2010/02/27

Diferentes entre iguais


O tema que vou abordar não é de minha autoria. É um trabalho de avaliação escolar de Dina Noro, aluna nº. 8, 12º E residente em Soure. Antes de o descrever quero agradecer-lhe por ter escolhido este tema. Isto é sinal de que os Jovens estão mais atentos a este problema que é um problema de todos. “DIFERENTE ENTRE IGUAIS”. Este é o título da sua ficha de avaliação, e começa por dizer: -Porque decidi abordar este tema? Decidi tratar este tema, porque penso que os grupos que vou abordar ainda são alvo de uma grande discriminação por parte da nossa sociedade, e é por isso necessário agitar algumas consciências e alertar a sociedade para os problemas e obstáculos com que se deparam diariamente. São pormenores insignificantes para quem se pode dar por contente por não ser deficiente, mas de uma importância crucial para quem todos os dias é confrontado com as inúmeras barreiras, sem contar é claro com o preconceito e discriminação por parte das pessoas que não se lembram que qualquer de nós por uma fatalidade do destino pode vir a ser deficiente. É por isso que é importante alertar para estes problemas, não só por e para quem é deficiente, mas também por todos nós. DEFICIENTE O QUE É? A deficiência é uma limitação física, intelectual ou sensorial, uma enfermidade mental ou doença que exige atenção médica, esta pode ter carácter temporário ou permanente, por isso deixou de ser um problema de um grupo minoritário, que apenas diz respeito às pessoas que têm uma deficiência visível, pois coloca todos os problemas de saúde ao mesmo nível. Existem vários tipos de deficiência: deficiência motora, deficiência visual, deficiência auditiva, deficiência mental, que afectam mais ou menos a vida de quem delas padece , da família e de própria sociedade. São muitas as barreiras que se colocam na nossa sociedade a quem é deficiente. Na maioria dos locais públicos não existem rampas de acesso para deficientes motores, não existem sinais sonoros para os deficientes visuais, nem existem nos serviços públicos pelo menos uma pessoa com conhecimentos de língua gestual. No dia a dia, são muitas as dificuldades com que se deparam os deficientes, e que comprometem a sua auto-suficiência, e autonomia. Quando se fala de acessibilidades normalmente associa-se a cidadãos deficientes, não nos devemos esquecer; ao contrário do que muita gente pensa, que estes são uma minoria mas sim 9,18% da população portuguesa, e uma minoria por pouco que seja é sempre é sempre muita gente. É de considerar que um indivíduo com determinada deficiência pode possuir ainda outro tipo de incapacidade (visão, audição, fala, locomoção e muitos outros). Então há que criar infra-estruturas de acessibilidades bastantes abrangentes, nas casas, carros, comboios, passeios, cinemas, bibliotecas, todos os edifícios e transportes públicos, cabines telefónicas, multibanco etc. etc. para este tipo de deficiência e sem limites ou descriminações sociais. Para minorar essas dificuldades é importante implantar algumas medidas tais como: não estacionar automóveis ou outros veículos no passeio, pois estes podem prejudicar sobretudo os deficientes visuais e motores. Rebaixar os passeios ou vias de acesso aos locais públicos (correios, repartições de finanças, farmácias, restaurantes…). Na conversa com um deficiente motor do concelho de Soure, (José Sousa), segundo este senhor no concelho de Soure não existem quase acessibilidades nenhumas, apesar de terem saído inúmeros leis que prevêem a criação das mesmas. Segundo ele, foi graças á sua pressão que rebaixaram as passadeiras junto ao centro de saúde e no centro da vila de Soure. Também no tribunal, apesar de já haver uma rampa de acesso ao edifício, só agora lá foi colocado um elevador para que precisar de ir ao primeiro andar onde se tratam a maior parte dos assuntos. Para este cidadão é inadmissível que em Soure sede de Concelho não haja para deficientes rampas na Junta de Freguesia...). Para alem disto, esta aluna abordou muitos outros e vários assuntos que têm haver com barreiras não só arquitectónicas mas também da burocracia, negligencia e desprezo a que os deficientes estão sujeitos. Esta jovem está de parabéns porque veio demonstrar que os jovens vem este problema de uma forma mais séria e que estão dispostos a lutar para acabarem com a discriminação, porque todos são diferentes mas somos todos iguais. Mais uma vez, parabéns Dina Noro.

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