreditaram, dizendo que Cristo era mais um profeta como outros que haviam existido e por não acreditarem mataram-no. Seiscentos anos depois, os Muçulmanos elegem Maomé como sendo ele, o tal, filho de Deus. Os Judeus, ainda continuam á espera da vinda desse filho de Deus.
Fui criado numa família de formação católica. Tanto, enquanto andei na catequese, como os meus pais e padres diziam de que Jesus era o próprio Deus. Deus, pelo poder do espírito santo, encarnou no ventre de Maria e se fez homem.
Na semana, antes da Páscoa, li num jornal, uma crónica de um pároco, onde dizia; Jesus era o próprio Deus.
Tal como já referi, numa outra crónica minha, acredito profundamente na existência de Deus e o meu Ídolo, a quem tento seguir algumas coisas que ensinou, é Jesus Cristo. Mas não aceito qualquer ensinamento por parte de seitas religiosas. A católica, diz coisas e contradiz. Diz que Cristo era o próprio Deus. Numa oração dizem: “Santa Maria mãe de Deus…” mas depois também diz: “Subiu ao céu onde está sentado á direita do pai…”. Também Jesus disse que, ninguém deveria orar outras orações senão a que ele ensinara, o “Pai-nosso que estais no céu…”. Também ele concordou com as leis feitas por Moisés, a lei Mosaica (10 mandamentos). Mas os 10 mandamentos eu não necessito de ser religioso para os cumprir, basta me ter mentalizado que, o que não quero para mim não quero para os outro. Saber estar e repeitar para ser respeitado. A religião a mim não me ensina nada do que eu não possa ter.
Não sou ateu, mas não aceito religiões, porque todos os homens são filhos de Deus, e Deus, é só um. Em quem é que vou acreditar? Nos que ensinam a Bíblia e que dizem que o filho de Deus já veio, e que era Jesus Cristo? Nos que ensinam o Corão e que ensinam o que dizia Maomé? Ou nos Judeus, que dizem que, tanto Jesus como Maomé eram profetas como tantos outros que existiram no Médio Oriente e que continuam á espera do filho de Deus? Ás tantas, estes últimos, até tem razão, porque, se alguns alegam, que por haver tantas guerras no Médio Oriente, Deus mandara o seu filho para que os homens temessem e acabassem com elas, isso não aconteceu, cada vez existe mais e mais guerras por toda a terra.
O homem deixou de amar para se entregar, somente, ao prazer carnal, á ganância e egoísmo. Cada vez mais, as religiões, dividem os homens, levando-os mesmo, ao ponto de perderem os valores morais e colocando no lugar do amor o ódio.
Jesus, tal como eu, foi um homem que surgiu na terra e os seus pais eram José e Maria, a sua pátria era a Galileia e a terra de origem era Nazaré. Era, e isso sim, sobredotado de grandes valores morais.
Já interpelei vários religiosos, inclusive, padres e teólogos, a respeito do que está escrito na bíblia, Corão e Tora, mas como não encontraram argumentos responderam-me: “A fé é que nos Salva”. Para concluir: É muito triste, e a mim revolta-me, que em todas as raças e por toda a terra, acima de todas as coisas, a religião fanatiza, serviu e continua a servir, mais que nada, para dividir os homens.

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